Presentes de Natal de J.K. Rowling 11 de 12 – DRACO MALFOY
NÓS TE AMAMOS, ROWLING!
Foi uma das coisas mais bonitas e mais bem
escritas que Rowling já nos deu. O dia de hoje faz valer toda essa experiência
de Pottermore Christmas, e me faz
agradecer ao fato de ter decidido escrever para o blog sobre essas “postagens”,
para que eu não tivesse a chance de largá-las. Rowling nos traz uma visão
complexa de o que é ser um Malfoy – mais especificamente, o que é ser Draco
Malfoy, durante todos os sete livros. E isso é fascinante! A autora faz isso de
uma maneira brilhante e convincente, e é tão incrível ver como ela pensa em
seus personagens como pessoas de verdade, como eles existem em suas mentes, e
cada detalhe de suas vidas é elaborado por ela, e tudo tem uma explicação, um
motivo. Não que vamos simpatizar com Draco, porque ele realmente nunca foi realmente bom, mas agora sabemos mais
como é ser ele. De uma maneira que nos aproxima do personagem incrivelmente! Sabemos
quem ele é, o que ele sente…
Death Eaters gather on the Astronomy Tower,
Keen to rid Dumbledore of his life and power.
But which student masterminded this plot with
precision,
In order to fulfill the Dark Lord’s terrible
mission?
Sabe naquela primeira cena dele em Pedra Filosofal? Eu nunca tinha parado
para pensar no motivo pelo qual ele ofereceu a mão a Harry Potter e quis ser
seu amigo – Malfoy cresceu num ambiente que lamentava o fato de Voldemort não ter
conseguido subir ao poder, mas também sabia que tal remorso precisava ser
escondido. E sua família, bem como todos os restantes Comensais da Morte,
pensavam na ocasião na qual Lord Voldemort foi derrotado. E uma das teorias é
de que Harry Potter conseguiu derrotá-lo por ser, ele mesmo, um grande bruxo
das trevas. Mas então Harry se recusa ser seu amigo, está com Ron Weasley… “Draco
realised, correctly, that the wild hopes of the ex-Death Eaters – that Harry
Potter was another, and better, Voldemort – are completely unfounded, and their
mutual enmity is assured from that point”.
A teoria estava errada. Ele não seria um grande
Bruxo das Trevas.
Toda a vida de Malfoy em Hogwarts foi guiada pela
inveja que ele sentia por Harry Potter – que era o mais famoso mesmo sem
procurar fama. Coisas pequenas como Snape o privilegiar não eram realmente o
suficiente. “Draco resorted to many different dirty
tactics in his perpetual quest to get under Harry’s skin, or discredit him in
the eyes of others including, but not limited to, telling lies about him to the
press, manufacturing insulting badges to wear about him, attempting to curse
him from behind, and dressing up as one of the Dementors (to which Harry had
shown himself particularly vulnerable)” E foi como um bully que ele passou pela escola, que ele colocou para fora toda a
raiva que sentia por Harry Potter, ou pelo fato de ele ter derrubado Voldemort.
Com todas essas ações…
Mas Harry também o humilhou. Como no campo de
Quadribol.
E ELE FOI TRANSFORMADO EM DONINHA POR UM
PROFESSOR!
Harry Potter, mesmo entre os Comensais da Morte,
tinha um status. Não de admiração,
mas ele era visto com uma seriedade que não era conferida a Draco Malfoy. Então
depois da batalha no Cemitério, no fim de Cálice
de Fogo, Draco Malfoy sabia que Harry falava a verdade sobre o retorno de
Voldemort, mesmo que não pudesse dizer isso à comunidade bruxa – mas seu pai
estivera lá no Cemitério na ocasião, depois de sentir a Marca Negra arder. E como
Harry conseguiu, novamente, fugir da morte, ele foi muito comentado nas
reuniões que aconteciam na Mansão dos Malfoy. Enquanto Draco era apenas “um
garoto”.
A Ordem da
Fênix é decisivo para Draco. Dolores Umbridge também odeia Harry Potter, Draco
se torna membro da Brigada Inquisitorial; parece um ano razoavelmente bom, que
se equilibra com a prisão de Lucius Malfoy, mandado para Azkaban no fim do
quinto ano de Draco em Hogwarts. Isso desmoraliza a família perante os
Comensais da Morte, e eles se tornam párias, desestruturados por si só. Sem Lucius,
Narcissa entra em desespero, e Malfoy precisa assumir responsabilidades. Como uma
última maneira de punir Lucius Malfoy, Voldemort manda que Draco mate
Dumbledore, sabendo que ele vai falhar e que isso pode custar sua vida – e começa
a trajetória de Draco em Enigma do
Príncipe. Draco não pensa nas conseqüências, ele apenas se vê como um
Comensal da Morte, e a expectativa de limpar o nome de sua família perante
Voldemort.
Como um Comensal da Morte, Draco realmente
consegue colocar toda uma equipe para dentro do castelo, o que culmina na morte
de Dumbledore. Mesmo que não por suas mãos. E Draco Malfoy percebe que matar não
é realmente a sua especialidade. Vemos o personagem em sua postura mais frágil
e desesperada – negando ajudas de Snape, mas sem saber o que fazer. Pálido,
magro, chorando. E tudo guiado pelo amor estranho que sente pela família, pela
tentativa de ter o pai de volta… e Draco Malfoy não chega a sofrer uma
assustadora e fantasiosa mudança de uma hora para a outra no fim da saga, mas
toda sua trajetória converge nos seus últimos momentos, quando é salvo por
Harry e Ron do Fogo Maldito. E temos aquela brilhante aparição sua no Epílogo,
19 anos depois… com a esperança de que tenhamos, finalmente, um Malfoy
tolerante em Hogwarts.
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