Supernatural 9x14 – Captives


COMO EU AMO SUPERNATURAL!
Sim, eu sei que foram dois anos (sexto e sétimo) nos quais eu falava mal de todos os episódios praticamente sem exceção, mas um oitavo ano com qualidade ascendente garantiu um nono ano muito interessante e bem construído, com uma história precisa e muito bem amarrada. Eis que estamos tendo, talvez, o melhor ano de Supernatural, com episódios conectados e uma trama central para a temporada que faz sentido, e que é eletrizante. Episódios como o de hoje, que trazem de volta personagens importantes e fazem a história da Queda evoluir são sempre fascinantes!
O bunker está assombrado – essa é a premissa básica do episódio. Mas não é algo tão simples assim e pronto. Eu cheguei a questionar, a partir da sinopse, como ele estaria assombrado e eles nunca teriam notado isso nesse tempo todo, mas essa é justamente a jogada inteligente do roteiro: deve ser alguém que morreu ali (por causa da incapacidade de entrar lá) e há pouco tempo. Quem é que bate com a descrição? Então embora tenhamos tido a deliciosa nostalgia das falhas estáticas nos fantasmas (que é algo que eu adoro, que sempre me emociona e me faz lembrar os primeiros anos), também tivemos uma comovente despedida de Kevin.
Muito mais do que isso, lembram-se como a Sra. Tran, mãe dele, ainda estava viva? Com uma conversa com Kevin e uma visita a uma floresta para falar com Candy, eles a encontram em um depósito de Crowley. Mas sobre Candy, eu simplesmente adorei suas cenas – além de ter sido inteligente colocá-la falando através do rádio (ficou muito bem feito!), também mesclaram sua narração co um conjunto de cenas rápidas e com jogos tortuosos de câmera, mostrando a agonia de sua prisão e seus últimos momentos de vida – o verde desesperador do lugar, a misteriosa morte na floresta… o mistério reinou, bem como quando Sam ficou preso junto com a mãe de Kevin.
Foram ótimas cenas que, de certo modo, fecharam todo um arco que vínhamos acompanhando há muito tempo, mesmo que também há muito tempo não tivéssemos novas informações dele. Foi bom ver a ausência de Crowley sendo sentida pelo demônio guarda (os draminhas de demônio adolescentizinho foi demais, não?) e ver como os Winchesters conseguiram finalizar toda essa história levando a sra. Tran de volta a seu filho, com direito a um final emocionante no qual ambos vão embora juntos e ele pede que Sam e Dean deixem de lado as brigas. “Can you two… get over it? […] The drama, the fighting… is stupid”. Foi uma promessa vã, mas Kevin falou palavras bonitas.
Além disso, que já teria rendido um ótimo episódio, também tivemos uma história independente de Castiel – independente dos Winchesters, mas profundamente ligada à trama central da temporada, e isso é sempre muito importante! Depois de conseguir algumas informações e ser capturado e levado até Bartolomeu, tivemos uma infinidade de ótimas cenas. Aquele majestoso jogo de poderes entre os Anjos que eu tanto amo, aquela aura superior, as ameaças, as brigas, a tortura… foi fascinante como Castiel saiu acima de todos eles, como agiu com dignidade e mostrou-se efetivamente superior, um verdadeiro líder.
É desse modo que ele começa sua própria facção.
O que podemos tirar desse episódio é: vem uma baita guerra pela frente! Não acho que Kevin retorne, ou se retornar, não será tão cedo. Como Bobby, que conseguiu sua despedida digna após sua morte, mas felizmente foi deixado para trás depois… foi um episódio importante e bonito para reunir Kevin com sua mãe, mesmo após sua morte, e salvar a sra. Tran, afinal era uma ponta solta que precisava ter algum desfecho. Mas dados importantes daqui para a frente estão principalmente em Castiel, no grupo de Anjos que começa a se formar em torno dele, e em todo esse poder que ele exala que deve protagonizar um eletrizante Season Finale. Só aguardando…

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