A Quinta Onda (2016)


“How do you rid the Earth of humans? Rid the humans of their humanity”
Que viagem eletrizante! Eu sou um grande aficionado por histórias sobre alienígenas, e eu gosto muito do livro de Rick Yancey por causa disso – por trazer toda essa história de invasão que acontece de maneira velada, e é muito mais complexa do que aparentemente o é, e ele o faz sob a perspectiva não apenas de Cassie, uma sobrevivente de 16 anos, mas também de Ben Parish, seu antigo colega de escola, Sammy Sullivan, seu irmãozinho de apenas 5 anos e Evan Walker, um meio humano meio Outro. Eu sou suspeito para comparar com A Hospedeira (o que muita gente, inclusive eu, fez ao ler o livro), porque eu AMO aquele livro e acredito que poderia ter sido uma das minhas trilogias favoritas caso ela tivesse transformado mesmo em uma trilogia. Mas a história de Rick Yancey É uma trilogia, e essa é a introdução de todo o ataque dos Outros (como eles chamam os alienígenas depois que uma nave misteriosa começa a sobrevoar o mundo), apenas iniciado assustadoramente com os horrores da Quarta e da Quinta Onda.
Acho que o filme começa muito bem mostrando a Cassie “que mata”, mostrando o quão desesperado são os tempos no qual ela vive, sozinha – mas eu senti falta da Intrusão de 1995. Acredito que não era a coisa mais fácil de colocá-lo ali no começo, mas eu acho tão fascinante a maneira como Outro se funde a Humano, como a mãe vê uma coruja e acorda transtornada, aos poucos se esquecendo disso, acreditando que foi tudo um sonho… há corujas ao longo do filme, mas ficaria absolutamente macabro e sombrio colocar alguma coisa assim no começo, e isso nos ajudaria (caso você não tenha lido o livro) a entender o quão intrínseca é a ligação entre Humano e Outro, e como não podemos separá-los – o que nos ajudaria a entender melhor o personagem de Evan Walker. Embora acho que estava todo mundo fascinado demais com a beleza estonteante de Alex Roe que nem questionou nada disso… mas você entende o meu ponto de vista sobre querer uma ênfase nessa Intrusão, certo?
Afinal, a invasão de A Quinta Onda não começa quando a nave começa a sobrevoar o mundo, como muita gente acha e como o filme pode ter dado a entender – a nave misteriosa sobrevoa o mundo por algumas semanas. E então a Primeira Onda vem, quando todas as luzes se apagam; motores, eletricidade, baterias, água encanada. Tudo. Em seguida, a Segunda Onda mata mais uma porção significativa dos Humanos na Terra, com terremotos que geram ondas gigantescas que destroem todas as cidades litorâneas e ilhas. Depois, aparentemente a mais grave e agressiva, a Terceira Onda mata quase toda a população com a gripe aviária, que leva a mãe de Cassie e Sammy. Por fim, a Quarta Onda revela que os Outros já andam sobre a Terra, mas são idênticos aos Humanos porque são capazes de habitar um hospedeiro, então você não sabe mais em quem confiar… mas esses “Outros” apenas despertaram, mas sempre estiveram dentro de seus Humanos; nunca existiu aquele Humano sem aquele Outro dentro de si…
E é isso o que torna tudo tão assustador.
O filme se encaminha muito bem, nos mantendo presos – ele é muito claro, e eu fiquei muito contente com a apresentação das Quatro Primeiras Ondas, porque foi rápido, mas foi muito claro e chocante. Eu me desesperei novamente no momento em que Sammy é separado da irmã e ela fica para trás com o Urso. A carinha dele era de acabar com a gente! Mas tudo se desenvolve bastante rápido. No Campo onde Sammy acaba, é o mesmo local onde está Ben Parish, que acaba líder de seu pelotão, e eu gosto muito de como as coisas acontecem entre eles, como eles passam a se importar um com o outro (eles cantando à noite com o Dumbo mandando eles calarem a boca foi lindíssimo!), e como Ben Parish faz com que ele fique quando eles saem em batalha, para protegê-lo… e é o momento em que eles se dão conta que ELES são a Quinta Onda, matando Humanos que não tenham sido injetados com o rastreador como eles, comandados pelos Outros que tomaram conta do Exército Americano.
Mas Ben Parish, o fofo do Ben Parish, volta para poder salvar Sammy.
É muito bonito que o Ben volte por causa de Sam *-*
Enquanto isso, com Cassie, depois de fugir sozinha e levar um tiro na perna, ela acorda em uma casa, sendo cuidada pelo maravilhoso Evan Walker, e o filme consegue criar muito bem a dinâmica entre eles, consegue fazer com que confiemos nele, gostemos dele, assim como Cassie, até o chocante momento da revelação de que ele é um Outro. Meio Humano. E nós começamos a entender a complexidade dessa relação entre Humanos e Outros quando os Outros foram colocados nos bebês ainda no ventre de suas mães. A busca de Cassie por Sammy é emocionante, e eu adoro como ela chega até a base (foi recompensador como no livro vê-la enfrentando as autoridades, vê-la passar pelo mesmo que Ben e Sam passaram, mas sem matar o Outro), como se une a Ben Parish para salvar Sammy (e como ele chora abraçando ela, tão verdadeiro e tão bonito, “desprezando” o Urso, feliz por ter a irmã de volta – o abraço denota tanto amor!), e como o gostoso Evan Walker aparece explodindo tudo, ajudando naquele final da missão que acaba com o pelotão de Ben Parish reunido novamente, com Sammy, Cassie e Evan Walker, em uma finalização que nos deixa ansiosos por MAIS…
Belíssima mensagem da força que a esperança nos proporciona.
Amei.

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