The Leftovers 1x05 – Gladys
Cuidadosamente perturbador.
Ainda sem nem 10% das respostas que queremos, esse
episódio nos colocou dentro da GR de uma maneira que nenhum outro o fez até
então, e pudemos ver algumas coisas acontecendo. Coisas chocantes desencadeadas
por um brutal apedrejamento que leva à morte. Depois de uma cena inicial
primorosamente filmada, que nos deixou angustiados apesar de qualquer opinião, Gladys acompanhou os efeitos desse
assassinato sobre diversos personagens, com enfoque claro na seita dos Guilty
Remnant. Não importa não gostarmos dos GR, a cena inicial foi forte o
suficiente para ser difícil de assistir e nos causar angústia, além do momento
em que ela, finalmente, fala: “No.
Please”
O choque nos toma conta na introdução do episódio
é apenas mais um na sequência de belas introduções que viemos acompanhando nas
últimas semanas. A gravidade da situação é muito bem explorada, e veremos as
ações de Kevin na tentativa de protegê-los, por mais irônico que isso possa
parecer, a bondade de Matt Jamison desejando o mais próximo de um funeral justo
para ela que pode conseguir, e pessoas da GR agindo de uma maneira que jamais
imaginamos vê-los. E por fim, Meg se vê finalmente preparada para integrar a
seita de uma vez por todas, completamente vestida de branco, fumando e deixando
de falar para sempre, infelizmente. “I’m
ready now”.
Todos os membros da GR correm um grave perigo de
agora em diante, o que não chega a ser nenhuma surpresa – sua condição de
tentar fazer os demais lembrarem-se de algo que desejam esquecer, além da
esquisitice de segui-los a todo lugar, alguma hora levaria a ações fanáticas
como esse apedrejamento. Kevin mal consegue protegê-los graças à falta de apoio
[compreensível] da sociedade, e assim temos um momento que deve ser descrito
como, no mínimo, bizarro: quando Laurie é levada pela líder deles para fora da
instituição em uma espécie de disfarce, ou dia de folga, no qual é permitida
usar roupas de outras cores, não fumar, e falar…
FALAR!
Não que ela tenha falado, mas enfim. Foi chocante
de todo jeito.
Para ser bem sincero, eu finalmente “simpatizei”
com a líder do GR, depois de ver a maneira como ela ainda continua humana sob
toda aquela carcaça, e como também tem seus próprios sofrimentos e necessidades
– e a maneira como ela soa completamente desnorteada, maluca, me partiu o coração.
Não gosto e nunca gostei dessa instituição, e não gostarei até entender qual é
o objetivo da GR e porque eles são como são, mas ainda assim, foi um episódio
que nos colocou em contato mais próximo a eles, e foi uma experiência de
crescimento, certamente. Explorar individualmente personagens e instituições é
a melhor maneira de desenvolver a série, aparentemente.
Kevin com ótimas cenas bastante exageradas, mas eu
quase chorei com ele depois da conversa com Jill, lamento pelas coisas pela
qual Laurie está passando, e adorei a ação final de Matt. Afinal, é o Matt.
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