[Season Finale] Sense8 1x12 – I Can’t Leave Her


Possivelmente o melhor Season Finale da minha vida. Mas também pode ser a melhor série!
Um último episódio para fechar lindamente uma série EXCEPIONAL. Ou uma temporada excepcional. Narrativa impressionante e original, filmagens inovadoras e uma produção excelente… com personagens relacionáveis e atores fantásticos. A série se coloca no topo da minha lista de séries favoritas, com direito a tudo: emoção e risadas; ficção científica e lágrimas em discussões muito humanas. Perfeita, simplesmente PERFEITA. Temos apenas é que agradecer ao Netflix por esse presente incrível que ele nos deu… comecei a ver de pura curiosidade. Me apaixonei no primeiro episódio e não larguei. Hoje, digo: VALEU CADA SEGUNDO. Série de me deixar arrepiado, e por vezes me falta palavras para explicá-la coerentemente. Não há como. Eu só digo a todos, A TODOS: ASSISTAM A SENSE8. Apenas ao colocá-la para ver é que você vai sentir o que nós sentimos.
E é algo muito forte.
Parece que toda a série caminhou para esse momento específico… tudo o que tivemos, todas as histórias individuais desses personagens e as primeiras conexões nos trouxe aqui. Precisávamos conhecer e amar cada personagem por ele mesmo – e é isso o que aconteceu, nós amamos esses personagens! – e seus momentos juntos, ou um no lugar do outro para que uma sequência tão grande quanto essa última fosse digna da mais sublime apreciação. O ápice das visitas, dos compartilhamentos, das trocas… e o episódio começa simples com o pequeno Will vendo Sara Patrell – QUE CENA EXCELENTE DELE NO PSICÓLOGO. Ainda quero mais informações sobre essa trama toda da Sara, mas isso era importante para a característica de Will como sensate, mesmo que ele ainda fosse só uma criança. ÓTIMA CENA. Quando ela apareceu na janela (pela qual ele estava olhando durante toda a sequência) em meio à neve, eu me arrepiei todo!
Nossa, QUE DESESPERO assistir à cena do acidente de Riley na íntegra, ainda mais do que fora sugerido nos episódios anteriores com aqueles rápidos flashes de pura dor – como o marido dela parecia completamente apaixonado por ela, como ela estava grávida prestes a ter uma filha, e ele queria levá-la com segurança até um lugar onde ela pudesse nascer, e como o carro brutalmente capota – com a recorrência da neve. Fria, silenciosa, isoladora. E ao mesmo tempo em que quase adoramos o Magnus do acidente, aquele que adorava Riley e que morreu tão tristemente, é angustiante ver o seu espírito implorando a ela que ela vá com ele. Do desespero à emoção, a cena do acidente é finalizada com um nono e último belo nascimento, de Luna. “Will…” “I’m coming for you
Enquanto Riley está em estado crítico e revivendo cada uma das emoções e das dores que se seguiram ao seu acidente (quebrar o vidro do carro a socos, abraçar Luna e sair em uma caminhada naquele deserto de gelo), Will e Nomi estão determinados a salvá-la. Acredito que essa é a dupla que mais funcionou na série, tanto que foi continuamente usada – eu gosto de como eles travam assuntos sérios que fazem a história caminhar em direções que as demais histórias não parecem caminhar. É sempre fantástico vê-los conversar, alternar as localizações, e como Nomi trabalha como uma excelente hacker, descobrindo onde Riley está, descobrindo sobre o helicóptero com o Whispers que está chegando, e conseguindo um carro para que Will possa chegar até Riley… sério, esses dois merecem algum tipo de prêmio por sua cumplicidade em Sense8.
Meu coração começando a disparar, eu fazendo pausas para poder conter minha emoção, meus surtos e minha tristeza por ser o último episódio… o momento em que Yrsa aparece e oferece a Riley sua última chance de protegê-los. Riley pega a arma, atira, Will pode sentir que ela está fazendo isso… Nomi, Capheus e Kala estão ali presenciando o momento… Sun, Wolfgang e Lito. “Protect them”. E lhe é oferecida a opção de fazer consigo o que Angelica fez no início da temporada: tirar a própria vida para proteger os sensates da BPO. Ela retorna ao lugar abandonado, ao colchão, a uma recriação da terrível cena de abertura da série. “Riley… please don’t do it. I’m coming for ya”. Que Season Finale DESESPERADORA e angustiante, mas que te prende e se consolida naquilo que acompanhamos ao longo da temporada: nós não assistimos a Sense8. Nós SENTIMOS Sense8.
