The Scorch Trials – Prova de Fogo (2015)
Com um quê de “Apocalipse Zumbi”, Prova de Fogo pode funcionar melhor que Maze Runner!
Não por
causa do tal do apocalipse zumbi propriamente dito, mas porque o filme
realmente ficou muito bem feito! Eu gosto muito de The Maze Runner, mas eu acho que esse segundo filme conseguiu criar
um clima de suspense e apreensão constante, nos deixando presos ao filme, com
um ritmo incansável que é mantido com eficácia – o fôlego do filme é admirável,
e consequentemente ele se torna mais cativante que o primeiro. Claro que nós
não podemos ficar analisando muito o filme em relação ao livro, porque então
nós nos perdemos totalmente na crítica. Ainda só li os dois primeiros livros na
série de James Dashner, então sinto que o filme me deu spoilers gigantescos a respeito da trama do terceiro livro em
alguns pontos, mas eu não sei em que parte eles estavam pegando informações de A Cura Mortal, e em que partes eles
estavam simplesmente inventando como muita coisa…
Bem, mas analisaremos o filme como obra
cinematográfica, com ocasionais comentários a respeito do livro. O fato é:
cinematograficamente falando, o filme está ÓTIMO. Com belas interpretações dos
atores, o filme tem um bom roteiro que se desenrola com fluidez; tem uma
constância de cenas de ação que realmente nos deixam apreensivos, mordendo os
lábios e roendo as unhas; e tem visuais realmente belíssimos. Tudo bem, eu
senti falta de um pouquinho mais do deserto, mas as locações estavam
fantásticas! As cenas que tivemos no deserto, por exemplo, estavam ótimas. Aos
olhos, o filme é uma produção e tanto. E a história bem amarrada, com um cliffhanger forte e uma sequência de
mistérios a serem desvendados, acredito que o filme seja muito bem-sucedido em
prender a atenção da audiência para que retornem para a próxima parte da
história do Thomas e dos demais garotos que deixaram o labirinto…
Eu, sabendo que o primeiro filme adaptou BASTANTE
o livro, fui ao cinema dessa vez com outra expectativa – e eu me dei conta de
que estava apaixonado pelo filme já na primeira sequência! Afinal tivemos a mãe
de Thomas o deixando com a CRUEL, e então Thomas acordando desesperado na caixa
que o levou à Clareira, batendo nas paredes e gritando em meio a um pesadelo
até acordar mais ou menos onde o primeiro filme nos deixou… bem, dali em diante
tivemos uma ótima sequência de cenas no primeiro ato do filme. As instalações
misteriosas, os jogos da CRUEL com os garotos, as demais crianças que saíram de
outros labirintos, e Aris, que também não ganhou conversas telepáticas com
Thomas, afinal o conceito de telepatia não foi incluído no universo
cinematográfico de Maze Runner. [Obrigado, produção, pela cena de Dylan O’Brien
tomando banho, muito obrigado!] E então, de maneira muito eletrizante e levando
consigo Teresa, os meninos “escapam” da CRUEL e fogem para o deserto…
Cenas EXCELENTES daquela fuga. Toda a sequência! E
o Thomas correndo pra passar na porta?
Ufa!
Depois, tivemos o que ainda deve ser a minha
sequência favorita no filme! Depois de Aris ser introduzido, e ele e Thomas
verem coisas como aqueles corpos nem “mortos” nem “vivos” pendurados, tivemos
algumas adaptações. Já no deserto, eles encontram ruínas que os levam ao
primeiro ataque de Cranks. O primeiro momento foi de susto. Depois foi de
pânico geral. As cenas me deixaram super apreensivo! Foi uma ótima sequência de
ação que mostrou o primeiro contato direto dos garotos com os Cranks, e foi
basicamente desesperador, culminando em um ferimento grave de Winston. Quando o
garoto ferido foi carregado pelo deserto, até aquele emotivo momento no qual
ele prefere morrer, eu me dei conta de que tudo foi uma boa adaptação do que
deveríamos ver: o primeiro contato com os Cranks, que não foi mais nas janelas
do dormitório, e o fato de que eles perderiam membros da equipe no meio do
trajeto – o ataque Crank substituiu as bizarras bolas de metal que simplesmente
engoliam as cabeças dos garotos.
Infelizmente, e aqui eu tenho que falar do livro
em detrimento do filme, a cena da tempestade de raios não foi tudo aquilo que eu
esperava… enquanto eles dormiam e as nuvens se aproximavam, eu me retesei todo
na poltrona do cinema, apreensivo e ansioso. E embora tenha ficado visivelmente
belíssimo (o quanto uma catástrofe daquelas pode ser), com aquelas nuvens
baixas e escuras, os raios caindo por toda parte, foi uma sequência muito
rápida e que não apresentou nenhum risco de
verdade a Minho. Pelo menos ela conduziu a uma boa sequência na Cidade dos
Cranks, apresentando Brenda (cadê o cabelo dela?) e Jorge (sério que ele era
velho assim?), e uma divertidíssima cena na qual todos os Clareanos ficam
presos de ponta cabeça, conseguindo, por fim, se liberarem sozinhos em um
momento muito inteligente e bacana! Explosões, ataques da CRUEL, uma música que
termina explodindo tudo…
Brenda e Thomas ficam sozinhos, finalmente. E acho
que todo esse momento funcionou BEM melhor no filme do que no livro. Em algum
momento naquele trecho todo eu fiquei entediado no livro, mas o filme estava
num pique desenfreado de ação que deixou tudo perfeito! O ataque dos Cranks
enquanto os dois estavam sozinhos foi ÓTIMO, e desesperador, claro. Porque
naquele momento do rato, eu estava todo tenso, fechando os olhos e tudo… até
aqueles Cranks HORRÍVEIS saírem do meio daquilo tudo! A maneira ágil como eles
escalavam, ou a aparência nojenta e deteriorada que eles tinham… ficou muito,
muito bem feita, levando a um momento angustiante de Brenda caindo sobre uma
plataforma de vidro se rachando, e sendo salva por Thomas: e ali eu sabia que o
fim do filme seria bem diferente, porque eu senti que aquela ali era uma
adaptação de quando Thomas ajudou Brenda a entrar mesmo que a CRUEL não a
quisesse levar com eles!
Festa e as drogas? Curti.
Teresa? Sério, ALGUÉM GOSTA DAQUELE MENINA? Bem,
isso aqui é bem pessoal mesmo, mas é que eu não consigo gostar da Teresa, e
nunca gostei. Desde que li o primeiro livro, onde supostamente Teresa era uma
boa pessoa, eu simplesmente não consegui me simpatizar com a personagem. O
segundo livro não me fez gostar mais dela, e ouvi dizer que o terceiro também
não o fará. De todo modo, ela foi bem traíra no filme, independentemente de ter
as memórias de volta (as quais Thomas está tendo flashes, como aquele momento
em que se despede de Teresa para ir para o labirinto!), e eu gostei que, embora
a tenham mantido durante toda a história, o final conseguiu nos fazer
questionar sua conduta. Falando no final do filme, depois que eles encontraram
as meninas do Labirinto B eu me perdi. Foram cenas EXCELENTES, mas com tanta
informação e tanta coisa que eu acho que pelo menos alguma parte daquilo deve
estar no terceiro livro…
Não pode ter sido tudo criado apenas para o filme.
De todo modo, que salvem o Minho agora, afinal ele
merece! \o/
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