Vale o Piloto? – The 100
COM TODA A CERTEZA!
Desmond já desistiu de ficar apertando um botão
para salvar todo mundo da Ilha, e o Julian continua sendo basicamente o Julian,
provavelmente criando uma filial da Liber8. O fato é que The 100 é uma das melhores estréias dessa temporada, o Piloto me deixou absolutamente feliz! O
roteiro me agradou desde sempre, e esse lance de ficção científica é justamente
o que eu mais gosto, mas confesso que antes da estréia da série eu temi que
fôssemos ter algo muito adolescente ou não tem bem desenvolvido. Meu medo já se
esvaiu – a série estreou muito bem, e contundente como um suspense de ficção
científica.
Basicamente, 97 anos atrás, o Planeta Terra foi
completamente dizimado por efeitos de radiação, e a vida por aqui se extinguiu
– pelo menos a vida humana. Os únicos sobreviventes estavam em órbita em
estações espaciais (comandadas por 12 países diferentes), das quais apenas uma
sobreviveu até agora: a Arca. O problema é que o espaço lá em cima está se tornando
escasso, bem como todos os recursos, e as previsões apontam que ainda demorará
cerca de quatro gerações antes que a Terra volte a ser devidamente habitável. O
que fazer então?
A série parte da premissa de uma sociedade rígida
comandada por um Chanceler, onde todo e qualquer crime, por menor que seja, é
punido com a pena de morte – a menos que o preso seja menor de idade, ficando
na prisão até que sua execução enfim tome forma. O plano é juntar 100 desses
prisioneiros, colocá-los em uma nave, e mandá-los lá para baixo, para que eles
possam testar e ver como anda o planeta, e se ele pode ser reabitado pelos
humanos ou não. Chega a ser horrorizante a maneira como isso tudo é
apresentado, e como os jovens são vistos, como descartáveis.
No entanto, também é maravilhoso vê-los chegar ao
planeta, depois de todos esses anos. A alegria e a liberdade desses que nunca
estiveram na Terra é palpável – respirar o ar fresco, pisar na grama e na
terra, pular na água. Apesar de que nem tudo é tão bonito quanto se pensa
inicialmente. Embora tenhamos todas essas maravilhas e os mistérios da floresta
iluminada à noite, também temos o ataque no rio, o surpreendente ataque a
Jasper no fim do episódio (nos fez perder o fôlego) e o mais angustiante de
todos: aquele veado com duas cabeças.
The 100
é muito bem-sucedida na criação de seu suspense, optando por cenas como essas
(as três citadas acima) para nos deixar angustiados – são momentos repletos de
pura felicidade, conquista ou comemoração por alguma coisa. Esperança. E a trilha
sonora é bruscamente interrompida quando a situação muda drasticamente e nos
vemos em meio a dúvidas impossíveis. Quem é que está atacando os 100? Parece
que os mistérios ao estilo Lost já
começam a surgir, e eu estou só esperando um monstro de fumaça ou algo assim…
talvez nem toda a humanidade tenha, de fato, sido dizimada.
Mas ainda além disso, teremos a própria
convivência entre essas pessoas, tão temperamentais e tão diferentes entre si –
e a série parece disposta a trabalhar em cima dessa criação de uma nova
sociedade (“Whatever the hell we want”)
e descoberta de novas identidades. “Who
we are and who we need to be to survive are two different things” E os
grupos já se separam, enquanto na Arca também há uma terrível hierarquização e
uma luta por poderes. E as confusões acentuadas pela falta de comunicação com
os 100 mandados para a Terra. A série tem muito material, deve ser uma das
melhores estréias do ano! Muito ansioso pelos próximos episódios! Já estou
começando a me apaixonar…
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