Carinha de Anjo


Carinha de Anjo / Me chamam assim.
Uma das novelas mais encantadoras produzidas pela Televisa, com uma protagonista de apenas 5 anos de idade que era uma criança adorável – trazia à trama toda a fofura da infância, a inocência e a pureza da fase também. Daniela Aedo começou as gravações ainda aos 4 anos de idade, e nós pudemos acompanhá-la durante um bom tempo de Carinha de Anjo, que totalizou 175 capítulos, considerada até hoje um dos maiores fenômenos da Televisa, famosa por novelas curtas que muitas vezes giravam em torno dos 100 capítulos. Mas ela também foi baseada em grandes sucessos, como Mundo de Juguete, telenovela da Televisa de 1974, com 605 capítulos (!), que por sua vez era um remake de Papa Corazón, uma telenovela argentina. A idéia original, argentina, veio de Abel Santa Cruz, e Carinha de Anjo foi ao ar de Junho de 2000 a Março de 2001, com uma pequena pausa de aproximadamente um mês no fim do ano, época em que o canal exibiu Rayito de Luz, novela curta e especial de Natal.
Daniela Aedo era a carinha de anjo, como sua mãe lhe chamava na trama. Ela interpretava Dulce Maria, uma criança de 5 anos que era muito feliz, mesmo com todas as coisas que tinham acontecido em sua vida – sua mamãe tinha morrido de maneira cruel quando ela ainda era muito criança, e depois disso o seu pai a deixou em um internato de freiras e foi para a Europa, supostamente para superar a morte da esposa que tanto amava. Foi cruel, no entanto, que Dulce Maria tenha ficado para trás ainda com 3 anos de idade e passado dois anos sem nem ver o papito dela. Mesmo assim, a garota era cercada de amor naquele lugar, e essa é uma das mensagens mais belas da novela: não há a crueldade de diretoras, nem nada assim. Há, talvez, algumas meninas más que agem como se ela não tivesse família, mas ela tem todo o amor das Irmãs (especialmente Cecília e Fabiana) e todo o amor da Tia Peruca.
E a Tia Peruca era uma sensação nessa novela! \o/
Assim, Dulce Maria era uma criança feliz, até por ter perdido sua mãe em uma idade tão tenra, afinal crianças tendem a superar isso com mais facilidade que os adultos – além do mais, ela visitava um Quartinho Escuro no qual conseguia ver a sua mãe e conversar com ela, sempre que quisesse. São passagens muito bonitas. Mas, voltando à personagem de Dulce Maria, é bonito ver como ela não é uma criança tristonha que anda pelos corredores chorando, mas sim uma menina feliz, que corre, brinca, canta e apronta travessuras, com uma voz encantadora e um sorriso lindíssimo. E uma risada inocente. Essa é a imagem que carregamos de Dulce Maria. A novela começa quando seu pai retorna da Europa e vai até a escola para reencontrar a filha, e eles compartilham um momento muito bonito de reencontro que nos emociona. A maneira inocente como ela fala com ele, como chora e como o abraça… “Você também cresceu, papai”.
Muito lindo!
O problema é que Luciano, o pai de Dulce Maria, traz da Europa Nicole, uma mulher que quer se casar com ele, mas que não o ama de verdade – e que não suporta Dulce Maria ou pensar em se tornar amiga da filha da outra; e Luciano não chegou realmente a esquecer Angélica. E Dulce Maria não está disposta a ver seu pai se casando novamente… pelo menos não com alguém como a Nicole. Por outro lado, como ela adora a Irmã Cecília (que na verdade ainda não é realmente uma irmã, porque ainda não fez seus votos, é apenas uma noviça), ela percebe que se seu pai se casasse com a Cecília, ela teria novamente uma família e isso a deixaria profundamente feliz. Determinada a acabar com o relacionamento de Nicole com seu papito (missão à qual ela ganha aliadas como a Fabiana, que lhe dá um ratinho de brinquedo para que ela coloque na casa no jantar com Nicole, já no segundo capítulo!), ela decide que Cecília é a pessoa ideal para se casar com seu pai – e ela se torna o cupido da relação. A trama é também, portanto, sobre essa decisão de Cecília, de fazer seus votos ou ouvir seu coração em relação a Luciano…
É uma trama bastante bonita. Repleta de inocência e leveza.
A novela era incrível na representação do universo infantil de Dulce Maria, carregando toda sua inocência para a história e para a maneira como a história era contada – podemos ver isso, por exemplo, nas músicas de Carinha de Anjo, que têm um tom de brincadeira, são músicas típicas e com crianças cantando, como se estivessem brincando durante o recreio e se divertindo; ou a fértil imaginação de Dulce Maria que a permite criar mundos (como o Quartinho Velho no qual ela vê Angélica), dos mais variados, como situações nas quais seu pai é o John Travolta, dançando Nos Embalos de Sábado à Noite ou nas quais ela é uma índia, por exemplo. Isso garante a ternura e a fofura da novela, que é uma das melhores tramas da Televisa, e que faria um grande sucesso quantas vezes fosse exibida… foi exibida no Brasil pelo SBT duas vezes, primeiramente entre 2001 e 2002 e depois reprisada entre 2003 e 2004 (vi nas duas vezes!). Agora, em 2016, a novela está para ganhar um remake brasileiro substituindo Cúmplices de um Resgate.
Esperando que seja ótimo! \o/
VEJA AGORA UM TRAILER (em espanhol), que apresenta toda a fofura e a ternura da qual eu estava falando agora pouco. O trailer traz toda a sinopse já apresentada, mas também traz uma rápida sequência que é fruto da imaginação de Dulce Maria e você vai entender como o mundo da imaginação e da fantasia se misturam nessa inocente história repleta de amor, otimismo e travessuras. Vale a pena, confira clicando aqui para ser redirecionado ao vídeo no YouTube. E caso você não tenha visto a novela quando ela passou, mais de 10 anos atrás, ela estava disponível no Netflix (não está mais, infelizmente), mas ainda é possível de encontrá-la pela internet, talvez pelo próprio YouTube, com alguns capítulos em qualidade melhores do que outros. Mas uma vez que você está envolvido, você nem vai prestar muita atenção nisso. SUPER recomendo a novela, toda a doçura de Carinha de Anjo:

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