The Leftovers 2x07 – A Most Powerful Adversary
Where is my
mind? – QUE EPISÓDIO FOI ESSE?!
Certamente que The
Leftovers vem continuamente nos surpreendendo a cada semana – desde o
início da segunda temporada, a série verdadeiramente evolui de maneira
impressionante, com um episódio melhor do que o seu antecessor. Nesse episódio,
mais um repleto de uma carga emocional pesadíssima, nós acompanhamos Kevin
Garvey enquanto tentava lidar com os seus problemas psicológicos (surto
psicótico?) e se levar de Patti de uma vez por todas. Mas a maneira como a
série constrói essa narrativa de um jeito chocante realmente nos estarrece – com
uma trilha sonora perfeitamente cabível e uma emoção latente e assustadora, a
série novamente nos entrega um episódio forte e repleto de informações, no qual
mais algumas coisas foram explicadas e passaram a fazer sentido, bem como nos
aventuramos em um final desesperador e instigante que nos deixa perguntando-nos
para onde é que estamos indo. Quer dizer, não é possível que aquele final tenha
sido daquele jeito e a história vai ficar assim!
Ou
é?
A Most
Powerful Adversary começa nos fazendo encarar a realidade de que Nora Durst
não pôde ficar – ela realmente abandonou o Kevin depois que ele lhe contou a
verdade sobre estar vendo o fantasma de Patti e ela ainda recebeu uma ligação
de Laurie que estava loucamente em busca de Tommy. Para lidar com a partida de
Nora, enquanto insistentemente a liga e pede que ela diga onde está e que volte
para casa, Kevin Garvey sai pela cidade em busca de Nora e em busca de
respostas, igualmente, enquanto Patti simplesmente não consegue deixar de
falar, como se para compensar todas as cenas em silêncio que ela protagonizou
ao longo da primeira temporada. E ganhamos explicações plausíveis, como o que
aconteceu na primeira noite de Kevin em Miracle, quando ele teve um ataque de
sonambulismo e acordou no rio seco onde as meninas desapareceram: depois de
visitar o avô de Michael e descobrir que precisava morrer para se livrar de
Patti, ele se jogou no rio, para se matar…
Mas o terremoto daquela noite abriu um buraco que
escoou a água e salvou sua vida!
Exatamente o que eu tinha dito: uma força maior
não quer que ele morra.
Também vimos o retorno de Laurie, que agora está
dentro de Miracle. “Are you Nora? […]
Says her name is Laurie”. Laurie está desesparada atrás de Tommy, que
desapareceu depois de eles terem tido uma briga séria porque ele não gostava de
estar mentindo para as pessoas com toda aquela história do abraço – o que eu
acho estranho, uma vez que ele embarcou naturalmente no plano naquele episódio!
E as pessoas precisam acreditar em algo, estão suscetíveis a isso, acho que
eles nem podem ser condenados. Mas as melhores cenas entre Kevin e Laurie ficam
para quando ela consegue soar perfeitamente convincente em relação a Patti,
“provando” que ela não existe, e que é apenas uma característica de um surto
psicótico que Kevin está vivendo… e o próprio fato de Patti não aparecer quando
ele está perto de Laurie, porque ela poderia facilmente provar que ela não
existe, foi uma jogada extremamente inteligente do roteiro.
E pertinente.
Só não sei como é que as coisas podem se organizar
dali para frente… primeiramente que aquele telefonema de Nora para Kevin
realmente me partiu o coração, porque tudo o que eu mais queria era vê-los
felizes e tranqüilos, coisa que não vai acontecer de maneira nenhuma quando ela
souber que ele colocou a Laurie para dentro da cidade. Mas também não acredito
que essa seja realmente uma das preocupações mais vitais nesse momento, porque
várias outras coisas ainda estão em jogo. Como o fato de Kevin ter estado com
John e ter tido suas digitais recolhidas para serem comparadas às encontrados
no carro na noite do desaparecimento. Que agonia ver aquela cena! Fora todo o
plano de “matar” Kevin para que ele enfrentasse Patti e pudesse retornar, livre
dela… “Let me free you” By killing me?” “Temporarily”. Agonia tremenda da injeção
de adrenalina sendo jogada fora, do avô se matando, de Michael retirando o
corpo…
Quer dizer, ACABOU ASSIM MESMO? Próximo!
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