Cúmplices de um Resgate (2015) – Capítulos 21 a 25

“Vocês estão vendo aquela menina ali cantando? É ela que nós vamos seqüestrar”.

Foi uma semana bem intensa. Depois de uma semana inteira de despedida do Orlando, essa semana começa logo depois de sua morte, com a leitura do testamento, e caminha por uma série de eventos nos quais Marina simplesmente brilha, e Isabela passa a sofrer por três coisas: a) a morte do pai; b) ele não ser realmente seu pai; e c) ter sido abandonada pela mãe biológica. Pelo menos é o que ela acha. Fui enganado porque achei que a Festa do Milho e a Festa da Amizade trariam o clipe de Alcançar a Liberdade, mas ainda não. A história da galinha dos ovos de ouro chega ao fim, os irmãos Vaz constroem o boneco falso da tia Flora (mas o Fausto provou, no capítulo de ontem, que vamos ter alterações na história dos irmãos, afinal ele vai roubar o dinheiro das crianças!), Priscila continua excluída pela mãe e os preparativos para o sequestro começam.

Ufa!

Isabela passou a semana inteira ainda muito tocada e triste pela morte do pai, e eu acho que a novela realmente soube como desenvolver a história nessa parte – porque ao contrário de ficar enrolado, eles conseguiram desenvolver bem a história ao longo dessa semana, e ainda assim permitir um período de luto à Isabela, que precisa sofrer uma vez que ela verdadeiramente amava o seu pai! Desse modo, Larissa Manoela está, novamente, brilhando incrivelmente no papel (nos papéis) – ela teve cenas de puro sofrimento, ela teve cenas de muita força e intensidade, e ela realmente nos comoveu em algumas cenas belíssimas com Marina, como aquele momento das duas no quarto da empregada, que foi perfeitamente emocionante… mas falaremos disso mais tarde, até porque a Marina nessa semana!

Depois de Marina ter cuidado de Isa enquanto ela dormia (o que garantiu uma versão de Pra Não Ter Fim em coro, bem breve), Isabela descobriu que não era filha de Orlando. “Ela não é minha filha, e muito menos filha do Orlando” – claro que Isa saiu em profundo desespero e ódio, revoltada – e eu quase chorei com ela tentando imaginar o tamanho trauma de escutar uma coisa dessas, ainda mais logo depois da morte do pai que ela tanto amava! “O meu pai é o meu pai?” “Ai que pergunta esquisita, Isabela. O seu Orlando não só era o seu pai, como também a amava muito”. Não foi a única vez que, revoltada por Regina e Geraldo pouco se importarem com a morte de Orlando, Isabela foge para o quarto de Marina, em busca de refúgio…

Falando nisso tudo, que realização é a leitura do testamento! <3

E como Isabela é inteligente (mas chegaremos em Marina, eu gosto de como os personagens dessa versão estão inteligentes!), ela acaba por juntar os detalhes… como Manuela conta para ela que elas nasceram no mesmo dia, Isabela começa a se lembrar de seus primeiros encontros, da questão do amendoim, da fala de Regina, e entende: elas são irmãs gêmeas sim. “Se a Regina não for mesmo a minha mãe, então minha mãe só pode ser a mãe da caipira, a Rebeca. Se isso for mesmo verdade, então por que ela me abandonou e ficou só com a Manuela?” Acho que foi uma das frases mais MARCANTES da semana, e que caracterizam a futura personalidade de Isabela, e a maneira como ela acaba se afastando de Manuela, de certa maneira, e sentindo raiva da Rebeca por acreditar que foi abandonada por ela…

Me pareceu tão Silvana!

Agora, vamos envolver mais personagens nessa review: Priscila e a C1R cantaram a versão mais rápida de “Juntos”, e eu gostei particularmente da maneira como eles foram visitar a Isabela. Eu juro que estava preocupado com a reação da garota, mas foi uma das cenas mais fofas que a Isabela já protagonizou! Ela estava querida, ela aceitou ser cumprimentada pelos integrantes da banda. Ganhou um abraço de Julia e um aperto de mão de Priscila, sorriu e agradeceu. Foi uma cena pura, inocente, terna. Reconfortante. Eu acho que ela está aprendendo o que é a amizade depois de todas as mudanças de lugar que ela teve com a Manuela, por fim.

Quanto ao pedido de casamento de Otávio! Eu estava todo apreensivo, do tipo “ele vai mesmo fazer isso?” e morrendo de medo da maneira como a Rebeca reagiria, afinal vocês conhecem a Rebeca… TUDO FOI TÃO EMOCIONANTE, meus olhos se encheram de lágrimas. O passeio, o parque, o barquinho. “Rebeca, você aceita se casar comigo?” Ele estava tremendo, ela estava chorando! Ai meu coração! Foi uma cena, por fim, muito triste e ao mesmo tempo muito bonita. Quanto tempo ela não esperou por isso, não sonhou com isso? E ela disse, que ele parecia um príncipe de conto de fadas, mas que ela não podia aceitar, e eu não acho mesmo que poderia… mas eu acho que, talvez, ela pudesse sugerir um namoro, ou pelo menos dar-lhe um beijo de despedida naquela cena do carro repleta de tensão sexual. Mas no fim, ela estava sorrindo para ele, eles se chamando de príncipe e princesa, e eles estão muito “amigos”. Só esperando ele cuidar dela e ajudá-la quando a Manuela for seqüestrada!

