Looking 1x05 – Looking for the Future


Um dia com Patrick.
Entenda-me, não estou reclamando afinal eu amo o Jonathan Groff e o Patrick é uma fofura sem igual, mas não me pareceu correto ter um episódio voltado inteiramente para ele com Richie, sendo que a temporada só terá oito episódios e precisamos que outros personagens (especialmente o Dom, claro) tenham desenvolvimentos também. Sem contar que, nada contra o Richie, mas depois que o Kevin apareceu, eu e muita gente torcem para ver Kevin e Patrick juntos, com uma história de amor bem desenvolvida… então será que foi mesmo o melhor momento para colocar tanto tempo com Richie?
Talvez. Afinal não vou negar que tenha gostado – o episódio foi bem escrito, e pareceu mais os primeiros episódios do que os últimos, mesmo só com dois personagens. Ao contrário do que muita gente pensou, Patrick transou! Então as deliciosas cenas de sexo retornaram (inclusive uma bela vista da bundinha de Jonathan) e tivemos discussões muito pertinentes a respeito das posições de cada um durante o ato sexual – novamente sem pudor nas conversas e com piadas muito sacanas, o episódio pôde colocar uma série de momentos fofos entre Richie e Patrick que quase nos convenceram. Teriam convencido completamente se eu não parasse para pensar no Kevin.
Além de desenvolvermos um futuro para esses personagens… depois de ligar para o trabalho e decidir passar o dia todo com Richie, Patrick tem um belo dia ao lado do novo namorado, e conversas muito esclarecedoras – um descobre mais a respeito das intimidades alheias, sobre como são e como gostam das coisas, e o que querem para seus respectivos futuros. Descobrimos que Patrick faz o papel de ativo, o que realmente parece estranho naquele casal… mas as discussões foram boas, gostei da maneira como Richie levou isso, da possível vergonha de Patrick, e de como o episódio terminou.
“Do you want me to fuck you?”
“Yeah. But not today”
[…]
“Do you wanna fuck me instead?”
Não é apenas por isso que vemos Looking, que tem histórias e discussões interessantíssimas, mas as cenas de sexo nos chamaram atenção nos primeiros episódios. Dessa vez Richie e Patrick protagonizaram uma completamente excitante e bem filmada cena – afinal foi sexo oral, mas eles conseguiram fazer isso dentro das limitações de um programa da HBO ainda capazes de mostrar Richie, sua boca e seus movimentos, além do prazer incontestável de Patrick, seu corpo e mesmo suas pernas… um jogo de câmeras inteligentíssimo e sensual! Mas mesmo quando não estavam fazendo sexo eles estavam provocantes, como com Patrick se despedindo pela manhã…
E os momentos, ainda melhores, nos quais eles atiçam nossa imaginação – porque convenhamos que a imaginação muitas vezes é melhor do que muita coisa. De se ver, claro. Então Patrick conta sobre sua primeira vez com um garoto, e aquela história do ônibus, do cobertor… me deixou sem fôlego, realmente. Mais tarde no episódio Richie também conta sobre uma antiga experiência sua, de um missionário mórmon mais velho que ele que ia à sua casa toda semana tentando convertê-lo, mas na realidade o que eles faziam era outra coisa… o tipo de plot que faz a cabeça girar, e que os protagonistas tornam extremamente provocantes pela maneira como os contam.
Mais uma vez foi um daqueles episódios de identificação em alguns momentos… as discussões sobre top e bottom são completamente plausíveis e compreensíveis, enquanto também tivemos a esfera familiar fazendo uma participação – e eu mesmo já vi reações terríveis muito próximo de mim. Felizmente o evento de contar aos pais sobre sua orientação sexual de maneira traumática não foi algo com o qual eu pude me identificar, contentíssimo pelas diferenças entre ficção e vida real. Mas é sempre uma discussão importante pela qual muitas famílias ainda passam, e pelas quais muitos jovens sofrem. Infelizmente.

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