Doctor Who 9x02 – The Witch’s Familiar
“Oh, same old, same old. Just the Doctor and Clara
Oswald in the TARDIS”
Wow, essa temporada veio, simplesmente, PRA
DESTRUIR! Que episódio sensacional, mas eu juro que eu não sei o que pensar…
com toda aquela questão de híbrido, de óculos sônicos, de disco de confissão do
Doctor, da fuga dele de Gallifrey e de tudo o mais. O episódio brincou conosco
o tempo todo, e eu juro que eu não acabei nada bem! Chorando, surtado,
emocionado. Sei lá. QUE EPISÓDIO FANTÁSTICO! Foi uma maneira perfeita de
começar a nona temporada, e já veio para nos mostrar que nesse nono ano o
Doctor não está aqui para brincar, vai ser uma temporada séria, forte, e
repleta de boas informações e ótimos acontecimentos. A maneira como eu fiquei
desesperado com um milhão de coisas, a maneira como eu gritei de frustração, de
raiva, de alegria. Eu sei o quanto assistir Doctor
Who não é simplesmente assistir
Doctor Who, é um processo de viver emoções muito acentuadas, muito reais e
fortes, pirando completamente com o inteligente roteiro bem amarrado, em uma
presentão perfeito de Steven Moffat para nós,
MUITO OBRIGADO POR ESSA SEASON PREMIERE FANTÁSTICA! \o/
Vocês lembram como o episódio passado já foi
perfeito, e como ele acabou em um momento épico no qual o Doctor ameaça um
pequeno Davros no campo de batalha, apontando uma arma Dalek contra ele,
gritando “Exterminate!” e dizendo que vai salvar a sua amiga da única maneira
que sabe. Mas esse episódio começa nos mostrando que Missy e Clara não morreram
– Missy, fantástica e perfeita, as salvou com uma idéia que ela retirou lá da
era do Fourth Doctor… e nós até vimos um pouco de Tom Baker, aquele cachecol e
tudo o mais, mas Missy escolheu ficar com “aquele da sobrancelha” mesmo, afinal
não importa a cara que ele use, ele SEMPRE será o Doctor. Aquela história do
Doctor, sozinho, sem TARDIS, sem amigos e sem ajuda, com segundos para escapar.
Nanossegundos. QUATRO para
ser preciso. E ele usou a energia dos inimigos para que, no momento em que
devia ser desintegrado, ele se teletransportasse… basicamente o que Missy fez
com ela e Clara.
“How do we start?” “We assume we’re
gonna win”
“Why does the Doctor always
survive?” “Because he’s clever”
RUN YOU CLEVER BOY. AND REMEMBER.
Enquanto o Doctor roubou a cadeira de Davros,
ficou “parcialmente Dalek” e tomou chazinho com os demais os convidando a
brincar de carrinho de bate-bate, nós
percebemos o quanto as coisas estavam sérias. Eu passei o episódio todo com o
coração apertado, respirando com dificuldade e tudo! Ainda estou nesse exato
momento! Missy e Clara andam por um esgoto/cemitério com Daleks raivosos que
nunca morreram de fato, enquanto o
Doctor exige Clara de volta: “Clara Oswald.
I want Clara Oswald. Safe. Alive. And returned to me immediately”.
E por mais fofo que fosse, era DESESPERADOR. Porque era forte e impactante!
Afinal, como Missy bem coloca, aquele era um Doctor sem esperança – ele estava
na cadeira de Davros, ameaçando os Daleks com uma arma vinda deles mesmos. Com
Skaro reconstruída, o fantasma do pequeno Davros abandonado no Campo de
Batalha, e a aparente morte de Clara Oswald… isso tudo deixou o Doctor fora de
si, CAPAZ DE QUALQUER COISA.
E como ele falou de tomar conta do “Império de
Davros”, já introduziu a raça híbrida?
Bem, deixemos isso para mais tarde no texto.
