Next Saturday night, we’re sending you “Back to the Future”!
“Tell me, doctor, where are we going this time?”
Assistir a De
Volta Para o Futuro, pela milionésima vez, só faz o meu encanto por esse
filme maravilhoso aumentar… e eu tive recordações que eu nunca tive antes:
enquanto assistia, lembrei-me de quando meu pai, muitos e muitos anos atrás,
comprou o DVD de presente para mim, e eu era apenas uma criança ainda! Ele
tinha viajado para Curitiba, viu o DVD à venda, e achou que eu devia ter… mas
como uma criança, eu ainda nem tinha uma coleção de filmes nem nada assim. Será
que posso dizer que meu pai foi o incentivador disso tudo? Bem, um dos grandes com certeza ele foi! Ele
me presenteou com De Volta Para o Futuro,
e desde então eu pude ver e rever o filme quantas vezes eu quisesse, quando eu
quisesse…
Para Outubro de 2015 (oh, data importante!), eu
sentei e vi novamente.
Os créditos iniciais de De Volta Para o Futuro são apresentados enquanto uma infinidade de
relógios – uma coleção pessoal de Doc Emmett Brown, todos atrasados em
exatamente 25 minutos – são mostrados pela câmera. Temos uma miniatura do
próprio Doc pendurado em um relógio, temos a matéria no jornal sobre o roubo de
plutônio – com o skate de Marty McFly encontrando tal caixa escondida na casa
do Doc –, a comida do cachorro, o amplificador sendo ligado, e todo um mistério
para mostrar o rosto de Michael J. Fox pela primeira vez. E toda vez que ele
aparece, naqueles óculos a la Marty,
é uma emoção incrível, um gostinho de nostalgia inigualável.
The Power of Love is a curious thing…
Back to the
Future conta a história de como um adolescente conseguiu voltar no tempo e
conhecer seus pais bem na época em que eles se conheceriam e se apaixonariam.
Mesmo que o diretor da escola o chame de relaxado, e afirme que nenhum McFly
nunca fez nada de importante na história de Hill Valley, Marty sabe exatamente
o que dizer: “Yeah, well, history is gonna
change”. BTTF nos mostra, com incrível bom humor, que as pessoas nem sempre
são o que dizem – que nossos pais não foram, necessariamente, os modelos que
eles dizem ter sido, para que nós sejamos “como eles” –, e que nós podemos ser
incrivelmente parecidos com os nossos pais, mesmo quando queremos, a todo
custo, negar isso. Mas também podemos mudar
a história.
Você já percebeu como, no primeiro filme, a viagem no tempo é mera coadjuvante?
Quando Marty McFly chega no passado – em uma das
melhores sequências do filme, porque eu me arrepio inteiro e sinto uma onda de
felicidade ao escutar “Mr. Sandman”
enquanto Marty conhece a Hill Valley de 1955 –, ele acidentalmente interfere no
primeiro encontro de Lorraine Baines e George McFly, seus pais. “If grandpa hadn’t hit him, none of you would have been born”. Quando Marty percebe que o
pai está prestes a ser atropelado, ele instintivamente o empurra para fora da
rua, salvando-a, mas sem se dar conta de que aquele “acidente” é que faria sua
mãe se apaixonar por George… e agora, sua mãe está apaixonada por ninguém menos
do que ele mesmo! Desse modo, na semana que Marty McFly tem no passado até o
raio que o mandará de volta para 1985, ele precisa fazer com que Lorraine e
George se apaixonem.
Simples assim.
Nesse ínterim, temos uma grande sequência de cenas
memoráveis e maravilhosas… eu sou particularmente apaixonado pelo momento da
lanchonete, quando Marty McFly reproduz os exatos mesmos trejeitos de George –
e vemos que não apenas a maneira de falar dos dois está próxima, “Jesus, I’m starting to sound like my old
man” – e a chegada de um Biff jovem o faz se dar conta de que o cara ali é
seu pai. “Hey, dad! George! Hey, you in
the bike!”. Também adoro, acho que como todo fã de De Volta Para o Futuro, a “Mom,
is that you?” clássica, em 1955, com Marty McFly de cueca roxa sendo
insistentemente chamado de Calvin Klein por uma Lorraine apaixonada e atirada,
completamente diferente daquilo que ela pregava de volta em 1985.
Temos
o Doc Brown apresentando o DeLorean, com “If
my calculations are correct, when this baby hits 88m/h, you’re gonna see some
serius shit”, temos a primeira viagem no tempo com o Einstein, com “The appropriate question is when the
hell are they?” e o entendimento de Marty com "Wait, Doc… are you telling me you built a time machine… out of a
DeLorean?” A saída de Marty do Two
Pines Mall e chegada na fazenda do Velho Peabody, que cultivava
pinheiros e achou que ele era um extra-terrestre… o atropelamento do pinheiro
que mudará o nome do shopping para Lone
Pine Mall. As piadas constantes com “This
is heavy”, uma vez que Doc não consegue entender por que as coisas são tão pesadas no futuro. Temos o aparelho de
televisão, novidade em 1955: “Oh, honey,
he’s teasing, no one has two television sets”. Tio Joey e as barras.
O
“See you all later. Much later”
“1,21
JIGAWATTS?”
Eu juro que eu tentei fazer uma postagem mais
curta dessa vez, até porque eu já escrevi tanto e tanto e tanto sobre De Volta Para o Futuro no blog, mas
nunca parece demais. Eu sempre tenho o que dizer! Como aquela clássica
sequência do skate, na qual Marty é perseguido pelas ruas de Hill Valley e se
torna o responsável pela criação do skate – como mais tarde se tornará o
responsável pela criação do rock’n’roll, com “Johnny B. Goode”, já que Chuck Berry recebeu um telefonema! A
carta emotiva que Marty McFly deixa para o Doc Brown, e a sua expressão
impagável quando sua mãe o beija no carro… o melhor soco de todos os tempos,
que é quando George assume o controle da própria vida! O pedido para pegarem
leve quando o filho deles colocar fogo no tapete, aos 8 anos de idade… a
sequência final do retorno… o relógio, o carro, a cabeçada no volante, o raio,
os 10 minutos, a não-morte do Doc…
Emoção define, emoção define. Já falei o quanto eu
AMO esse
filme?
Para finalizar, era apenas uma piada, mas eles
deixam o caminho preparado para uma sequência, em uma das mais divertidas cenas
do filme: “Roads? Where we’re going we
don’t need roads!”
<3
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