Presentes de Natal de J.K. Rowling 2 de 12: FLOREAN FORTESCUE e THE LEAKY CAULDRON
“Diagon Alley,
of course!”
Uma visita ao Beco Diagonal sempre parece uma
coisa deliciosa a qualquer fã de Harry
Potter, não parece? Afinal, quem é de nós, potterheads, que crescemos lendo
os livros, nunca sonhou em fazer uma visitinha àquele lugar. Escondido nas ruas
de Londres, o Beco Diagonal é o lugar no qual todos os bruxos e bruxas que vão
para Hogwarts compram suas coisas: como animais de estimação, vestes,
caldeirões, varinhas e vassouras… digo “todo bruxo e bruxa que vai para Hogwarts”,
porque Cálice de Fogo quebrou a
onipresença daquele lugar ao introduzir Durmstrang e Beauxbatons. Muita coisa
foi escrita por J.K. Rowling e não chegou a fazer parte das versões finais dos
livros – como autora, ele detém um conhecimento amplo que é só dela. Ela conhece
os personagens em seu cerne, e tem idéia de detalhes que nós, meros leitores, não
temos… ela quebra mais um pouco dessa barreira, hoje, com o enigma:
Weasley’s Wizard Wheezes is a marvellous place
Full of jokes and potions by the box and case
The premises are stuffed with people, ready to
pop
But on what magical street can you find this
fun shop?
Posso dizer que foi mais fácil que o de ontem?
A segunda “história” (já me conformei que elas não
são, de fato, histórias) publicada por J.K. Rowling no Pottermore fala sobre Florean Fortescue, o dono de uma loja de
sorvetes no Beco Diagonal, que o Harry conhece em O Prisioneiro de Azkaban. Ele é o protagonista de toda uma história
que não chegou à versão final dos livros, mas que me pareceu interessante: eu
gosto de como Rowling planeja toda a sua trama de maneira intrincada, colocando
detalhes que serão importantes mais tarde. Como apresentar Florean Fortescue em
Prisioneiro e fazê-lo criar um
vínculo com o Harry porque ele teria informações importantes durante a caçada
pelas Relíquias da Morte, no último livro da saga. Que sagacidade dessa autora!
Conhecedor de histórias de bruxos medievais e descendente de um antigo diretor
de Hogwarts, Dexter Fortescue, ele seria um personagem convincente.
“Florean is a descendant of Dexter,
and I originally planned Florean to be the conduit for clues that I need to
give Harry during his quest for the Hallows, which is why I established an acquaintance
fairly early on. At this stage, I imagined the historically-minded Florean
might have a smattering information on matters as diverse as the Elder Wand and
the diadem of Ravenclaw, the information having been passed down in the
Fortescue family from their angust ancestor. As I worked my way nearer to the
point where such information would become necessary, I caused Florean to be
kidnapped, intending him to be found and rescued by Harry and his friends”.
Todo um plot
interessantíssimo, mas ela explica por quê o descartou:
“The problem was that when I came to
write the key parts of Deathly Hallows I decided that
Phineas Nigellus Black was a much more satisfactory means of conveying clues. Florean’s
information on the diadem also felt redundant, as I could give the reader everything
he or she needed by interviewing the Grey Lady. All in all, I seemed to have
had him kidnapped and killed for no reason. He is not the first wizard whom
Voldemort murdered because he knew too much (or too little), but he is the only
one I feel guilty about, because it was all my fault”.
A segunda “história” (que eu não vou transcrever
galera, afinal ela está maiorzinha do que as outras duas divulgadas) fala sobre
o Caldeirão Furado – A PASSAGEM AO BECO DIAGONAL. Visitamos o Caldeirão Furado
em Pedra Filosofal, quando Harry
conhece o Professor Quirrell, antes de Hagrid levá-lo até o Beco Diagonal, e
posteriormente em Prisioneiro de Azkaban,
quando o Harry fica uns dias hospedado ali antes de partir para Hogwarts. Como J.K.
é legal por nos fazer relembrar esses momentos tão simples e tão marcantes!
Mas acontece que SIM, tem uma história!
O Caldeirão Furado tem muito mais background do que podíamos imaginar
quando lemos os livros, ainda quando crianças. Ou quando o lemos novamente,
adolescentes, adultos, velhos… Rowling começa atestando: o Caldeirão Furado é o pub
mais antigo em Londres! Mesmo que os Trouxas não saibam disso… construído por
volta de 1500, ele fica atualmente na Charing Cross Road, mas o verdadeiro
endereço é: Beco Diagonal, número 1. Como foi criado uns 200 anos antes do Statue of Secrecy (segundo o
qual a magia deve ser escondida dos olhos humanos), o Caldeirão Furado era visível
a olhos trouxas. Com o decreto implantado, o Caldeirão Furado continuou
existindo, já tendo criado uma tradição e sendo um refúgio e lugar de encontro
de bruxos – zilhões de feitiços para escondê-lo, o lugar continuou existindo, e
o então Ministro da Magia, Ulick Gamp, permitiu ali a passagem para o Beco
Diagonal.
No final do século XIX, no entanto, o Caldeirão
Furado realmente passou por um momento de dificuldade, com a construção da rua
Charing Cross – o Ministro da Magia da época, Faris Spavin, disse que, dessa
vez, o pub não poderia ser salvo. Um longo
discurso de sete horas foi feito pelo Ministro, dizendo adeus ao lugar, e
recebeu, após isso, a notícia de que a comunidade bruxa tinha “se rebelado”:
realizado uma série de Feitiços da Memória, e os planejadores e arquitetos
trouxas deixaram, no novo projeto, um lugar para o Caldeirão Furado, que
continuou existindo ali, embora os trouxas não saberiam, depois, porque tinham
deixado aquele espaço vago entre as construções… há possibilidades de que a
Maldição Imperius tenha sido usada na ocasião, mas isso nunca foi provado…
De novo, OBRIGADO ROWLING!
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