The Leftovers 1x04 – B.J. and the A.C.


Só eu que achei a aparição de Christopher Eccleston no fim a MELHOR parte?
Esse episódio traz a série de volta à sua maneira convencional de narrativa, enchendo a história de metáforas que precisam ser analisadas com muito cuidado (o que eu não farei agora, porque eu mesmo não parei ainda para pensar na maioria delas), e deixando muita gente confusa. The Leftovers nos conquistou por seu tom melancólico e carregado que nos faz sentirmos como se estivéssemos no meio de toda aquela trama – detestamos os GR justamente por não os entendermos, por exemplo. E a série se sustenta realmente com muita força, devido a seu roteiro bem pensado que deve evoluir. Mas não pode ser assistida sem reflexões.
Começamos com o roubo do menino Jesus no presépio. Já é Natal em The Leftovers, e o menino Jesus roubado de sua manjedoura é um dos plots que guiam o episódio, enquanto Kevin busca loucamente por ele, ironicamente não defendendo uma substituição porque o bebê era “sagrado” – exatamente o discurso que Jill fez quando o assunto foi trazido à tona. Agora quem roubou o menino Jesus e com que finalidade? Uma série de simbologias entram em campo nesse momento, e precisamos avaliar a imagem escolhida para o furto, e tudo o quanto ela representa. Uma maneira de protesto rebelde daqueles que não conseguem acreditar em mais nada depois do 14 de Outubro?
Afinal os jovens não entraram em seita nenhuma.
Exceto Tom, claro. Voltamos a acompanhar Tom, agora que seis semanas se passaram desde que Wayne o deixou cuidando de Christine. A cena mais interessante dessa dupla esteve no ataque do homem pelado (ele estava realmente pelado!) que a acusava de um monte de coisas, como “Eles andam sobre os mortos”, “Estão todos de branco” e “Eu sei o que tem dentro de você” – coisas que ele aparentemente viu em um sonho, e essa abundância de informação nos concede algumas coisas interessantes. Os mortos, e as pessoas de branco (que instintivamente já tínhamos conectado aos GR) se referem aos The Loved Ones, aqueles corpos que vemos no fim do episódio de maneira macabra, que poderiam possibilitar um “funeral” decente para aqueles que partiram…
Mas e o “I know what’s inside you” – o bebê de Christine e Wayne. Algo muito sinistro acompanha essa história toda, o que me faz lembrar de uma teoria lida na internet durante essa semana. O nome do episódio, profundamente enigmático, é B.J. and the A.C.: possivelmente Baby Jesus and the Anti Christ. E se o tal “anti-Cristo” for justamente o bebê de Christine, com todo esse enfoque que pudemos acompanhar nesse episódio. E aquele símbolo pintado na testa de Christine e Tom, por algum motivo, me deixou estranhamente incomodado. E não chegamos realmente a entendê-lo. É a história que parece mais distante e menos conectada com o restante da série, mas o roteiro guarda coisas valiosas ali…
Felizmente, porque Chris Zylka não está a cada episódio mais bonito?
Os GR continuam sendo um constante mistério, e eu gosto quando eles têm interação com os demais personagens, como o plano de Kevin para prendê-los no evento do dia seguinte (que aparentemente deu certo), ou a agonizante cena de Laurie e Meg indo até a cada de Kevin para pedir o divórcio. Mas, no momento, o que mais nos intriga é a ação daqueles que não foram presos naquela noite: eles invadiram casas para roubar todas as fotos de porta-retratos e quadros – com qual intenção? Enquanto não entendermos os motivos dessa seita, não saberemos aturá-los, sentindo exatamente o que a cidade sente: um medo e uma raiva involuntária, porque não os entendemos. E Laurie? Eu realmente espero que você não consiga pegar aquele isqueiro de volta! Mesmo.
Série continua ótima, intrigante, e queremos mais episódios! Ansiosos pelo restante da temporada…

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Comentários

  1. Para mim, ele agarrou-me desde o início e no final eu adorei. Espero para ver a segunda temporada. Esperamos que não perde a essência do primeiro.

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