Doctor Who 9x06 – The Woman Who Lived
“How many have you lost? How many Claras?” NÃO ESTOU PREPARADO!
Sinceramente, eu não acho que esse episódio entra
para os melhores da temporada, não foi um Arco realmente de tirar o fôlego, mas
acho que em termos de história ele foi bem significativo. Mas também não me
venham com essa história de Ashildr zanzando por aí para ser o “santo
padroeiro” dos restos deixados pelo Doctor, em primeiro lugar porque a Clara
não é um “resto” e em segundo lugar porque não acredito que alguém vai ter
tanta significância e presença na vida do Doctor quanto a Clara, depois dos
acontecimentos dos últimos episódios do Matt Smith, que colocaram a Clara
espalhada em todas as encarnações do Doctor, sempre presente para salvá-lo. A garota impossível. Gente, eu estou
tendo uma dificuldade gigantesca para agüentar esse tom de despedida à Clara que
está se formando. Está me destruindo completamente. Eu amo a Clara DEMAIS para
conseguir dizer adeus a ela. Eu simplesmente não posso!
No começo do episódio, o Doctor aparece na
Inglaterra em 1651, interrompendo um assalto de um cara chamado Pesadelo – que
acaba sendo ninguém menos do que a própria Ashildr do episódio passado. Não sei
como essa história funcionou como Arco, acho que os dois episódios foram
razoavelmente independentes, e talvez tivesse sido mais interessante voltar a
encontrá-la mais tarde na temporada. De todo modo, lá estava ela,
esperançosamente aguardando o Doctor. “Yes, it’s me. What took you so long
old man?” E
Ashildr não parece exatamente aquela garota que o Doctor deixou para trás na
Aldeia no episódio passado, aquela garota a quem ele concedeu imortalidade
porque ele não queria deixá-la morrer. Acontece que os 800 anos de vida da
garota a transformaram significativamente, e nós meio que podemos compreender
esse tipo de transformação. “Who is Ashildr?” “That’s not my
name. I don’t even remember that name. […] Me. I call myself Me”
A vida dela não foi nem de perto uma vida
admirável – viver como um imortal não é. Porque ela não tem com quem
compartilhar suas experiências, ela teve que ver as pessoas que amava partirem,
teve que ver seus filhos morrerem, e ninguém deveria passar por tanto tipo de
sofrimento. Isso a tornou uma pessoa amargurada, cruel, loucamente buscando por
um sentido maior em sua vida. Ela lutou em Guerras, foi Rainha Medieval,
escreveu diários porque a maioria das coisas simplesmente não se retém mais à
sua memória… e todo o sofrimento a fez se juntar à Fera (da Bela e a Fera,
sabe?), mas numa versão que cospe fogo. Os dois com o amuleto que o Doctor
também buscava, o Olho de Hades, abriram um Portal para uma “nova vida”. O
Doctor se recusou até o fim a levar Ashildr com ele em suas viagens, por isso
ela foi até o fim… mas o propósito do mundo não era iniciar uma nova invasão,
por isso as coisas terminaram logo com um novo amuleto de imortalidade. Não, o
propósito do episódio era trabalhar a imortalidade.
O quão culpado era o Doctor por tudo o que Ashildr
passou e no que se transformou?
“You didn’t save my life, Doctor.
You trapped me inside it”
Mas pelo menos, antes do fim do episódio, podemos
dizer que tivemos diálogos muito bem estruturados sendo construídos, tivemos
menção a Capitão Jack Harkness, à necessidade de eles andarem com pessoas
“passageiras”, porque elas valorizam a vida e lhes fazem lembrar de coisas que
podem esquecer. E Ashildr, Me, ganhou um novo propósito na vida, que era o de
proteger o mundo das cicatrizes deixadas pelo Doctor: como mostra aquela foto
da Clara Oswald. Assustadora. Não quero dizer adeus à Clara, não estou
preparado para isso, acho que nunca estarei, e prevejo MUITAS lágrimas e sofrimento.
Luto. “I’ve missed you Clara Oswald”.
O amor entre o Twelfth e a Clara é muito evidente, é muito forte. A maneira
carinhosa como ela o abraça, a maneira dolorosa como ele olha para ela,
devastado, quando ela diz que “I’m not
going anywhere”. Não, eu não quero chegar ao fim da temporada. Eu não quero
me desfazer de Clara. EU AMO A CLARA.
Alguém me abraça enquanto eu assisto os episódios
finais da temporada! Vou precisar.
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