Cúmplices de um Resgate (2016) – Capítulos 126 a 130


“A MANUELA DISSE QUE EU NÃO FUI ABANDONADA, QUE VOCÊ ME ROUBOU!”
Mais uma vez, nós percebemos um crescimento de Isabela, que a cada capítulo se firma mais como a protagonista de nossa versão de Cúmplices de um Resgate, colocando Manuela em segundo plano. Com uma interpretação perfeita de Larissa Manoela para a Isabela, a gêmea passa por todas as situações possíveis, da raiva, da ira, da confusão, do descobrimento do amor. E é um crescimento genuíno que está acontecendo lentamente, mas de maneira constante. Nós tivemos cenas fofas nessa semana, ao lado de cenas muito intensas que chegaram a nos partir o coração, mas que foram estritamente necessárias. No entanto, para mim, o ápice do desenvolvimento da Isabela vem na sexta-feira, no confronto com Regina, quando independentemente de tudo o que ela sempre diz para a Rebeca ou para ela mesma,Isabela grita com ela dizendo que não foi abandonada, que foi roubada, e ainda pede, com a raiva emanando: “Fique longe da família e dos amigos da Manuela, eles não tem nada a ver com isso”.
Foi lindo, e foi bastante forte.
Porque a Isabela deixou aquela cena, na noite passada, com os olhos vermelhos, lágrimas ali, uma mágoa latente – e ela precisava de um carinho, que eu espero que a Marina vá dar. Porque a Isa está sofrendo tanto quanto faz a Rebeca sofrer ou mais, porque o sofrimento de acreditar que foi abandonada é verdadeiro. E ao mesmo tempo em que meu coração dói ao ver o sofrimento de Rebeca, porque ela estava acostumada com todo o carinho de Manuela e não entende o que está acontecendo, meu coração ainda dói mais por ver o sofrimento da Isabela, que só sofre motivada pela mágoa de acreditar em uma coisa que não é verdade. Por isso esse crescimento dela é importante. Ela vai aprender muito ao sentir o amor de Rebeca e os cuidados da família, e ela vai se amolecendo aos poucos, culminando com as provas que ela não foi abandonada, e acredito que, assim, ela terá um relacionamento tão bonito e emocionante com a mãe que nós vamos chorar que nem loucos assistindo… porque vai ser mais significativo ainda por termos acompanhado toda a construção.
Ansioso por isso.
E no fundo, a Isabela sabe que a Manuela tem razão – ela sabe que a Rebeca não a abandonou como ela insiste em pensar. A prova disso está na conversa com a Regina e na maneira como, no início da semana, ela sentiu que o amor da Rebeca era verdadeiro. “O que é isso que eu tô sentindo? Ela me olha do mesmo jeito que meu pai me olhava”; foi um momento bonito no qual Rebeca sofria e pediu a aproximação da filha, fez com que ela deitasse em seu colo e lhe deu carinho, e é algo que a Isabela tanto quer quanto precisa. Mas ela reluta. Ela sai porque está confusa. “Como ela fez isso? Ela não me ama, é tudo falso. […] Tudo o que importa é a Manuela! Rebeca nunca me quis e não é agora que eu vou me esquecer disso”. Seu discurso é impregnado de crenças e sofrimento. É assim que ela pede por carinho com a Marina, em momentos como “Olha, se você parasse com essa palhaçada já ia me ajudar muito. Marina! Eu sei que é você!” e o consegue, de certa maneira, quando Marina manda para ela o seu bolo favorito.
“É o meu bolo favorito que a Marina fazia” <3
Manuela estava muito mais apagada nessa semana, apareceu com um pesadelo no qual chegava ao Vilarejo dos Sonhos vestida como Isabela e não era nem reconhecida nem aceita pela família, que já tinha acolhido Isabela como ela, e depois em momentos de profunda tristeza por sentir a angústia de Isa (foi triste vê-la chorando) ou em momentos mais alegres que nos aliviaram, quando ela estava cantando pelo quarto. E agora ela vai ter, de volta, a companhia de Tuntum. E falando no ratinho Tuntum, o reencontro dele com o Manteiguinha foi lindo, porque agora a Helena vai morar na cidade, provavelmente no mesmo condomínio que os Vaz, e eu estou contente com mais essa mexida com o elenco e os núcleos da novela, eu gosto do movimento que se iniciou com a Marina indo ao Vilarejo. E agora vai todo mundo ficar completamente encantado pela Helena, como o Dinho, e tenho certeza de que ela vai se dar bem com as crianças, porque a primeira cena dela com a Lola já foi fofinha.
