11.22.63 1x04 – The Eyes of Texas
“I feel like I’m an impostor in my own life”
O que eu tenho a dizer é basicamente o que eu já
disse inúmeras vezes ao longo de minhas reviews
anteriores: QUE SÉRIE SENSACIONAL! A cada episódio mais apaixonado por 11.22.63, Stephen King e JJ Abrams (além
de todo o elenco encabeçado por James Franco e toda a equipe técnica e tudo o
mais), eu realmente já começo a lamentar de pensar que a série chegou à sua
metade. Apenas mais quatro episódios antes que ela termine, e isso me parte o
coração. Mas começando no dia 25 de Março de 1963, nós temos as coisas
acontecendo de uma maneira muito envolvente e ameaçadora. Tem coisas que
insistem em dar errado na vida de Jake Epping/Amberson que eu só consigo pensar
que são manifestações da linha temporal tentando acuá-lo, mas o roteiro
apresenta um desenvolvimento impressionante em um verdadeiro suspense de nos
deixar angustiados cena após cena, enquanto as coisas crescem – por exemplo,
Sadie começou a descobrir que Jake não é quem ele dizia ser (assim como a Miss
Mimi), e o fim do episódio foi tão aterrador que nós ficamos em dúvida entre
estar chocados com ela descobrindo as fitas ou com a misteriosa figura dentro
da casa com eles.
Que por sinal, quem é?
Aquela história de um par de olhos te observando
que você vê e outros dois não vistos.
Tudo parece começar de uma maneira mais calma,
talvez um pouco mais tranqüila, em uma estrutura que eu começo a me acostumar,
como a criação de pequenos e excelentes filmes, com sua introdução, seu
desenvolvimento e seu clímax aterrador que te faz querer retornar para a
sequência. Temos cenas nas quais descobrimos que as coisas entre Jake e Sadie
caminham muito bem – e aquela cena do piano foi uma das coisas mais fofas do
mundo, com ele citando uma música dos Beatles
que, depois que ela perguntou sobre a composição, ele respondeu que sim, tinha
sido ele a compor, acrescentando: “Yeah,
just me and my mates: John, Paul, George and Ringo”. Foi tão fofo! Mas
esses raros momentos de calmaria acabam muito depressa, porque nas observações
que Bill e Jake fazem de Lee Harvey Oswald, novas informações (as em inglês,
aproveitáveis) começam a pipocar, mas nada é muito certo ou realmente resolve
todo o problema. “George just told Lee to assassinate General
Walker”. Mas
Lee Harvey Oswald também tem muito mais coisa a ser investigada.
Os negócios começam a sair de controle nessa
semana quando a Miss Mimi chega à porta de Jake e diz: “How long did you think you would get away with it Mr. Amberson? Or
should I call you Mr. Epping?” Já comecei, então, a criar uma centena de
teorias e imaginei cenas assustadoras na qual Mimi se tornava uma versão física
da Linha Temporal tentando repreender Jake Amberson ou algo assim, mas não. Ela
apenas descobre que ele mentia sobre sua identidade e escondia seu verdadeiro
sobrenome: Epping. Mas ela pareceu levemente ameaçadora, embora eu a ame e não
queira vê-la morrer com essa doença que ela está desenvolvendo agora… Jake se
sai incrivelmente bem, criando toda uma história na qual justifica a mentira
sobre seu nome como tendo presenciado uma situação grave e, ao ser colocado sob
a proteção do FBI pelo Programa de Proteção a Testemunhas, eles trocaram seu
nome de Epping para Amberson, para que ele pudesse viver uma vida normal em Jodie
e recomeçar em um lugar onde ninguém o procuraria.
A não ser a linha temporal.
Doeu-me um pouquinho acompanhar a veracidade do
romance de Jake e Sadie, porque, como eu já disse na review do episódio passado, é algo que não pode dar certo e nós só
conseguimos projetar muito sofrimento para ambos os lados, quanto mais eles se
envolvem. Eu tinha certeza que a linha temporal ia achar uma maneira de
atacá-la para atingi-lo, e quando eles compartilharam cenas bonitas, românticas
e sensuais na cabana, eu realmente achei que soava como uma despedida. Um
momento muito íntimo e muito importante. Grandioso. E aquele envelope com as
fotos dos dois me angustiou. Linha temporal? CIA? Por que foi que ninguém tinha
pensado em Clayton? Clayton, por sinal, parece muito mais um capacho da linha
temporal do que se a teoria de Jake sobre a CIA tivesse se confirmado. Enquanto
isso acontecia, Bill se envolvia de maneira imprudente com Marina, e eu só sei
que aquilo pode e vai dar muito errado. Quando ele ouviu Lee batendo nela e quis
impedir, mas Jake insistiu que ele não podia se envolver. Aquilo foi bastante
forte e doloroso… no fim do episódio, quando Bill vai até ela para confortá-la,
eu me comovi! Foi emocionante e bonito quando ele se aproximou, visivelmente
transtornado, e ela, chorando, se aproximou e deixou em seu ombro, procurando
apoio e proteção.
Mas eu sei, ao mesmo tempo, que ele não devia ter
se envolvido assim.
Não consigo deixar de pensar que ele vai morrer.
E eu não quero que ele morra!
Grande parte da ação do episódio se divide entre
Bill seguindo Lee/Jake seguindo George e o Clayton retornando sem querer dar o
divórcio a Sadie. Seguindo George, eles chegam ao Hotel Shamrock, um prostíbulo
onde as coisas dão errado (novamente!) para Jake, ele acaba preso, obrigado a
ir para a escola no dia seguinte com roupas “não apropriadas” (mas ele estava
LINDO demais com aquele primeiro botão aberto!), enquanto Mimi visivelmente
ficava mais doente e Clayton retornava para atormentar a vida de Jake – a linha
temporal fazendo de tudo para desestabilizá-lo. Clayton foi meio Christian
Grey, mas eu adorei a maneira como o Jake Amberson conseguiu colocá-lo em seu
lugar, conseguiu soar ameaçador ao exigir que ele assinasse os documentos de
divórcio e deixasse que Sadie fosse feliz… uma pena que tenha sido ameaçador demais, a ponto de colocar
desconfiança na mente de Sadie. E depois do que ela viu no fim daquele
episódio, com as gravações em russo e tudo o mais, não tem como não entendê-la
naquele pavor e choque estampados em seu rosto. “Who are you?”
E QUEM ERA AQUELA TERCEIRA PESSOA NA CASA?
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