Supergirl 1x13 – For the Girl Who Has Everything
“Pain is a part of life, it’s what makes us what we
are”
Tive a impressão de que o roteiro tinha sido
retirado completamente de Doctor Who,
será que mais alguém teve essa impressão? Afinal, todos nós nos lembramos do
sensacional episódio especial de Natal de 2014, Last Christmas, o primeiro Natal com Peter Capaldi, e o último com
Jenna Coleman – quando ela foi aprisionada em um mundo de fantasia no qual tudo
era feliz e Danny Pink ainda estava vivo, e ninguém conseguia salvá-la de
maneira nenhuma, porque se eles tirassem à força ela morreria, então o Doctor
se colocou em perigo, também foi “atacado”, para que pudesse chegar até Clara
Oswald e convencê-la de que aquele mundo não era real, para que ela pudesse
voltar. Bem, MUITO similar, não é? A diferença é que Doctor Who, como uma incrível ficção científica (e um zilhão de
outros gêneros) que é, puxou um pouquinho de Inception em uma trama complexa e bem amarrada, que nos levou a
vários níveis de ilusão, exatamente como os sonhos dentro dos sonhos que
acompanhamos no excelente filme.
Sem toda essa complexidade, mas com muito
espírito, Supergirl leva Kara Danvers
de volta a Krypton, através de um plano de Non, a Clemência Negra, enquanto
tenta implantar o tal de Myriad. E então Kara acorda, adulta, em Krypton, com
sua mãe, mas a diferença é que, inicialmente, ela tem muita resistência em
acreditar naquilo tudo. “I don’t know why this is happening, but I’ll
find out. And when I do, I’m going home”. Isso foi uma demonstração
de força impressionante, porque acho que qualquer um se entregaria de braços
abertos a uma ilusão assim. No entanto, aos poucos, tudo vai convencendo Kara
de que aquilo é real, como se a Terra (que aos poucos vai se tornando cada vez
mais difícil de ser recordada) fosse apenas um sonho do qual ela está
acordando, e portanto está se esvaindo de sua memória. E mesmo que admiremos a
força inicial de Kara, ela vai se entregando porque é a única maneira, o único
caminho a seguir. Não é mais uma questão de escolha. Há até uma
participaçãozinha de Kal-El em Krypton, que eu gostei, o que me leva a pensar
que, mais cedo ou mais tarde, eles vão mesmo tentar introduzir o Superman na
série.
E como, exatamente como aconteceu com Clara
Oswald, quem precisa rejeitar a fantasia e retornar é a própria Kara, a única
maneira de fazer isso é também se entregando à ilusão, tentando entrar na mente
de Kara. E ninguém melhor do que Alex para fazê-lo, depois daquele discurso de
como queria ter sido uma irmã melhor quando Kara chegou à Terra, 12 anos atrás.
Rola uma ajudinha da Astra (que não concorda com o plano de Non) e um pouquinho
de Maxwell Lord também. Porque as alianças se tornam estranhas nesses momentos
desesperadores. “Oh my God. I’m on
Krypton”. E assim Alex pode conhecer Krypton. Foram boas cenas, da Alex
chegando até a Kara em Krypton, já completamente enganada, já acreditando
piamente no universo fantasioso que criaram para ela, e, quase exilada na Zona
Fantasma, chorando e clamando desesperadamente para que Kara possa recordar. E
com uma bonita mensagem sobre como a vida não é perfeita, e a dor é parte dela,
Kara retorna.
“Kara, I can’t choose this for you.
You have to choose it yourself”
Também retorna REVOLTADA.
Assim, Kara coloca toda sua raiva para for a
contra Non, nas cenas finais do episódio, depois de passar um tempo em Krypton
e ser salva pela irmã, e de J’onn J’onzz ter tido as melhores cenas se passando
por Kara para poder ir trabalhar para Cat Grant. “That woman makes me miss my alien prison”. A raiva final de Kara é
completamente compreensível, e ela desconta de maneira violenta em Non, em uma
daquelas cenas nas quais ela perde completamente o controle e eu realmente
adoro. “You made me lose ‘em again!”
Além disso, estabelecendo oficialmente Non como o vilão da temporada e Myriad
como o grande plano, Alex acaba matando Astra para salvar J’onn J’onzz. Foi um
episódio forte, sobre família e perdas, e foi emocionante a cena de despedida
de Astra e Kara, com Astra dizendo como estava feliz que a irmã dela a salvou,
e Kara contando que ela estava na Clemência Negra, como sua família. Também foi fofo o J’onn protegendo
Alex. “Because you’re Supergirl’s hero,
and I don’t want her to see you as anything other than that”. E um
bonito final daquela FAMÍLIA reunida, que me comoveu!
Winn está de volta \o/
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