Mas Helena com o Fausto não, né? Ela não merece esse tipo de sofrimento…
…embora em termos de trama eu deva confessar que seria bom.
Voltando à Isabela, ela passou dos limites nessa semana ao tentar expulsar a mãe do quarto que ela costumava dividir com a Manuela, e foi uma cena muito forte, mas MUITO boa. Aplaudi a qualidade. Limite, algo que a Isabela precisa, e sua estadia no Vilarejo lhe dará isso. Em um acesso de fúria, ela tirou todas as roupas da Rebeca do armário e as jogou na cama, expulsando a mãe – mas depois de muito ressentimento e a conversa com Nina, Rebeca voltou toda imponente, comunicando a filha que ela estava errada, e que ela continuaria no quarto, e não estava ali para pedir permissão, só estava informando. Pela primeira vez, ela precisou gritar. E ainda mandou que a Isa arrumasse toda a bagunça, afinal quem a fez foi ela. “Muito pelo contrário, filha. É por te amar mais que tudo nessa vida que eu tenho que te impor limites”. Foram diálogos fortíssimos, intensos, e incrivelmente bem escritos. Me arrepiaram! Sentimos a ira e a mágoa da Isa, o sofrimento da Rebeca, ótimas interpretações. Essa tentativa da Isa de chamar a atenção é um processo de amadurecimento começando, e eu gosto disso.
Toda a conversa com a dona Nina, que a aconselhou de maneira carinhosa mas firme, foi essencial, e foi bonita de acompanhar. As guardas da Isa estavam mais baixas do que com a Rebeca, e ela ouviu, ainda que estivesse com a cara azeda dela. A cena chegou a ser fofa. Nina mandou que ela arrumasse a bagunça como a Rebeca pediu que ela fizesse, e a Isabela bancou a Isabela tentando enrolar a avó para que ela dobrasse todas, e por um segundo achei até que daria certo, mas gostei de como a dona Nina fez com que a Isabela terminasse o serviço. Independente de ter ficado excelente ou não, eu me alegro e me orgulho do fato de a Isabela ter “se disposto” a isso, afinal era sua obrigação. Foi uma bonita mensagem passada, e isso vai significar bastante futuramente para a própria Isabela. E ela vai aprender a reconhecer como verdadeiras falas como “Eu amo você. e vou fazer de tudo para você ser feliz e ter o melhor”, porque a Rebeca a ama de verdade, e nós sabemos que ela ainda vai aprender a amar de volta. Mas é um processo longo.
E árduo.
CHEGOU A PEÇA DE TEATRO \o/
E o meu grande destaque fica para o momento Isa e Téo da peça – porque a semana foi cheio deles, a Isa buscando ficar perto do Téo, porque gosta muito dele, o Téo soltando coisas como “Eu gosto dessa nova Manu”, e ela indo buscá-lo para eles irem juntos para a peça. Mas o grande momento mesmo fica para quando o Omar tenta envergonhar o Téo fazendo-o usar uma calça rosa da Flora, mas quando a Isa vê, ela não pode deixar isso acontecer. “Ai meu Deus, que vergonha alheia!” Ela não ia simplesmente deixar o Téozinho passar por isso, e como ela não teve como impedir que ele entrasse no palco, ela entra como ovelhinha disfarçada para entregar-lhe outra capa para que ele pudesse presentear o Davi. Foi lindo. Rápido e simples, mas mostra o quanto ela se importa com ele, para não deixar que ele passasse por isso, e como ele confia nela, porque ela pediu que ele confiasse e ele não questionou na hora, fez como ela estava lhe instruindo… sinceramente, só tenho uma coisa a dizer: É MUITO AMOR!

Para mais postagens de Cúmplices de um Resgate, clique aqui.


Comentários