Dominion 1x02 – Godspeed
Menos que o Piloto.
Essa foi a impressão que tivemos ao assistir o
segundo episódio de Dominion. Eu
gostei bastante e sei que vou me apaixonar de verdade pela série, mas foi um
episódio bem menor. A explosiva estréia nos acostumou com um ritmo acelerado,
bastante informação e várias cenas de ação. Godspeed
veio mais lento, mas focado em desenvolver os personagens e nos embasar bem
para a história, então achei, sim, muito bom de verdade. A série aposta em uma
abordagem mais segura, querendo se estabelecer antes de expandir, e talvez seja
uma jogada inteligente. Muito material bom a ser trabalhado, as coisas estão
caminhando para a construção de uma boa história bem fundamentada.
Alex acaba de descobrir que é o Escolhido, e
consequentemente perder seu pai. Eu gostei muito da cena inicial que mostra a
infância de Alex Lannen, crescendo em meio a um universo Winchester. É um fardo
muito grande para ele carregar, e muita pressão jogada sobre ele por todos os
lados – inclusive por Claire. Esse episódio serviu para fazê-lo se dar conta
que não pode simplesmente ignorar seu papel em todos esses acontecimentos, e
que ele está envolvido, quer queira quer não. E ele assume então o papel de
Escolhido que não pode renunciar, e começa a lidar com as conseqüências disso
tudo, da única maneira que lhe parece sensata: indo embora.
Parece que tivemos muito menos dos demais
personagens. Senti falta de Michael, assim como de Gabriel, embora a cena dos
dois conversando tenha ficado incrivelmente boa! E essas asas… vê-los voando já
é ótimo, mas Felicia realmente dominou a melhor parte do episódio, como uma
ameaça a Alex, enviada por Gabriel para confirmar a história de William: de que
Alex é mesmo o Escolhido. Foi um clímax
rápido, mas muito bem construído, que feriu Claire e Bixby e nos explicou os
motivos que levaram Alex a fugir sozinho de Vega, no intuito de proteger todos
aqueles que ama. E as tatuagens ainda falando ele, embora ele não tenha lido a
última mensagem…
E aquelas asas pegando fogo?
O amor de Alex e Claire parece algo que vai ser
continuamente trabalhado. Afinal tivemos ela enfrentando seu pai, dizendo que
não vai casar-se com William de maneira alguma, e uma bonita e quase ousada
cena com Alex que os colocou na cama, nus, conversando sobre as tatuagens e
tudo o que isso representa para a humanidade. E quão grande é a
responsabilidade dele agora. Mas quando falamos de Claire, o que mais nos
interessa nem foi nada disso, mas sim a condição misteriosa de Edward, seu pai,
que continua sendo escondida, mas aquele final surpreendente que nos deixou com
cara de WTF? Não só William guarda interessantes segredos…
As coisas estão bem fundamentadas, parece que a
série já pode começar a ousar e avançar em seus episódios. Alex definitivamente
como o Escolhido fora da cidade, sem uma relação de confiança com Michael, que
apesar de tudo tenta defender os humanos – e a missão de Gabriel de matar todos
os humanos com a esperança de que, desse modo, Deus possa retornar. Seu grande
pecado é apenas esse: amar Deus demais e querê-lo de volta. A ironia disso é
muito grande, e é isso que mais nos fascina na série: as intenções guiando ações
quase imperdoáveis que nos chocam. E muito segredo se esconde nessa cidade, e
zilhões de personagens bons a serem bem explorados… Dominion tem futuro, pode ser uma série impressionante! Aguardando
pelos próximos.
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