Minority Report 1x06 – Fiddler’s Neck


“Do you know what I love about this place?”
Após muito tempo (aproximadamente uma década) na ilha de Fiddler’s Neck sem ter qualquer tipo de visão, as coisas mudaram um pouco para Agatha porque as coisas não estão mais tão tranqüilas naquele lugar quanto costumavam ser – na verdade, a Ilha não é assim tão isolada quanto eu acreditava, o que até faz sentido! Mas como o alcance dos poderes de Agatha, Arthur e Dash é limitado geograficamente, ela tem vivido anos extremamente tranqüilos, até que a morte de uma garota, filha de Brian (com quem ela teve um envolvimento no passado), a alerta. E Agatha tem a pior parte dos poderes dos três Pre-Cogs. Porque ao mesmo tempo em que Dash vê alguns flashes e entende algumas informações importantes do que vai acontecer, e Arthur consegue os nomes que direcionam as buscas ou qualquer coisa assim, Agatha realmente vive a experiência, se tornando a vítima no momento da morte, sentindo exatamente o que ela sente. A dor, a morte.
“I feel what the victim feels”
E quando ela finalmente sente alguma coisa de novo, que é a morte da garotinha, Agatha só consegue pensar em pedir a ajuda de seus irmãos – desse modo, tivemos um episódio bem diferente de todos os episódios apresentados na série até então, e eu gostei bastante do estilo. Tivemos um episódio à parte, que colocou os personagens todos na Ilha de Fiddler’s Neck, e meio que deram uma folga para Dash e suas visões. Também foi um episódio importantíssimo porque Agatha nunca conseguiu acreditar em Vega, sabendo que ela é uma das responsáveis por eles estarem presos novamente no futuro (e eu acredito que, mesmo que ela não queira, ela vai ser sim!), mas esse episódio pôde aproximar as duas. Afinal, Dash e Arthur foram para a Ilha (e a chegada foi simplesmente sensacional!), mas eles levaram consigo Vega, afinal os seus conhecimentos e habilidades policiais podem ser importantes em uma situação como essa.
Vega e Agatha quase ficam bem próximas.
Claro que nós tivemos algumas situações inusitadas, e eu gostei de como as duas já agiram desde o começo, quando Arthur vai tentar abrir a porta mas Agatha a abre antes – “Guess that’s gonna happen a lot this weekend” “I saw you through the window”. Eu ri. E, pela primeira vez desde a estréia de Minority Report, eu não tive raiva de Agatha nem nada assim. Eu consegui compreendê-la, e eu consegui vê-la como uma humana normal, que tem seus medos e suas vulnerabilidades, mas que pode ser uma boa pessoa. Também foi interessante ver a maneira como a relação dela se dá com os irmãos, ou ainda essa união cada vez mais evidente entre Arthur e Dash, mesmo que eles sejam completamente diferentes entre si. Mas a maneira como todos eles conseguem trabalhar em equipe para ajudar uma pessoa que está enfrentando a possibilidade de morrer é muito boa! Acho que os quatro têm uma dinâmica e tanto, e eu provavelmente gostaria de assistir mais episódios que trouxessem tal proposta… pode acontecer nos quatro restantes.
Só mais quatro episódios!
O que estava para acontecer na Ilha era que uma garota ia morrer, filha de Brian, com quem Agatha teve um relacionamento, mas desistiu porque o viu com a outra família no futuro e soube que com eles ele poderia ser feliz pelo resto da vida – mas o problema é que ao sentir a morte, Agatha sabe que a garota está doente. O episódio é bem interessante ao explorar as possibilidades, ao questionar o quanto aquilo seria um assassinato, afinal precisava ser um para que Agatha tivesse sido capaz de senti-lo. O lugar mais natural (cujos milhos são “pequenos demais”) não aceita remédios da cidade, e isso poderia ser considerado uma forma de assassinato. “Because I know Brian, and he would never do that”. Como Brian está, sim, medicando a filha sem o consentimento da esposa, só podia ser outra coisa… foi, por fim, uma finalização rápida e simples, mas no geral o episódio foi EXCELENTE, por causa de todo o desenvolvimento, de trama e personagens, a ambientação, e a dinâmica entre eles que valeu super a pena.
Vai ser cancelada, mas eu vou sentir falta de Minority Report.

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