Helix 1x10 – Fushigi
Prometheus?
Eu senti um pouco de Prometheus nesse episódio – claro, muito mais pela estética e pelo
personagem de Mikaelsson Gunnar do que pelo roteiro propriamente dito, embora
ainda possa-se fazer algumas ligações interessantes. Desde o começo da série,
acho que esse é o meu favorito, porque conseguiu de fato me surpreender e me
deixar intrigado pelo futuro da série. Tendo mudado tanto desde o seu início, a
série agora é muito mais ampla com discussões muito mais próprias da ficção
científica, com personagens bem utilizados que fazem isso de maneira
convincente.
Tudo cresceu demais desde quando começamos. Se no
início tínhamos uma equipe da CDC sendo mandada para o Ártico na tentativa de
controlar um perigoso vírus e uma possível epidemia que aniquilaria a
humanidade, descobrimos que esse vírus esconde muito mais – e muito mais do que
as duas variedades, uma das quais os transforma em Vectors. Isso também já
ficou para trás. Não, o que nos agrada agora é notar o quanto tudo isso foi
planejado pelo homem, e quanto disso fugiu de controle a ponto de não sabermos
mais o que realmente está acontecendo. Como Julia e seus olhos prateados,
envoltos em terrível mistério, e agora quem controla a ILaria Corporation.
500 immortals who run the ILaria
Corporation.
Aquela velha discussão batida de quando se fala em
imortalidade: “Se você pudesse viver para sempre, por que você viveria?” E
parece que é nisso que a série começará a apostar daqui para frente. Julia e
Alan saem em uma busca e se deparam com um novo personagem: Gollum
Gunnar. Absurdamente arrepiante, chegava a ser uma agonia olhar para ele em
suas cenas, ouvir sua voz (embora a de Peter ainda me dê mais calafrios) e
pensar no desespero desse tempo todo confinado à eternidade. “2… no, 9. 29…” Sua cena de morte foi
digna e totalmente apavorante, digna de um nojento filme de terror.
Que eu adorei.
Fushigi
retomou o que em Helix tinha começado
a se perder: a brutalidade das cenas. A história, que nunca abandonou esse seu
lado, está bem fundamentada e bem contada, embora ainda repleta de coisas a
serem explicadas, mas eu sentia falta das cenas bizarras e atormentadoras, que
nos fizesse ficar arrepiados e com uma agonia crescente. O suspense foi
garantido com as cenas de Mikaelsson, ou mesmo as cenas de Peter… e, claro, os
vídeos em tom de despedida de Sarah, enquanto descobria algumas alterações no
DNA de Julia que podem ser a resposta de muitas perguntas! O final, confesso,
me deixou angustiando. Afinal, alguém duvida de alguma coisa em Helix?
As promessas para o futuro estão ótimas, e eu
estou começando a lamentar o fato de só termos mais 3 episódios para o Season Finale, e curioso para saber até
onde chegaremos – como Sarah será salva (acredito que ela será,
independentemente das conseqüências), e como a Corporação ILaria subitamente
ficou muito mais assustadora. Mas Julia, como se já não bastasse seus antigos
mistérios, nos choca em um final amedrontador que nos deixa curiosos: o que ela
está fazendo com as duas variedades de NARVIK guardadas, e quais são seus
planos para Sarah? Esperando por mais episódios como esse último, por mais
cenas sombrias como as de Gunnar, e mais questionamentos que nos levem a
reflexões…
Comentários
Postar um comentário