Primeiro teaser de “Into the Woods”
I WISH!
A princípio, estou apaixonado. Mesmo reconhecendo
o talento de Stephen Sondheim e amando várias de suas obras, Into the Woods não chega a ser uma de
minhas favoritas – tendo uma lista muito grande de musicais pelos quais sou
apaixonado, a versão do teatro desse musical não conseguiu uma boa posição na
minha lista, mas admiro boa parte dos elementos. As músicas são marcantes de uma
maneira diferente, embora você não fique as escutando mais tarde, e a história
complexa funciona de uma maneira sombria, como eu gosto bastante. Mas alguns
personagens não conseguem atingir o devido carisma.
De qualquer maneira, Into the Woods é uma grande obra. A história mistura um grande
número de personagens de forma inteligente – coloca duas pessoas desconhecidas
do público que querem ter um filho, uma bruxa que promete quebrar a maldição e
uma série de elementos como a capa vermelha da Chapeuzinho, um pouco de cabelo
louro (que será o de Rapunzel), uma vaca muito branca (a vaquinha do João,
aquele do Pé-de-Feijão) e um sapatinho. E quem é que tem um sapatinho? Trata-se
de jogar esses personagens todos no meio da floresta em uma missão diferente, e
situações inusitadas – a reinvenção de clássicos de maneira divertida, e um
tanto quanto macabra…
O elenco do filme conta com muita gente boa. Além
de Meryl Streep no papel da Bruxa e Johnny Depp no papel do Lobo Mau, ainda
temos James Corden como o Padeiro e Emily Blunt como sua esposa, Anna Kendrick
como Cinderela, Chris Pine como seu príncipe, Lilla Crawford como Chapeuzinho
Vermelho, Daniel Huttlestone como João, Mackenzie Mauzy como Rapunzel, e Billy
Magnussen como seu príncipe. E o pequeno teaser
apresenta efeitos fascinantes, um logo BELÍSSIMO, e aquela clássica fala de “I wish” que significa tanta coisa, para
tantas pessoas em tantos momentos diferentes da história… o maior marco de Into the Woods, certamente.
Por isso me arrepiou escutar essa fala!
Repetidamente…
No entanto, minha preocupação com a adaptação
continua sendo a mesma. Confio em uma obra de tirar o fôlego que vá reabrir a
temporada de musicais no cinema (assim espero), e acho que pode até ficar mais
interessante que a peça, graças aos efeitos (embora algumas piadas vão se
perder no caminho), mas o que me preocupa: E O NARRADOR? Certamente o
protagonista da história, e o papel mais difícil de interpretar, ele parece
excluído do filme – mesmo sem saber como poderíamos encaixá-lo ali, eu fico me
perguntando o quanto da história não se perderá sem ele. Sem suas
interpretações, sem seu final trágico [e injusto] do segundo ato, e sem o
desfecho surpreendente na qual sua identidade é revelado…
COMO O FILME PODE VIVER SEM TUDO ISSO?
Ainda assim, deve ser um ótimo filme… vamos
esperar pelo Natal!
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