HISTORY OF MAGIC IN NORTH AMERICA: Rappaport’s Law
“Rappaport’s Law drove the American wizarding
community still deeper underground”
Temos, verdadeiramente, um ambiente muito mais
complicado para a Comunidade Bruxa na América – Rowling narra e descreve como o
seu Universo se expande aqui em nosso continente com uma riqueza de detalhes
impressionantes, construindo todo um novo ambiente no qual Animais Fantásticos e Onde Habitam acontecerá. Parece um lugar tão
hostil para os bruxos que nós chegamos a temer a maneira como veremos isso
acontecer nos filmes, e também nos faz amar, cada vez mais, a Comunidade Bruxa
Européia, com todos seus defeitos e todas suas qualidades, mas que consegue
coexistir com Trouxas de maneira muito boa, o que, inclusive, me faz pensar no
primeiro capítulo de Harry Potter e o
Enigma do Príncipe – é realmente fascinante ler O Outro Ministro e ver como o Ministro da Magia lida com o Primeiro
Ministro dos Trouxas, e como sempre fora assim, em uma espécie de trabalho não conjunto,
mas que tem conhecimento do outro e determinado respeito. Isso não acontece na
América, e possivelmente jamais acontecerá, por causa de uma história longa de
muitas diferenças, problemas e mortes no passado.
No capítulo de ontem, a autora nos explicou sobre
os Scourers, e nós percebemos que era muito mais difícil ser um Bruxo aqui na
América do que o que estávamos acostumados a acompanhar de acordo com os livros
de Harry Potter, na Europa. Segundo ela, em 1790, a décima quinta presidente da
MACUSA (Congresso Mágico dos Estados Unidos da América), Emily Rappaport, foi a
responsável por estabelecer uma lei que segregava completamente a comunidade
bruxa dos no-majs na América, de forma intensa e radical. Tudo por causa de um
passado vergonhoso que envolvia a filha de alguém de confiança de Rappaport,
Dorcus Twelvetrees, e o seu envolvimento com um no-maj que era descendente de
Scourers, ou seja, acreditava profundamente na existência da Magia, mas sabia
que todos os Bruxos e Bruxas eram maus
e deviam ser exterminados. É ali, no distante passado da comunidade americana,
que as coisas já se desenvolveram de uma maneira diferente, com pessoas sem
magia tratando Bruxos de uma forma arisca desde sempre, vendo-os como ameaças,
os perseguindo e os matando, em uma escala muito maior da observada em outros
continentes.
Conservadorismo inato.
Dorcus Twelvetrees, resumidamente, envolve-se com
um no-maj descendente de Scourer, mas ela não cresceu importando-se de verdade
com a magia, sendo uma verdadeira adolescente fútil, mais preocupada com
encontros, roupas e festas. Ao conhecer Bartholomew Barebone, ela se apaixonou,
e acabou entregando-lhe mais do que deveria – ele demonstrou respeitoso
interesse por seus “truques de mágica”, e no fim ela acabou lhe contando
informações importantes como a localização do MACUSA e da Escola de Magia e
Bruxaria de Ilvermorny, além de informação sobre a Confederação Internacional
dos Bruxos, colocando em risco todos seus esforços para manter a comunidade
mágica escondida. O Congresso precisou mudar de lugar, a atenção dos No-Majs
foi chamada para a comunidade bruxa que estava começando a ficar em evidência,
e felizmente Bartholomew Barebone acabou preso por atacar no-majs em meio à sua
histeria, o que foi um verdadeiro alívio para o MACUSA. O problema é que isso não
resolveu ainda todos os problemas, e a Presidente Rappaport teve que confessar
à Confederação, por exemplo, que não podia ter certeza que todo mundo que teve
acesso às informações divulgadas por Bartholomew tinham tido suas memórias
apagadas.
Assim, os efeitos continuaram a ser sentidos mesmo
muitos anos depois.
E a principal conseqüência disso todo foi a lei –
Dorcus Twelvetrees acabou apenas um ano na cadeia, embora todos quisessem vê-la
apodrecer presa ou ser morta, e a Presidente Rappaport se viu obrigada a
decretar uma nova Lei. A Lei de Rappaport definia extrema segregação entre as
comunidades bruxas e não-mágicas, limitando inclusive a comunicação entre os
dois “mundos” apenas ao essencial para as atividades diárias mais básicas. Assim,
a comunidade bruxa foi ainda mais rebaixada e escondida, dificultando cada vez
mais a vida dos bruxos, os submetendo a uma espécie de sub-vida reprimida. Isso,
por sinal, acentua as diferenças culturais entre a comunidade bruxa da América
da de outros continentes, onde há e sempre houve cooperação entre as
autoridades mágicas e trouxas, onde bruxos podiam ser amigos e casar com
trouxas sem qualquer problema (enquanto na América No-Majs são encarados apenas
como INIMIGOS). Bem, A Lei de Rappaport certamente fez toda a diferença ao
estabelecer uma dura regulamentação das relações entre bruxos e trouxas,
marginalizando o mundo bruxo e tornando o ambiente muito menos agradável para
quem quisesse morar por aqui.
Sério, que ambiente hostil criado na América por
J.K. Rowling!
Caso queira ler na íntegra, em inglês, o texto de Rowling, visite
o Pottermore aqui.
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