Carrossel (2016), Episódios 14 e 15 –Tudo do Avesso / Uma História Cabeluda
Um ótimo e um fraquíssimo. Altos e baixos do desenho
de Carrossel.
Como eu já disse em postagens anteriores, o meu
atual problema com o desenho de Carrossel
é a maneira como essas lições de moral vem ditas de maneira tão explícita no
final do episódio, de cada episódio – talvez por isso eu tenha gostado mais do
14, no qual isso ficou mais escondido. E talvez seja porque eu não sou mais uma
criança, mas vocês se lembram o QUANTO nós aprendemos crescendo assistindo às
nossas novelas, e meu Viva as Crianças! (minha
versão de Carrossel) não tinha um
letreiro gigante e piscante anunciando a lição de moral do capítulo; e ainda
assim nós aprendíamos muito com as novelas. Acho que ao criar novas histórias,
os roteiristas perderam a sutileza… parecem ter escolhido lições de moral e
criado episódios que pudessem justificá-las. E como L. Frank Baum já dizia,
isso não era ideal. Se a lição aparecer, ótimo, mas não é o foco. Como Lewis
também disse, você não pode criar uma história para justificar uma moral, ela
deve aparecer naturalmente como parte de sua escrita, ou não aparecer de jeito
nenhum.
Então esse é o meu grande problema com o desenho.
Mas nós ainda temos alguns grandes achados, como
foi o caso de Tudo do Avesso –
acontece que era um tema que eu amava muito, e eu gostei de como o desenho o
explorou. A Professora Helena estava dando aula e acabou aparecendo toda uma
questão de buraco de minhoca, que são
passagens que teoricamente levariam alguém ou algo de um ponto do universo a
outro. Ainda não foi provada a existência de tais passagens, a não ser
teoricamente, mas enfim. O Adriano, com toda sua imaginação fascinante (me fez
lembrar quando, na novela, eles foram fazer uma viagem pelo Sistema Solar),
saiu daqui e foi parar na Terra-2 do Universo da DC. Quer dizer, foi parar em
um universo no qual as coisas eram torcidas. E foi HILÁRIO! Já ao chegar, tinha
a Diretora Olívia sendo toda fofa. Depois tinha o Cirilo, rico e esnobe,
enquanto a Maria Joaquina o perseguia, toda apaixonada (“Eu só quis dizer” foi dito pela Larissa Manoela dessa vez!).
Alícia era quase uma Maria Joaquina de fresca, o Paulo todo calmo e cuidadoso
com os animaizinhos, Laura magra, o Daniel um caos, o Davi odiando a Valéria, e
a bruxa da Professora Helena…
Fora o Firmino que era nordestino como a Graça, só
faltou a Graça!
FOI EXCELENTE, super leve e divertido, gostei de
verdade, e eu gosto desses plots.
Mas Uma
História Cabeluda voltou ao normal do desenho animado de Carrossel e, particularmente, não vi
nada demais no episódio todo, nada que me chamasse muito a atenção. Era um
pouco da Maria Joaquina sendo a Maria Joaquina, toda fresca com seu cabelo
liso, sedoso e brilhante, falando mal do cabelo do Cirilo. São coisas que
acontecem na vida real e são coisas que precisam ser erradicadas, por isso eu
entendo a importância de tratar o assunto e a Professora Helena ensinar aquelas
crianças, mas vocês entendem que na novela isso flui muito melhor, certo? No
fim, o Jaime acabou fazendo umas maluquices estranhas no cabelo do Cirilo, que
acabou tendo que cortar o cabelo em um moicano bem diferente, e a Maria
Joaquina caiu sozinha em cima do chiclete que a Valéria e o pessoal estavam
pensando em colocar em seu cabelo como vingança; no fim, ela apareceu com um
cabelinho tão curtinho que foi até engraçado de ver, mas de um jeito ou de
outro, até que ele ficou bem engraçadinho, não ficou?
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