Quando Missy matou um Dalek e fez Clara entrar na
carcaça de um Dalek morto, bem… ASYLUM OF
THE DALEKS, CLARO! Aquilo me deixou em êxtase, a princípio, afinal foi
assim que conhecemos Clara, ainda na
época do Eleventh, com Amy e Rory Pond. Mas quando ela ficou “presa” dentro de
um Dalek, o meu desespero aumentou significativamente. Porque embora fosse
parte do plano, embora ela estivesse no controle, vê-la escondida, ver e ouvir
um Dalek falar… aquilo me deu calafrios! Ela falava como um Dalek, ela tinha
voz e vocabulário de um Dalek, e aquilo foi apavorante. Quando ela dizia “I’m Clara Oswald” e saía como “I’m a Dalek”, ou “I love you” que saía como “Exterminate”,
foi puramente assustador. Pânico daqueles de ter certeza que esse tipo de visão
vai me atormentar no meio da noite enquanto eu estiver tentando dormir
tranquilamente… mas foi perfeito, foi incrível, foi sublime.
E eu adoro a Clara.
Essa temporada está brincando demais com a
personalidade do Doctor, com as suas crenças, com quem ele realmente é, o que
ele acredita e o que ele é capaz de fazer – Davros dando a ele a escolha de
genocídio, matar os Daleks por opção, não apenas como um ato de guerra. E foram
tantas cenas que surgiram daquela discussão… Foi lindo o discurso dele, os
famosos discursos do Doctor, dizendo que ele não foi ali por vergonha, afinal
um pouco de vergonha nunca fez mal a ninguém, mas ele foi ali porque Davros
estava doente e lhe pediu e, em um dia bom, se ele tentar bastante, ele não é
apenas o Senhor do Tempo que fugiu, mas ele é também o Doctor – “Compassion then” “Always”. Chegando ao
disco de confissão do Doctor, isso vai dar MUITO O QUE FALAR ao longo dessa
temporada, como pudemos ver. Davros o confrontou em relação a ele, perguntando
qual era a confissão, a inquietante pergunta: “Por que você fugiu de Gallifrey?” Entediado? Bem, ninguém foge,
como ele fugiu, por tão pouco!
Fui trouxa. Basicamente fui MUITO TROUXA. O que eu
fui enganado nesse episódio, e como ele brincou comigo e com meus sentimentos.
Desculpa se eu realmente cheguei a acreditar em Davros. Frases como “Did I do right? I need to know, before
the end. Am I good man?” ou “I have always admired you,
Doctor. I wish… just once…
we’d been on the same side”. Cenas como ele abrindo os olhos reais e
pedindo par aver o Doctor uma última vez, pedindo para ver o sol uma última
vez, rindo lindamente com o Doctor… foi tudo muito forte. E quando o Doctor
decide dar um pouco de energia de regeneração a ele, para ele ver o sol, e é
“enganado”. EU GRITEI, EU CHOREI. Nunca senti tanta raiva, nunca fiquei tão
revoltado, e preocupado… eu estava me perguntando o quanto de energia de
regeneração ele estava passando, o quanto isso interferiria no número de
regenerações que o Doctor ainda pode fazer. Fiquei desesperado. Fiquei
completamente desesperado. Sem ar. Louco.
E ainda que fosse um plano… O QUANTO DE ENERGIA
ELE PERDEU?
Me assusta pensar nessa raça híbrida de Daleks com
Time Lords. Sério.
No final, parece que foi um episódio bem longo de
emoções muito fortes, e de acabar com qualquer um. De verdade. Pelo menos Missy
teve ótimas participações, pediu para ser chamada de Time Lady e chamou isso de
upgrade – sério, eu não tiro da
cabeça que Moffat ainda quer colocar uma Doctor feminina –, Clara deve ter se
redimido com as pessoas que não gostam dela – porque fala sério ELA ESTAVA
BRILHANTE. Mas o que eu sei, eu SEMPRE adorei a Clara! O Doctor voltou à cena
final do episódio passado, voltou ao Campo de Batalha no qual Davros pedia por
sua ajuda e salvou aquele menininho – os dois andaram de mãos dadas, o Doctor
tendo salvo não o Davros, mas a sua amiga da
única maneira que sabia: implantando nem que fosse um pouquinho do conceito
de compaixão no futuro DNA dos
Daleks. E Davros ficou com a chave de fenda sônica. Por enquanto, parece que o
Doctor vai ficar apenas com os óculos. Não vai ser a primeira temporada sem
chave de fenda sônica, mas eu vou sentir saudade…
Que venha mais emoções. Disco de confissão.
Híbrido. #medo
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