Black Box 1x11 – Emotion
O quanto as emoções influenciam em seu trabalho?
Quer saber, mesmo? MUITO! Mas eu não vou entrar
nesse mérito porque não estou com vontade de transformar meu texto em um
desabafo nem nada assim! Então vamos aos fatos… Black Box cresceu notavelmente, e atualmente apresenta uma trama
intrincada muito bem escrita, repleta de casos extraordinários que adoramos
acompanhar, algumas curiosidades bem pertinentes, e um senso de humanidade
muito bom que nos aproxima de verdade da série. E começamos a desconfiar das
gigantescas proporções que a condição de bipolar de Catherine pode provocar em
sua carreira, não só apenas em sua vida pessoal de agora em diante…
Foram três casos acompanhados nessa semana, mas
parece que dois foram tratados tão levianamente que, ao mesmo tempo em que
admiro o crescimento da série, me preocupo com a organização das histórias. O
enfoque está sendo dado na personagem de Catherine (o que acho perfeitamente
válido e faz todo o sentido), e até hoje no novo relacionamento dela com Bickman
e todas as implicações disso. Mas quer saber? Senti saudades de um episódio
voltado apenas a estudar um caso todo complicado que queremos desvendar, ver o
desenvolvimento do personagem, e ter a oportunidade de realmente passar a se
importar com os personagens sendo tratados no Cubo. Porque só tivemos tempo de
criar essa empatia com Joey.
Infelizmente.
Dois dos casos investigados eram muito
interessantes – primeiramente tivemos Skylar, um menino com algum problema com
uma mãe completamente imprudente que se recusa a dar-lhe vacinas para que ele não
“se torne um autista”, e que garante que ele teve sarampo aos 3 anos, mas “não foi
nada demais”. Do outro lado, temos Fred Baker, com mudanças drásticas de
emoções (sentidas muito intensamente) e algumas outras coisas, que foi
diagnosticado errado pela também imprudente [e incompetente] McKenzie. Nosso principal
sentimento, nos dois, foi o de revolta! Porque tanto Fred quanto Skylar (e o
garoto ainda muito mais!) sofreram drasticamente por causa de erros alheios, e
pessoas detestáveis… quando é que vão tirar McKenzie da série, por exemplo? Não
precisa nem ser nada velado… estou aceitando um gravíssimo acidente de ônibus,
sei lá.
E o terceiro caso foi o de Joey, o único com o
qual pudemos de fato nos importar, mas apenas por causa de sua conexão com o
Dr. Bickman, que o considera praticamente da família pela maneira como ele o
trata, por ser uma figura no hotel que representa alguém mais próximo. É bonito
ver a confiança de um no outro, e a preocupação de Bickman, mas o melhor esteve
na armadura sendo retirada. Foi bom provar que o pessoal no Cubo é humano,
comete erros, e nenhum deles é invencível. Que embora toda sua fachada durona,
o Dr. Bickman sente medo também! Isso é enaltecedor, pois amadurece os
personagens consideravelmente, os tornando mais palpáveis – um episódio de
crescimento para o personagem de Bickman, certamente.
Já para Catherine, ela deve seus vários momentos bem
explorados de maneira bem homogênea. Ela teve sua carreira ameaçada pelo erro
de McKenzie, mas também teve algum sucesso profissional ao encontrar Baker na
rua. Mas também começou novamente a ter problemas graves, saindo dos
medicamentos, tomando oxi, perdendo o controle… foi angustiante vê-la naquelas
condições, no chão, se debatendo, chorando descontroladamente! O telefonema
para Joshua me partiu o coração, e entendemos ambos os lados naquela história,
e como ambos sofrem com tudo isso! E o quanto isso é extremamente complicado! A
série trabalhou isso muito bem, mesmo que rapidamente… e agora temo pelos
próximos episódios, justamente por estarmos tão perto do fim!
Temos mesmo que estar tão perto do fim?
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