Black Box 1x08 – Free Will
Daniel James Walker.
O MELHOR EPISÓDIO ATÉ AGORA! Eu assisti ao
episódio inteiro completamente vidrado, e estou absolutamente pasmo com o
resultado final. Em todas as possibilidades! Como os personagens que são
regulares na série foram bem utilizados e como suas histórias foram guiadas,
com o caso semanal foi grande e sério o suficiente para ser considerado o
melhor caso já enfrentado no Cubo desde o começo de Black Box, além do fato de o título ser incrivelmente inteligente
por ligar diversas coisas e poder significar não apenas duas coisas, mas TRÊS.
Se Black Box crescia gradualmente em
meu conceito, agora eu posso dizer mais do que nunca: eu AMO essa série! Que
episódio mais impressionante!
Para começar, o título, que me deixou plenamente
satisfeito. Desde o começo, quando vi o título, eu já gostei da ambigüidade:
podendo ser traduzido tanto como “livre arbítrio” como um, quem sabe, “liberte
o Will” (afinal os acontecimentos do episódio passado deixavam muito claro o
eminente término do relacionamento de Catherine), isso já significava muito.
Mas muito mais do que isso, o “livre arbítrio” se aplica aos dois casos dessa
semana: tanto de Daniel James Walker, que não consegue mais controlar o que
está fazendo, graças a um tumor no cérebro, quanto de Gordon Finley, com
Síndrome da Mão Alheia que permite que sua mão esquerda não saiba o que sua mão
direita está fazendo, e meio que ganhe “liberdade própria”…
Free Will.
Casos muito distintos entre si. Enquanto um, o
grande destaque, foi muito sério e até forte para se assistir, o caso de Gordon
Finley foi bem mais simples, e explorado de maneira cômica para apresentar
certa leveza dentro do episódio, tanto quanto era possível dentro da temática
proposta para essa semana. Então foi muito mais uma questão de aprender a lidar
com a mão esquerda que parece ter vontade própria, enquanto ela fazia coisas
que Gordon não tinha nenhuma intenção de fazer, como bagunçar o próprio cabelo,
segurar a mão de Catherine, jogar os lápis fora, ou mesmo abrir o próprio
zíper. Foi muito interessante de se acompanhar.
Mas o que mais importou foi Daniel James Walker!
Foi ele quem começou o episódio matando a própria mãe, sem saber o motivo pelo
qual estava cometendo aquele crime, e escrevendo compulsivamente em seu caderno
anotações confusas e assustadoras, enquanto uma voz bem macabra ficava em sua
cabeça – o que também pareceu bem confuso, porque por ora ela queria que ele
matasse, e em outros momentos queria chamar ele de volta para si mesmo! Foram
cenas incrivelmente bem filmadas que apresentaram o caso de maneira séria, em
um suspense psicológico magnífico! Com a psiquiatra de Catherine, por exemplo,
ele compartilhou uma das melhores cenas do episódio. “I don’t wanna hurt you” enquanto chorava, via a mãe e saía
correndo era de partir o coração.
Muito mais complexo do que aparentava, não era um
simples homem descontrolado – ele interpretou incrivelmente bem a angústia do
personagem – “Don’t hurt them! Don’t hurt them! You don’t want to hurt them. You’re a good person. You’re
a good person. […] Kill yourself. Kill yourself” – enquanto não conseguia
impedir ele mesmo de ferir as pessoas, mas sabia que não queria fazer isso
mesmo que não pudesse se controlar. A angústia e o desespero dele eram
palpáveis, a maneira como ele sofreu, como ele chorou… e como, ainda assim, ele
conseguiu ferir mais um grande número de pessoas, com três mortos, vários
feridos, e quase a vida do Dr. Bickman…
E como exatamente julgar uma pessoa como essa?
Certamente ele precisa ir para a cadeia, afinal seus atos não podem ser
ignorados, e ele matou várias pessoas, mas até onde ele era ele mesmo se um
tumor no cérebro estava lhe controlando a ponto de ele não saber mais quem é,
com a personalidade totalmente alterada? Como julgar ele, se foi o tumor quem
lhe deu fúria excessiva e um senso de violência que não podia ser controlado? A
série trata isso muito bem, levanta discussões, e é forte e séria o suficiente
para apresentar uma cena intensa na qual Daniel acorda depois de tudo isso, sem
nenhum tumor, e não sabe exatamente quem é, o que fez nos últimos dois meses, e
nem o motivo que o leva para a prisão…
O pedido para que ligue para a mãe é terrível!
LEO! Foi tudo muito conveniente para ele, mas eu
ainda gostei muito de como as coisas aconteceram. Bickman, querendo ou não, foi
perfeitamente profissional ao falar a verdade para Leo, mesmo que seja triste e
que gostemos demais dele – e para Ali tudo está bem. Foi imprudência completa
colocar Bickman para uma cirurgia nas condições em que estava, bem como aceitar
Leo, um estudante de medicina, como seu auxiliar e enfermeiro! Acho que são
coisas que poderiam trazer sérios problemas para o Cubo… então eu estava
angustiado durante toda a cena da cirurgia, mas pelo menos nos mostrou que Leo
ainda tem capacidade, e que o Dr. Bickman não é invencível como ele sempre
pareceu ser até então!
E Catherine e Bickman, por fim? As coisas foram
acontecendo… e depois do término do episódio passado, os dois passaram a noite
juntos, e Catherine se convenceu que não ama Will e que, portanto, não pode se
casar com ele. Foi um episódio de afastamento do Will (que pode estar tentando
ser uma pessoa melhor), enquanto Catherine se dava conta da extensão de seus
sentimentos por Bickman, especialmente quando ele é baleado e fica à beira da
morte. A maneira como ela se preocupa! “I’m
glad I didn’t lose you”. As cenas foram lindas e convincentes, com os dois
conversando e rindo enquanto ele está internado, um segurando a mão do outro
para dar força em um momento extremamente complicado, e um abraço terno e
verdadeiro para o fim do episódio…
PERFEITO.
Claro, também temos a Catherine conversando com
ele em seu escritório fantasiando um beijo todo sensual que me fez rir
bastante! Foi um episódio grandioso em todos os sentidos! Para a vida pessoal
de Catherine, tomando rumos muito nítidos, para os casos enfrentados no Cubo
que nunca tiveram proporções tão grandes e tão sérias, e para personagens
secundários como Leo, que aprendemos a gostar muito depressa e nem conseguimos
realmente entender o porquê. Enfim, a série já está a apenas 5 episódios do fim
da temporada (e ainda não temos informações sobre Season 2), e a qualidade aumenta constantemente. Torcendo para que
dê tudo certo, e curioso pelos últimos episódios… nesse ritmo, eu ainda surto
até o final!
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