Deadpool (2016)
Realmente o momento ideal para o lançamento de Deadpool! #peideiesaí
Fazia bastante tempo que eu não me divertia tanto
no cinema, e eu estava com as expectativas altíssimas mesmo para esse filme – e
a Marvel fez muito bem! Eu adoro o tom dos filmes da Marvel, em geral, que
podem variar dos leves momentos de comédia (como Os Vingadores) a uma seriedade memorável de trama complexa (como em
Capitão América), mas Deadpool supera tantas coisas que eu mal
sei explicar! Ironicamente, depois de sair de quase duas horas de pura diversão
com um cara que sempre tem o que dizer, organizar a review não é simples. Deadpool
é debochado, ele fala coisas que nunca esperamos ouvir sendo ditas; ele parece
quase uma paródia dos filmes de super-heróis, e acho que esse é o intuito.
Repleto de metalinguagem e quebrando a quarta parede regularmente, o filme veio
em boa hora. Consagrado nos quadrinhos, Deadpool era um filme que só poderia
ser lançado nessa época em que os filmes de heróis estão em alta e muitos
outros vieram antes dele, principalmente na Marvel.
Porque daí o material para zoação era muito maior!
E SIM, QUE FILME ZOADO!
Toda a diversão começa já nos créditos iniciais,
com legendas incrivelmente hilárias para a equipe técnica conforme ela era
apresentada, e o Deadpool chamava todo mundo de “metido a besta” ou algo assim,
chamando de verdadeiros heróis apenas os roteiristas – o que me faz lembrar os
créditos finais, nos quais os nomes
principais são seguidos de comentários: Ryan Reynolds (“Ele é gostoso!”), Morena
Baccarin (“Ela é gostosa!”) e Ed Skrein (“Ele é o mais gostoso de todos!”, o
que era meio que bem verdade). Mas, voltando aos créditos iniciais, com um stop motion divertidíssimo, somos
apresentados a esse universo. E depois Deadpool está em um táxi, entediado e
solitário no banco de trás, antes de mudar para o banco da frente para
conversar com o motorista. E cada uma das falas já sai de uma maneira tão
divertida! Então temos as primeiras incríveis cenas de ação nas quais Deadpool
simplesmente NÃO CALA A BOCA e então nos leva às gargalhadas do começo ao fim,
junto com eletrizantes momentos de ação.
Que parecem saídos dos quadrinhos, sério.
A história de Deadpool é de um mercenário
debochado que adora zoar absolutamente tudo! E tudo mesmo! Com muito palavrão,
piadas sexuais hilárias (como a que ele explica que teve que chupar as bolas de
alguém para conseguir seu filme solo, alguém cujo nome ele não pode citar, mas
rima com “Polverine” – obrigado pelos
detalhes sobre as bolas lisinhas dele, por sinal!) e uma metalinguagem
impressionante, o filme te convence. O filme te conquista. Não há uma separação
clara entre o que é o filme e o que é a realidade, e o Deadpool pode,
basicamente, falar o que quiser e como bem entender. Assim ele faz piadas com a
linha do tempo zoada dos X-Men (“Qual deles? James McAvoy ou Patrick Stewart? A
linha temporal de vocês é uma bagunça”), com como o estúdio não teve dinheiro
para pagar os outros X-Men (porque ele só vê Míssil Adolescente Megassônico [!]
e Colossus na Mansão ou em qualquer lugar do filme), como ele não quer um
uniforme verde ou animado (oi, Lanterna Verde!) e um zilhão de outras piadas
realmente hilárias que, infelizmente, me fogem à memória nesse exato momento.
Mas ri muito com aquela mãozinha dele se
regenerando!
Ou ele tirando a cueca como bandeira branca de
paz.
Basicamente, essa é a verdade, EU RI MUITO O FILME
INTEIRO! Adorei ver o Wade Wilson usando uma camiseta de RENT (ah, quanto
amor!) ou ele zoando o Ryan Reynolds (ha!), que não chegou onde chegou por sua
“ótima atuação”. Aquele lance do Agente Smith também foi hilário! E um montão
de outras coisas. Em flashbacks
conhecemos Vanessa, a namorada dele que nos dá momentos fofos mas,
principalmente, momentos excitantes de sexo interessante. E, com Deadpool
sempre olhando para a câmera e conversando com a audiência, ganhamos um “Eu sei o que você está pensando agora: ‘Meu
namorado disse que esse era um filme romântico’. Tudo bem então”, e ele
conta a “história de amor” que acaba numa espécie de filme de terror na qual
ele é eternamente zoado por ter sua cara toda deformada (e todo o corpo!),
parecendo um testículo com dentes ou outros adjetivos extremamente carinhosos…
até que ele resolva usar vermelho (obrigado, velha cega!) para que não dê para
ver as manchas de sangue.
Genial.
Wade Wilson é um cara sarrista que, depois de ter
conhecido a namorada e a mulher de sua vida em um clube de strip, é
diagnosticado com câncer terminal. Por um momento o filme ficou dramático, mas
até ele estava zoando aquele momento de maneira tão direta que nós ainda rimos.
E queríamos a vingança contra Francis. SEU NOME É FRANCIS. Porque eles o
transformaram em uma espécie de mutante para que ele pudesse se curar do
câncer, mesmo que ficasse com aquela aparência nada hot que, convenhamos, o
Ryan Reynolds têm! bem, então ele coloca uma roupa vermelha (maravilhosa!),
luta contra as pessoas más, de forma hilária, debochada e, às vezes,
questionável. Mas “adorável”, sempre. E quando a sua namorada é levada por
Francis, o negócio fica sério, ele pede a ajuda de dois X-Men, e vai atrás
dele. Destaque para a cena deles andando em câmera lenta e da pausa porque ele
esqueceu a mochila com as armas no táxi. Ligação para o táxi. Retorno à música.
Uma excelente cena atrás da outra.
Até o final maravilhoso dele expulsando os X-Men,
se demorando demais por ali.
Vanessa, querida, não sei se era a hora de beijar
o Deadpool, mas tudo bem.
Comentário final, porque é algo que eu devo falar
(ah, esqueci da Megassônica tuitando antes de entrar na luta, e o Deadpool
dizendo pra ela não esquecer o hashtag
– o que me lembra do icônico #peideiesaí,
mas eu certamente esqueci MUITA coisa!): a trilha estava fantástica. O começo,
em stop motion com a equipe técnica
tinha um verdadeiro musicão! Próximo ao fim também! Mas o meu coração sempre dá
pulinhos verdadeiros da mais pura alegria e nostalgia ao escutar Mr. Sandman. COMO EU ADORO AQUELA
MÚSICA! Meus sentimentos são sempre bons demais ao escutá-la… ah, e você ficou
até o final? Claro que sim, certo? Não sei como tem gente que sai tão rápido do
cinema quando o filme “acaba”, será que eles nunca foram ver um filme da Marvel?
Enfim, tivemos algo justamente como estávamos esperando, com algo como “You’re still here? It’s over! Go home!”
e uma deliciosa “promessa” de Deadpool 2
que eu espero ansiosamente poder ver… é verdade esse negócio de viagem no
tempo?
Quero!
Apesar de ser um personagem da marvel, assim como os x-men e o quarteto fantastico, pertencem a fox, que produziu o filme, eles só pediram autorização pra mudar os poderes da missil que nos quadrinhos são completamente diferentes mas no filme ficou muito melhor haha.
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