On Broadway – Aladdin – After a million miles or so, we might find out we're home
Becoming someone
new / We'll be a million miles away.
Você se lembra da história
de Aladdin de quando você era criança, não se lembra? Daquele menino pobre que
vivia em Agrabah, uma cidadezinha fictícia que meio que lembra a Índia? Eu
lembro que eu cresci com o desenho, e sempre gostei demais de toda essa
história – não só porque tínhamos um rapaz jovem como protagonista, em quem
gostávamos de nos ver, ou porque tínhamos uma linda princesa que nós sempre
adoramos, e nem sabemos o porquê. Provavelmente sempre foi o Gênio. Acho que o
que sempre chamou a atenção de crianças no mundo todo para a história de
Aladdin foi a Lâmpada Mágica, que o rapaz encontra, esfrega, e conhece o Gênio:
que lhe concederá três quaisquer pedidos, desde que eles não violem as regras
básicas. Afinal, “With the lamp comes great responsability”. E ele usa
esses pedidos para tentar conquistar Jasmine, sem saber que ela já está, de
qualquer maneira, apaixonada por ele.
E Jafar é um vilão notável!
Acho que uma das coisas que
mais nos chamam a atenção no personagem de Aladdin é a sua pureza – ele pode
ser um ladrão, mas ele rouba para comer! E nós sempre adoramos sua honestidade,
mesmo que ele minta para Jasmine que é o Príncipe Ali. Por mais confuso que
isso possa parecer, o coração de Aladdin sempre esteve no lugar certo, e eu
gosto de como ele é um protagonista oficialmente para o público infantil que
não é perfeito. Não é exatamente um modelo a ser seguido. Embora ele tenha toda
essa bondade indiscutível dentro dele, e pense muito nos outros. Como a prova
disso tudo ao libertar o Gênio ao invés de usar o seu terceiro pedido para ele
mesmo. Afinal, ele não queria e não precisava de mais nada depois de tudo
aquilo – e ele tinha prometido ao Gênio, como um amigo, que usaria o seu
terceiro pedido para libertá-lo. Lindo, absolutamente lindo.
No teatro, Adam Jacobs é um perfeito
Aladdin. Eu realmente adoro a sua voz, e as notas que ele pode alcançar!
Perfeitamente carismático, ele é um Aladdin super fofo que nos é apresentado
com One Jump Ahead, fugindo das autoridades por ter roubado um pão! Seus
amigos também são perfeitamente engraçados, e eu adoro a cena de Babkak,
Omar, Aladdin, Kassim, que é a cena dos quatro cantando e dançando no
mercado, para não precisarem roubar mais. Incrível coreografia, tudo muito
festivo, colorido e feliz – e os olhares com Jasmine. “Pagar para ver outras
pessoas cantando e dançando? Quem faz isso?” Mas eu realmente adoro a
maneira como ele canta Proud of Your Boy, e como essa é toda a motivação
para ele ser uma pessoa boa: deixar sua mãe orgulhosa dele, para honrá-la! E
isso é tão natural, tão verdadeiro... e tão bonito! Então aquele solo realmente
me comove, me arrepia, e eu adoro cada vez que ele é repetido! Simplesmente
lindo e adorável.
Vale lembrar que ele enganou
o Gênio no “primeiro pedido”. E aquilo foi genial!
E quando ele aparece como
príncipe, no fim do primeiro ato? Lindo!
Jasmine é uma princesa que
se recusa a se casar sem amor, só porque o seu pai assim decidiu. Interpretada
por Courtney Reed, ela tem cenas sozinhas como These Palace Walls, mas
seus maiores destaques estão nas cenas com Aladdin. Courtney e Adam
simplesmente têm uma química tão incrível! Então é lindo vê-los juntos no
palco, seja fugindo, seja se escondendo naquele telhado... como é bonito
ouvi-los cantar A Million Miles Away enquanto sonham com um mundo
melhor, um lugar diferente na qual eles possam ser livres. Um belo dueto em uma
cena razoavelmente simples, mas que certamente nos emociona! Depois temos A
Whole New World, cuja letra não consegue ser tão forte e impactante quanto A
Million Miles Away, mas a cena em si ganha por aquele lindo efeito do
tapete voador. O palco todo fica tão lindo, aquela lua, aquelas estrelas, e o
tapete que nunca pára, de um lado para o outro, para cima e para baixo,
enquanto eles cantam emocionadamente... é tão lindo!
Por fim, James Monroe
Iglehart é a encarnação perfeita do Gênio. Seu Genie é simplesmente genialmente
engraçado, carismático e perfeito. Não tem como não adorá-lo! Adoramos a
intensidade de todas suas cenas, como as piadas parecem fluir com tanta
naturalidade, e todas elas te fazem rir – amo as coreografias, amo as grandes
produções que são suas cenas. Como Arabian Nights, que inicia o musical;
Friend Like Me que é sua apresentação oficial no musical, e é realmente
longa e grandiosa, e você não quer que acabe, de maneira nenhuma. Com certeza a
cena mais aplaudida de todo o espetáculo. Só páreo para o tapete voador. Também
é ele quem conduz grande parte de Prince Ali, e eu amo aquela cena na
íntegra, por tudo o que ela representa, por todas as coreografias. Por tudo.
Também gosto muito de Somebody's
Got Your Back.
Mas no geral, Aladdin
é uma produção impecável. Esse é o resumo. Se você estiver em dúvida que
musical assistir na Broadway, Aladdin é uma escolha certa. Não tem como
não se divertir, como não se emocionar, como não aplaudir, e como não deixar o
teatro absolutamente contente. Adoro as cores, a vibração, a intensidade do
elenco em coreografias tão enérgicas e tão bem conduzidas. Adoro os efeitos
especiais, adoro a história, e principalmente: adoro o carisma dos atores e dos
personagens. Você sai realmente encantado por cada um deles. E as vozes? Adorei
a voz de Adam Jacobs, de James Monroe e de cada um deles... o alcance! Ao
contrário do que as pessoas podem pensar, estar na Broadway não significa que alguém
é realmente bom. Ouvi vozes baixíssimas e dificílimas de escutar em outros
musicais (como Wicked) sobre os quais resolvi nem citar elenco (e olha
que Aladdin foi um dos musicais nos quais eu sentei mais longe!), mas
essa galera... elenco de Aladdin de parabéns, fizeram de cada música uma
perfeição! Você sai sem querer realmente sair. Um máximo!
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