Glee 5x13 – New Directions


Eu ainda não me conformo que o New Directions tenha que chegar ao fim para que a série continue com seu foco mudado para Nova York (e ainda não tenho certeza de que essa é uma boa idéia), mas dessa vez eu pressinto que deixarei minha emoção falar mais alto durante a escrita desse texto. Foram tantas coisas que passamos com esses personagens, nesse lugar, que as memórias são bonitas e deixá-las para trás nos entristece – o episódio foi uma bonita e deprimente despedida, e Don’t Stop Believing cantada pela 4ª vez, que eu achei que já era exagero, me emocionou mais do que nunca.
E eu chorei.
Não sei aonde é que foi parar aquela história de reviver as músicas mais marcantes da série no episódio de comemoração de 100 episódios (do qual esse era a segunda parte), afinal tanta música nesse episódio ou era nova ou, se tocou na série, eu não faço idéia de quando foi. Com exceção de duas… e não tinham nos prometido Total Eclipse of the Heart? Embora tudo bem, nada nunca poderia superar aquela belíssima versão de Lea Michele e Jonathan Groff, porque esses dois… bem, porque eles são Lea Michele e Jonathan Groff, eu realmente preciso dizer mais alguma coisa?
A formatura está chegando, a última semana do New Directions é repleta de melancolia, e os futuros se decidem depressa, muito mais rapidamente do que gostaríamos que isso de fato acontecesse para que fizesse sentido – todo mundo parece disposto a ir para Nova York, porque deve ser mesmo a coisa mais fácil do mundo, e com certeza todo mundo vai se dar bem por lá… onde morar? Gente, isso é fácil! Sem contar que vamos morar todo mundo junto mesmo, não ficávamos o tempo todo juntos na escola? Então não teremos nenhum problema. Certo?
De qualquer maneira, aquela apavorante foto de todo mundo trabalhando na lanchonete não passava de mais um dos devaneios de Tina, que dessa vez imaginou-se em uma sitcom chamada CHUMS, que ganhou uma abertura em forma de Friends que ficou simplista e ridícula (custava terem colocado a música também, fazer a abertura de verdade? Custava?) e ainda tivemos uma série de “piadas” que não foram nada engraçadas, seguidas por “risadas da platéia” que foi o momento do episódio que mais me deixou com vergonha alheia. Foi um alívio quando isso terminou nos cinco minutos e não precisei agüentar isso por mais tempo.
Resolver o problema de amizade entre Santana e Rachel parece a coisa mais simples do mundo – basta Kurt e Mercedes fazer um ridículo discursinho forçado, depois uma conversa nostálgica no banheiro, e uma música juntos no glee club. E pronto, todos os problemas magicamente se resolvem, porque sempre foi assim. Adorei Be Okay, entendam bem isso, mas me incomoda o fato de Rachel oferecer 10 apresentações a Santana (como se isso ao menos estivesse em seu poder) e ela simplesmente não aceitar… para mais tarde simplesmente mandar uma mensagem para o diretor abrindo mão do papel. Quer dizer, oi? Quem dera o mundo da Broadway fosse fácil assim…
O que foi Holly e April juntas? Melhor par ever.
Triste foi ver que o glee club estava de fato chegando ao final. “Glee club is oficially over. Thank you, guys. It’s been an honor” – e foi aí que a emoção me possuiu. Ignorei o fato de que o Will de verdade jamais desistiria, e parei para pensar em quanto vivemos naquele lugar e o quanto aprendemos e crescemos com aqueles personagens. Mesmo com um roteiro falho e muitas vezes risível, a série sempre conseguiu levantar discussões polêmicas, e mais importante do que isso: permitiu-nos aceitarmos como nós realmente somos! Ver Glee nos fez crescer como seres humanos, nos fez entender que devemos ter orgulho de nós mesmos, de bater no peito e dizer I was born this way! E entender que teremos pessoas que estarão ali para nos apoiar, que serão nossos amigos, que nos aceitarão.
Glee mudou a vida de muita gente.
E mudou a minha.
Glee fez parte de uma fase muito importante da minha vida, me ensinou lições das quais jamais me esquecerei, e me fez ser quem eu sou, e aceitar-me como eu sou. E eu sou grato à série por isso, para sempre. Parece que naquele belíssimo vídeo ao Will, estava um pouquinho da voz de cada um dos fãs no mundo todo, falando como ele (representando Glee) fez a diferença em nossas vidas, e ajudou a mudar nosso mundo. A declaração de amor desses alunos nesse vídeo me arrepiou, me emocionou e me divertiu – foi irreverente como Glee sabe ser (amei a Quinn doando os óvulos para Kurt e Blaine), mas foi verdadeiro porque sempre acreditamos no amor de Will por aqueles garotos. Dizer adeus não é fácil, e elogiá-lo como um grande homem que ele foi não é simples. Ele foi um pai, um exemplo, um companheiro…
E foi o momento perfeito para cantar Don’t Stop Believing novamente. E eu chorei a performance inteira, do começo ao fim – difícil expressar em palavras meus sentimentos ao ver a cena e ouvir a música novamente. Foi bom demais ver as mais claras referências à versão original, com a câmera na mão de Rachel, com a coreografia, com todos vindo para a frente do palco no final, com as mãos se levantando… mas também foi bonito ver as diferenças, ver como estavam todos mais descontraídos, coloridos, e nostálgicos – como parecia um adeus, mas como estavam aproveitando. A oportunidade que tanta gente que nunca cantou a música antes teve de cantar, Will por exemplo. Uma última dança de Will com Mike. O fechamento de um ciclo.
Foi uma das coisas mais bonitas que Glee já fez.
E eu chorei até não agüentar mais.
Ciclos se fecham em todos os lugares. Marley, Kitty, Unique, Jake e Ryder ganham uma cena – mesmo que simples e rápida, foi um momento bonito e verdadeiro entre eles, e eu só digo que sentirei saudades dessas pessoas. Tina passou na universidade e não vai para Nova York com os demais, mesmo depois daquela repaginada versão de Loser Like Me, a qual achei que não gostaria, mas no fim adorei. Ficou muito diferente, mas foi um belo momento, lindo e emocionante… quem diria que a música até combinaria numa versão bem mais lenta do que aquela à qual nos acostumamos?
O abraço de Becky e Sue.
Estaria Will indo para o Vocal Adrenaline?
Um final emocionante, e agora parece não haver mais o que esperar. Will fazendo uma última reverência na sala do coral vazia, as vozes dos alunos repetindo as frases mais bonitas e memoráveis que tivemos o prazer de ouvir na série, as luzes se apagando num final. Um adeus digno, e triste. Eu amo Glee, amo o que ela representa na minha vida e na vida de tanta gente, mas temo pelo o que está por vir. Mudar a série para Nova York pode ser a salvação, e pode ser que estejamos entrando numa nova fase que redefinirá Glee e adoraremos tudo novamente. Ou pode de vez ser a sua decaída… vamos esperar pelo melhor?

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Comentários

  1. Foi um final bem ruim para uma série tão boa. Uma pena que tenha acabado. Quanto a Rachel, a vontade é de fuzilá-la com os olhos kkk - mas há coisas ótimas tbm, como já apontou.

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