Teen Beach Movie
Gente,
que fofo!
Hairspray, Grease, West Side Story,
De Volta Para o Futuro e até Billy Elliot! Em
2006, o Disney Channel emplacou o seu maior sucesso musical até então: High School Musical! Uma geração cresceu
com esses filmes (odeio dar essa notícia, mas você que viu o filme na estréia,
já são quase 10 anos!), e parece que desde então toda investida do canal é
comparada a essa. Vide Camp Rock, que
muita gente chamava de “o novo High
School Musical”, e talvez justamente por isso nem tenha dado tão certo… as
crianças de agora receberam Teen Beach
Movie, conheci através dos meus alunos, fiquei super curioso, e acabei
vendo num domingo à noite, no próprio Disney Channel.
Agora eu quero o DVD. E o CD.
Diferentemente do que estamos acostumados, Teen Beach Movie foi incomum. Não foi um filme completamente
original – foi repleto de clichês, mas essa foi justamente a piada! É um
filminho água com açúcar, relativamente simples e previsível e com músicas
inexplicadas que eu adorei. Ah, esse clima anos 1960! O grande truque esteve no
clima feliz, nas cores, no alto astral e no carisma. Além de referências
fantásticas. Ver o filme, para fãs de musicais, é uma experiência e tanto de
caça! Quando nos damos conta, bem no comecinho com Brady assistindo ao filme
que tanto ama, das semelhanças com West
Side Story, passamos a prestar atenção, e notamos uma série de referências
bacanas.
Me parece que a briga entre “gangues” (no caso
surfistas e motoqueiros) é bem West Side
Story, com o amor proibido meio Romeu
e Julieta, e temos até o irmão! Mas aquela cena da “chamada” na praia foi
SUPER Hairspray, assim como os
penteados e estilos que lembram muito esse filme (Welcome to the 60’s!). Além de que temos a música The
Coolest Cats in Town (isso te lembra The
Nicest Kids in Town?) E quando Brady e McKenzie cantam a divertida Can’t Stop Singing, vocês notaram o quê
de Billy Elliot? Bem mais sutil que
as demais, apenas para quem gosta mesmo do filme e o viu várias vezes: mas os
sapatos, a sequência de sapateado, e o passo com as mãozinhas! E quem se deu
conta disso foi a minha mãe ao invés de mim. Thanks, mom!
Grease
permeou o filme todo. Achei o líder dos motoqueiros MUITO Danny Zuko, com
aquela jaqueta de couro e o vermelho por baixo, mas Grease não pára por aí… todo o filme parece seguir esse estilo!
Então temos a festa do pijama na casa da Lela (esperei pelo Look at me, I’m Sandra Dee!) e Like Me, que foi… SUMMER NIGHTS! Além da
casa da Rizzo, tivemos a cena meninos em um lado e meninas do outro, exatamente
como Summer Nights (com cenários
diferentes), e no fim a McKenzie ainda sofre uma transformação completa
acabando em saltos altos e couro, exatamente a transformação que Sandy passa no
fim do filme, depois do Reprise de Sandra Dee para You’re the One that I Want.
Os próprios acordes do início de Like Me lembram MUITO Summer Nights.
Brady e McKenzie são dois adolescentes surfistas
que precisam se separar quando a tia dela vem buscá-la para estudar fora. Em
uma última surfada no mar e uma tempestade a caminho (O Mágico de Oz?), ambos são levados para dentro de um filme musical
de 1962 que Brady adorava, Wet Side Story
(ótimo trocadilho em inglês!) – não questione, é um filme da Disney. Apenas
aproveite e se divirta, porque é muito legal! Como eu adorei ver ele apaixonado
pelo musical enquanto ela acha tudo ridículo, afinal as pessoas saem do mar de
cabelo seco e cantam sem motivos. Quer dizer, oi? O contraponto dele todo encantado,
dançando, cantando, sorrindo e dela com uma expressão “me tira daqui” é genial!
“Não! Não é
uma música!”
O problema é que ao entrar no filme, Brady e
McKenzie acabam interferindo no primeiro encontro de Tanner e Lela – e os
casais trocam. Assim como em De Volta
Para o Futuro, eles precisam fazer com que os dois se apaixonem, para que o
filme possa seguir em frente e eles voltem para casa com a tempestade do final,
que tem a ver com o Farol (o raio na Torre do Relógio?). Então eles mudam a
história, Brady se torna um Marty McFly (sério, ele com a guitarra em Cruisin’ for a Bruisin’ foi muito Marty
em Johnny B. Goode) e Lela uma
Lorraine Baynes (“Você é meu herói” e
“Ele não é um sonho?”), e tudo se
torna muito divertido enquanto os dois tentam fazer o casal se apaixonar como
deveriam. Meant to Be foi
extremamente fofa, e ao mesmo tempo tão engraçada!
“Plan B?”
Amei as músicas, de verdade! Foram todas tão
fofas, tão contagiantes, que eu me senti exatamente como o Brady, morrendo de
vontade de entrar e cantar e ser parte de tudo aquilo! Inveja dele em Cruisin’ for a Bruisin’. Pela proposta
do filme (bem inteligente por sinal, porque pôde fazer as referências, colocar
figurinos fascinantes e ainda justificar músicas no estilo dos anos 1960, com
uns “rocks” muito bacanas, do jeito que eu tanto adoro!), tivemos diferentes
estilos de música, e foi toda uma conexão entre música, cinema, e a época
abordada… ficou tão interessante que, embora seja um filme bem bobinho e
juvenil, eu me diverti demais!
Os clichês mais esperados como reprises de Meant to Be que foram bem fofas, um
clímax engraçado e contagiante com a reprise de Surf Crazy, e finalmente Lela caindo e sendo segurada nos braços
por Tanner, como devia ser desde o começo. Brady e McKenzie revolucionaram
aquele lugar, deram conselhos bem bacanas e surpreendentes para a época, agora
esperamos. Uma sequência para o filme foi confirmado para o próximo ano, e
durante o filme eu só pensava: “Ah, será
que vai ter Teen Beach Movie 2? Eu quero Teen Beach Movie 2! Mas qual vai ser a
história?” – não se preocupe, a “cena pós-créditos” deixa isso bem encaminhado,
e será uma proposta interessante… adorei esse elenco! Austin?
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