Doctor Who 9x08 – The Zygon Inversion


“The mind of Clara Oswald. She may never find her way out”
Que episódio de tirar o fôlego! Bem, depois de uma primeira parte tão boa como nos foi apresentada na semana passada, nós estávamos perfeitamente ansiosos e curiosos para saber como eles finalizariam essa história, e foi simplesmente fantástico. Quando eu falava que aceitava Osgood como companion, eu não sabia que no fim isso não funcionaria – quer dizer, eu continuo adorando a personagem, mas eu não consigo imaginá-la entrando na TARDIS mais, e isso ficou bem claro no final desse episódio. E, por falar nisso, o final desse episódio foi mais uma daquelas provas da Regra Número Um: o Moffat mente. E isso me deixa profundamente feliz, porque eu não consigo acreditar naquela coisa dele de “Clara nunca mais vai voltar”. Quer dizer, a Clara precisa estar de volta para participações especiais, e acho que os acontecimentos de The Name of the Doctor meio que garantem que ela tem passe livre a retornar quando quiser…
Assim espero!
Nós amamos a Clara Oswald, e eu gosto de ver como o Doctor de Peter Capaldi AMA a Clara Oswald. Afinal de contas, nós tínhamos uma boa relação entre Clara e o Eleventh de Matt Smith, mas ao mesmo tempo muitas pessoas sempre disseram que ele nunca deu a ela o valor que dava a Amy. Já com o Twelfth foi completamente diferente – foi uma construção de uma relação inigualável porque o crescimento foi conjunto e foi belíssimo. Sobre isso, e tudo bem que o motivo é basicamente que a Clara vai morrer no fim da temporada (antes disso) e será chocante e deprimente, tivemos mais algumas declarações de amor do TwelfthDoctor para a Clara. E cada vez que ele fala dela nosso coração basicamente derrete. Porque ele imprime tanto sentimento em suas palavras, nos seus olhos, e dá para sentir o quanto o que ele diz é verdadeiro. O quanto, como nós, ele está tentando se preparar para a partida de Clara…
…mas não consegue.
Inicialmente nós tivemos uma revelação bem interessante: que a verdadeira Clara Oswald, presa dentro daquele casulo de Zygon, estava razoavelmente consciente – e dessa maneira, ela conseguia ter algum tipo de controle sobre Bonnie, que usava uma réplica de seu corpo. Foi muito bom acompanhá-la dando tempo suficiente a Osgood e o Doctor para que escapassem da bazuca, ou mandando aquela mensagem para o Doctor informando-lhe que ela estava desperta. E a interação de Clara Oswald com Bonnie foi FANTÁSTICA e eletrizante. “This thing works two ways, you know” foi uma maneira astuta de mostrar que Clara não precisa ser Zygon para ser badass. Toda aquela trama de uma não poder mentir para a outra, aquela quase conexão entre elas, me fez perceber o quanto Osgood estava certa em relação a ela e sua “irmã”. “You answer me. Truth or Consequences. Lie and you die”. Eu quase achei que terminaríamos o episódio tendo Jenna Coleman com dois papéis, para que sua réplica-Zygon sobrevivesse após a morte de Clara.
Não, não foi bem isso.
Falando sobre isso, eu continuo gostando muito de toda a participação de Osgood na série, e da maneira como ela pode nos representar – mas ela parece muito mais grande e poderosa atualmente. Não uma simples fã do Doctor, mas algo muito mais que isso. Mantendo os diálogos fantásticos entre Osgood e o Doctor, que são completamente diferentes dos que ele tem com Clara, e nos mostravam como seria uma interação entre eles caso ela fosse sua companion, nós tivemos alguns momentos hilários, como “Don’t look atmy browser history” “Wow” “I said don’t”. Isso depois daquela história toda de qual é a pergunta no ponto de interrogação da cueca? O Doctor estava bem engraçadinho nesse episódio, com Zygella ou a explicação de porque se chama “planet”: para você lembrar de “plan it”. Enfim. Persiste a dúvida: quem é Osgood? Humana ou Zygon? Mas como ela insiste: isso não importa, e ela só vai responder quando não importar.
E claro, como Moffat mente: as duas Osgoods sobreviveram. Humana e Zygon.
The Zygon Inversion apresentou uma das interpretações mais marcantes de Peter Capaldi até o momento – ele é um Doctor fenomenal, mas a quantidade de inspiração que ele teve durante o seu discurso em frente às duas Caixas de Osgood, com Kate e Bonnie foi impressionante! A maneira como Peter Capaldi se descontrolou, gritou e falou com toda a emoção possível, nós sentimos a dor e a veracidade do Doctor, e aquilo foi incrivelmente difícil e bonito de se assistir. Nós estávamos mais ou menos como Clara, observando tudo lá do fundo. “The only way one can live in Peace is being prepared to forgive”. Foi um desabafo fortíssimo, uma maneira perfeita de convencer as pessoas a evitarem a guerra, por causa de tudo o que ele viu, fez, sentiu… ele ainda teve uma conversa emocionante com Zygella que me arrepiou inteiramente. O Twelfth não é exatamente o Doctor marcado por seus discursos, mas Peter Capaldi deve ter superado muitos nessa cena!
“And then Clara Oswlad got inside my head. Trust me: she doesn’t leave”.
E porfim: “Longest month of my life. […] Let me be the judge of time”
O QUE ELE QUIS DIZER COM ISSO? Não estou preparado para a morte de Clara!

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