Vale o Piloto? – The Shannara Chronicles 1x01e02 – Chosen
“If Allanon is here. There are dark days ahead”
Definitivamente, minhas duas favoritas da
temporada: The Magicians e The
Shannara Chronicles. A primeira me fez pensar um pouco em Harry Potter e um pouco em As Crônicas de Nárnia, portanto me
encantou de cara. The Shannara Chronicles
me fascinou a partir do trailer, e então eu sabia que não podia deixar passar –
e eu acho difícil assistirmos ao Piloto sem pensar loucamente em O Senhor dos Anéis. Eu adoro o estilo
épico e acho que ele chega novamente à televisão com uma série de futuro
promissor, em uma das minhas estréias favoritas dos últimos anos. Também
filmado na Nova Zelândia, como as trilogias de Peter Jackson, The Shannara Chronicles é baseada na
trilogia The Sword of Shannara, de
Terry Brooks, mas com a trama principal sendo adaptada, a princípio, do segundo
livro – isso para a primeira temporada de 10 episódios produzida pela MTV.
Estou só esperando a renovação e muitos anos para essa série pela frente!
A série tem um estilo épico FANTÁSTICO, que nos fascina do começo ao fim – tudo o
que uma saga épica precisa para ser bem sucedida; a jornada, os elfos, os
druidas, os trolls, os gnomos, os demônios… elementos poderosos como o Livro de
Magia dos druidas ou as Pedras Élficas de Wil Ohmsford, e ainda o grande poder
e mantenedor da paz após a Guerra das Raças, 300 anos antes, na forma de
Ellcrys, uma árvore cuja cada folha representa um demônio aprisionado. Uma das
coisas mais impressionantes da estréia de The
Shannara Chronicles é a qualidade dos efeitos, que são surpreendentes para
uma série de televisão – com exceção da Fúria no final do episódio de duas
partes, que foi o mais artificial da 1h20min de série, todos os demais efeitos
estavam surpreendentes; e a fotografia é belíssima! Eu ADOREI a maneira como a série foi filmada, como os atores
foram brilhantemente caracterizados, e como a locação na Nova Zelândia parece
ser o cenário perfeito para outra saga épica.
Claro.
O início do episódio já deixa claro o quanto eu
estava prestes a ADORAR a série, pois eu adorei a maneira como os Escolhidos eram selecionados – não uma
coisa predestinada e pronta, mas mais uma competição. A Gauntlet é,
provavelmente, a mais eletrizante
corrida que já assistimos na ficção, e me faz pensar nas coisas criadas em
livros de fantasias que adoramos, como o Quadribol de Harry Potter ou a Caça à Bandeira de Percy Jackson. A corrida, de olhos vendados, é a maneira como 7
pessoas são escolhidas para serem os responsáveis por cuidar da Ellcrys durante
o ano seguinte, e Amberle é a primeira garota a competir na corrida. E de uma
maneira fascinante em uma corrida de tirar o fôlego, ela vence… mas, sendo o
quê de predestinação do episódio, ela tem um envolvimento com Ellcrys muito
maior que qualquer outro competidor, ouvindo sua voz, seu chamado, recebendo
aterradoras visões de um futuro nada promissor e sangrento.
É assim que Amberle foge de Arborlon.
Toda a construção é bastante precisa ao longo do
episódio – a história traz informações o suficiente para que tudo faça sentido
e nós fiquemos curiosíssimos para retornar, mas não sobrecarregada. Assim como
Amberle é perfeitamente apresentada em toda sua natureza aventuresca na
corrida, Ellcrys é uma árvore cuja importância entendemos de imediato. Ainda
que muita gente nas Quatro Terras não acredite mais em magia, ela existe, e a
árvore doente – morrendo – é um indicativo de que as coisas tendem a piorar
muito. Cada folha perdida da árvore é um demônio que acorda, o que levanta o último
dos druidas, Allanon, de seu sono, como um mensageiro aos elfos e como uma
figura importante na guerra a seguir e futuro mentor (lê-se Dumbledore, Gandalf
ou Yoda), na busca não apenas pelo último descendente de Shannara, como também
pela princesa Amberle, porque ambos são os únicos capazes de salvar a Ellcrys,
ou de recomeçá-la caso seja necessário.
Provavelmente o será.
Wil Ohmsford é o Shannara que ele busca – com uma
inocência vergonhosa, ele rapidamente perde as Pedras Élficas sob seu poder,
deixadas por seu pai, e não acredita em toda essa história de magia quando Allanon finalmente consegue chegar até
ele, explicando sua descendência e o seu potencial para ser o salvador dos
Quatro Reinos. A demonstração de magia naquela caverna foi uma das cenas mais
impressionantes do episódio, que me deixaram saltitando na cadeira de
verdadeira emoção, e com a expressão mais ou menos tão embasbacada quanto a de
Wil. Ao passo que a árvore perde suas folhas, Dagda Mor, o primeiro demônio
despertado, se fortalece, com a permissão para andar sobre a Terra apenas
quando a última folha cair e Ellcrys estiver morta, mas mandando seus outros
demônios durante esse meio-tempo. Primeiramente o Changeling, que mata 6 dos
Escolhidos brutalmente, e depois a Fúria, que persegue Wil e Amberle…
Mas Amberle ainda sobrevive, a única dos
Escolhidos.
O episódio tem uma sequência fantástica de cenas,
sejam de ação eletrizante,
sejam de fotografia belíssima e efeitos surpreendentes. Adorei a química que
Amberle e Wil apresentaram ao fim do episódio, quando eles finalmente se
conheceram e Allanon chegou até Pyria, a tia de Amberle por qual fora
apaixonado tanto tempo atrás, cujo amor lhes foi proibido. Amberle mostra uma
força e determinação que nos fascina – toda sua intensidade é certamente
aclamada; Wil apresenta uma inocência e uma fofura encantadora. Assim a cena
dos dois na cachoeira foi incrível. “Eyes
up here”. Ela nua lhe ameaçando com uma faca, enquanto ele gagueja tentando
explicar os motivos pelos quais ela precisa retornar a Arborlon e salvar a
Ellcrys, dizendo o quanto aquilo seria muito menos constrangedor caso ela
estivesse vestida. O episódio tem um andamento pertíssimo de perfeito, e eu
terminei essas duas partes gritando loucamente: “PRÓXIMO!” Uma sorte tremenda
que o próximo já tinha sido divulgado
na internet…
Piloto fantástico, série fantástica. MAIS QUE RECOMENDADA!
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