Em relação à Dóris… vocês se lembram do ovo de ouro? Bem, o pintinho nasceu, ela ficou escondendo dele por muito tempo – “Melhor não falar nada da minha galinha baby dos ovos de ouro” –, mas o pai descobriu. Foi fofo e foi tristinho. Porque eu fiquei com dó dela, por ter acreditado e por ficar frustrada daquela maneira quando descobriu que tudo era mentira, mas foi uma boa maneira de ensinar alguns valores, e eu estava achando tão fofo que ela acreditasse, por causa da pureza e inocência dessa fase da vida. Mas o Matheus foi um irmão quase fofo pedindo desculpas a ela, e ela foi uma fofura indescritível ao esquecer de tudo tão depressa, agindo como se não tivesse problema nenhum que ele tivesse feito ela acreditar na existência de uma galinha dos ovos de ouro.

Apareceu o manequim para fingir que é a tia Flora \o/

E caminhamos para Marina descobrir tudo… e eu gostei demais disso! Tivemos cenas adoráveis de Isabela no quarto de Marina, vendo as fotos dela espalhadas pelo quarto, os desenhos que ela guardou, o carinho e o amor verdadeiro que ela tem pela menina – Isa chorou com Marina, a abraçou, dormiu tranqüila pela primeira vez em muito tempo quando dormiu em seu quarto. “Ai, tá bom! Mas eu só vo comer porque você pediu com muito carinho” e “Pode ir, Raul. A Marina vai cuidar muito bem de mim, como sempre cuidou, e com muito carinho” – ai, Isa, que coisa mais linda! E depois disso tudo, as festas no Vilarejo levam a quê? Um correio elegante de Ofélio para Marina, entregue por ninguém menos que a própria Manuela: “Isabela, o que você está fazendo aqui?”

Tivemos um capítulo quase inteiro focado no fato de a Marina estar descobrindo tudo o que realmente aconteceu. Eu mesmo fiquei todo apreensivo, mesmo que eu tenha me divertido com a Manu se escondendo da Marina na igreja, ou saindo fofa de lá, com um disfarce que envolvia o lenço de Dóris e o óculos de Matheus, mas não tinha jeito: Marina estava determinada a entender tudo. “Lascou tudo, Isabela. A Marina me viu aqui no Vilarejo. O que eu faço agora?” Então não importa que a Isa tenha evitado a Marina o capítulo todo (ela preferiu até sair com a Regina a enfrentar Marina!), ou que tenha se esquivado de perguntas como “É muita coincidência você ir o tempo todo para o Vilarejo e quando eu ir lá trombar com essa menina!”. Marina volta ao Vilarejo com Damião, consegue novas dicas, Ofélio lhe mostra quem é Manuela…

“Cada vez que ela ia lá ela voltava com a personalidade completamente diferente. Parecia até outra menina” – e então Marina se lembrou das mudanças de humor, do fato de Manuela ser a vocalista de uma banda, e se deu conta de TUDO: Isabela estava indo lá para trocar de lugar com a Manuela, para que ela cantasse em seu lugar… só eu que fiquei MUITO feliz com a astúcia e determinação de Marina? Vai ser triste vê-la, futuramente, perdida e sem memória, sério. “Sem enrolar, Isa: quem é a Manuela?”. E então Isabela simplesmente não teve mais como se esquivar da Marina: precisou contar toda a verdade, até a parte de elas serem gêmeas, porque Regina confirmou que ela não é filha dela, e então Marina já calculou que as duas devem ser filhas da mãe da Manuela. E então Isabela manda uma mensagem para a Manuela dizendo que elas precisam conversar…

…e aparece na igreja do Vilarejo.

No Vilarejo dos Sonhos nós tivemos o que, para mim, pareceu uma releitura do primeiro encontro de Silvana e Mariana na versão original de 2002, mas acho que só por ter sido na presença do Téo! “Oi, Teozinho, eu não tô falando com ninguém, lasqueira, eu só tô aqui com meus pensamentos” – e eu devo confessar que meu coração deu um pulinho por ele dizer que “Às vezes a Manu age de um jeito diferente, até parece outra pessoa. Mas até que eu gosto desse outro jeito” <3 Depois a Regina mente para a Isa que é uma boa pessoa, que a mãe biológica da Isa a abandonou e então ela a pegou para criar, e pronto: “Então é verdade. Aquela mulher, a Rebeca, preferiu ficar com a Manuela e me jogou fora […] Eu nem preciso do amor da Rebeca. Eu não preciso do amor de ninguém. Meu pai me amou por todo mundo” – e não importa que a Marina tente dize que essa história pode nem ser verdade…

Por que a Isabela pensaria diferente? As coisas bem delineadas para o futuro!

Ah, quem é a Manuela? Geraldo sabe: oh agonia vê-lo pegar o DVD de “Manuela e Seus Amigos”! E então está aí… um trechinho do clipe de Alcançar a Liberdade (sério, esse clipe está muito bonito, quando é que a novela vai divulgá-lo oficialmente?), e então ele também se deu conta de tudo… com o vídeo da “Isabela” cantando Na Hora H. e pronto: que comece toda a trama do seqüestro. Apreensivo que só pela próxima semana, já me segurando para a incrível quantidade de violência e crueldade que estão por vir. Mas… bem que eu estou bem curioso para essa nossa versão do terrível seqüestro de Manuela, a novela fica bem mais emotiva e séria agora! Apesar de ela já ser suficientemente emotiva e séria… enfim, as coisas mudam semana que vem, galera!

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