É diferente.
Como eles poderiam processar tantas informações ao mesmo tempo? A grande sequência de Wolfgang no episódio de conclusão de temporada o coloca em meio a um terrível tiroteio na casa do tio, o enfrentando depois que matou o filho dele naquela fantástica cena da bazuca. Will faz uma participação com informações vitais para salvar Wolfie, e então Wolfie aparece no laboratório de Kala, aparentemente para se despedir. Chega a ser estranho tê-la agachada na Alemanha, em meio a um tiroteio. Mas… “I’m not like Sun, I don’t know how to use my fist. But it doesn’t mean I don’t know how to fight”. Kala usando a ciência para criar aquela bomba caseira: “I’m not ready to say goodbye” <3 “My father was a monster and so are you. And so am I” – por mais lindo e sedutor que o Wolfie seja, ele estava ASSUSTADOR naquele momento, com aquele exagero de tiros desnecessários, com sua ira violenta e selvagem; animalesca. Me deixou com os olhos esbugalhados, respiração presa.
E nada me doeu mais do que as lágrimas sentidas de Kala assistindo àquilo.
“That’s why you have to marry Rajan”
Pausa para comentar isso: só eu que tive uma vontade IMENSA de dirigir por aquelas lindas estradas e paisagens da Islândia? Sério, não fosse a situação que é, quão reconfortante é aquilo! Voltando à trama… nada reconfortante. Eu gostei de como Will e Nomi se mantiveram conectados durante todo o processo, essenciais um para o outro em uma viagem sem um plano definido, trabalhando em uma construção conjunta de algo muito grande. Eles estavam ótimos, como eu já disse. E, graças a Nomi e seu plano LINDO, ele consegue entrar pela porta da frente… mas minha reação nessas cenas: NÃO MATEM A AMANITA! Ela viu o Whispers, o que é um perigo tremendo, mas sem ela ser uma sensate ela não pode estar em um risco tão iminente assim. É fofo ver Will tentando convencer Nomi de que Amanita está à salvo – “You love her a lot –, mas também é pesado ver que nenhum dos três têm lá tanta confiança assim nessa segurança. Mas era apenas uma jogada do roteiro para nos lembrar como a conexão com Whispers funcionava.
Nomi sobre não saber onde Riley está internada: I’m not the Wizard of Oz <3
“Riley, open your eyes”. O desespero de ver Whispers tão próximo a Riley, querendo que ela abra os olhos para criar com ela com elo inquebrável de ser capaz de ver e ouvir tudo o que ela vê e ouve, é quebrado totalmente por um dos melhores momentos: CHEGADA DE LITO. Nomi o reconhece – “Lito!” –, mas o melhor está na reação de Will: “Do I know you?” Yes, we had sex. A expressão do Will foi IMPAGÁVEL! Os comentários, a gagueira… COMO EU RI com a Nomi simplesmente surgindo no meio dos dois: “We’re on the clock here, fellas”. O melhor não é, necessariamente, Lito se passando por médico ou cantando uma colega atrás de informações; é ter Nomi e Will parados o observando, o sorriso e a piscadinha de Lito para eles. Tudo bem se, no meio de toda aquela tensão, eu estivesse simplesmente me divertindo? E, simples assim, Lito consegue a informação precisa da localização de Riley. PERFECT.
Agora, será que dá pra não confiar no Jonas, seus burros? Obrigado.
“Oh, shit, four guards” “Is that all?” SUN <3 Que junção perfeita nesse episódio. Tudo parece girar em torno da trama maior, que está com Riley presa com Whispers na Islândia, em alguma sede da BPO, mas a participação de cada sensate é exata, precisa… adorei como as coisas se sucedem, como cada um faz sua parte, como eles estão juntos nessa. We’re all in this together. Sun contra aqueles guardas em paralelo com Will, que é o avatar dela naquele momento. Bela cena… e então ele chega até Riley. Foi tão lindo quando, ao tocar nela, eles trocaram de lugar, e então uma série de rápidos flashbacks mostrou todos os momentos mais marcantes da dupla na série. O primeiro encontro, a cena do espelho no segundo episódio, o bar, os beijos… Riley, it’s me. E depois desse curto momento de conexão bonita, eles precisavam partir para a ação novamente… e Will carrega ela para fora.
Então tudo retorna. Nomi e Will trabalhando ainda em equipe para conseguirem sair com Riley dali. “We need to wake her up” “How?” “I don’t know”. Então, participação de novo sensate: KALA: “I do”. Já que ela é uma cientista, ela devia saber o que estava fazendo… “This will be very violent. But it will wake her”. And it did. E quando você pensa que as coisas podiam estar funcionando, não é Jonas sendo torturado e Whispers conseguindo informações do escape que realmente nos destrói: é o fato de, com o elevador descendo, Will olhar nos olhos de Whispers. “Hello, Will”. Qual o problema, Nomi? Qual o problema que, de agora em diante, vocês estão completamente FERRADOS. Tendo Whispers tanto acesso a Will, de agora em diante, e Will tão conectado com os outros 7, o quão problemático vai ser isso? E o quão agitada vai ser uma segunda temporada?
Perto da finalização, quando eles entram na ambulância para escapar e Will não encontra as chaves… “That’s no problem”. Okay, vez do Capheus. O problema é que eu me pergunto como poderei gostar ou confiar em Will de agora em diante… com o elo com Whispers fixado, é um perigo e um erro grave tê-lo no grupo. Para todos eles. “Will, this is foolish. I see and hear everything you see and hear. Wherever you go, whatever you do, whatever you think… I’ll be with you. Não gosto de soar pessimista, mas, em algum momento, tudo parecia infundado. Sem esperanças. Mas Amanita é um gênio, e Will passou o controle para Wolfgang, afinal ele poderia tomar qualquer atitude drástica que ele mesmo não conseguisse. “Maybe I can’t. But I know who can”. E faltava a participação de Wolfie nessa trama toda de Season Finale, afinal sua única outra cena fora em uma trama paralela no episódio.
Tudo fica claro no final, numa última sequência angustiante e bem desenvolvida… o motivo de Riley ser o pivô de tudo isso, o motivo de o episódio ter começado com o seu acidente (mas não o motivo de termos Sara Patrell). Eles estão de volta às montanhas para escapar de Whispers em seu helicóptero. As montanhas do acidente. As situações do acidente são recriadas, mas sem a neve e com uma participação inconveniente de Angelica (essa mulher não morre?), e Riley, implorando que Will retorne, recomeça a sentir as angústias daquela noite. [Pausa para risada: O QUE É O WILL GRÁVIDO?] E tudo retorna: Riley está de volta ao lugar onde deveria ter morrido, embora Will esteja com ela – e ele, com a participação de Jonas e Angelica, se dá conta que ele só tem uma opção se quiser proteger o seu grupo. Protect them. E parecia que não havia mesmo jeito… alguém teria que morrer nesse último episódio.
Lágrimas começam a escorrer…
Não meus personagens <3
Mas eu gosto do fato de essa não ser a única saída… de Will, depois que a conexão com Nomi foi quebrada, sozinho com Riley, ter pensado em uma segunda opção. Ter corrido de volta para a ambulância, injetado drogas em si mesmo para ficar inconsciente, e consequentemente invisível para Whispers, e tido aquela bonita conversa inspiracional que coloca toda a responsabilidade pela segurança do grupo nas mãos de Riley. Poderia ter funcionado como uma bonita despedida, mas não tinha necessidade de ser isso… foi lindo como ele acordou, ainda meio grogue, nos braços de Riley naquele barco. You did it. You saved us. Eu me emocionei completamente quando a trilha sonora fica mais forte e os oito sensates estão juntos naquele barco no meio do oceano, navegando rumo ao horizonte e o sol se pondo. Absolutamente lindo. Emocionante, arrepiante.
Uma finalização perfeita para uma temporada PERFEITA.
Sense8 superou qualquer expectativa minha.

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