The Magicians 1x09 – The Writing Room


Quando conhecer o seu ídolo não poderia ser frustração maior!
Estamos entrando definitivamente no plot de Fillory – o mundo mágico pelo qual Quentin sempre fora fascinado é algo que permeia a narrativa desde o começo. O fato de, lá no primeiro episódio, uma mulher misteriosa (atualmente sabemos que se tratava da própria Jane Chatwin, do livro) ter dado a Quentin um manuscrito do sexto livro de Fillory era importantíssimo, mas ele o perdeu logo em seguida, sem nunca chegar a lê-lo. Mas essa foi a passagem dele até Brakebills, assim ele entrou nesse mundo que o permitiu um maior contato com Fillory. Dali, conhecemos um mundo mágico mas perfeitamente assustador, de onde Bestas de outros mundos invadem em busca de mortes, por exemplo, e ela vem de nenhum outro lugar que não FILLORY. Com tudo se encaixando de forma incrível, a série precisa levar os personagens até Fillory, de uma maneira ou de outra, e tendo Penny como um Viajante, que outra maneira melhor que essa? É assim que esse episódio ainda não nos leva a Fillory, mas apresenta uma narrativa em torno da misteriosa Terra com maestria, causando nojo e revolta, mas nos instigando a conhecer o lugar.
Além de nos conceder respostas, como a identidade da Besta.
O episódio começa colocando os personagens nos rumos de Fillory, e Penny acaba sendo o único que leu o livro, portanto o único que pode ajudá-los, contando uma versão toda truncada do que se lembra, mas com uma informação importante: o botão mágico que poderia transportar uma pessoa a Fillory. O botão, mencionado no sexto livro de Fillory, mas sem grandes explicações, era evidentemente importante, por isso Quentin decidiu que fazia todo o sentido, e se Fillory é mesmo real como tudo indicava, o tal botão devia ainda estar perdido em algum lugar da Inglaterra (afinal Martin Chatwin o queria para que pudesse, ele mesmo, retornar a Fillory, que não estava mais lhe chamando). E que lugar melhor do que a própria casa de Christopher Plover, o escritor dos livros, cujos vizinhos eram os Chatwin e para quem (ou sobre quem) os livros foram supostamente escritos. Inicialmente estava tudo um máximo, e eu adorei muito o Quentin turistando, todo cheio de tirar selfies (tipo o Barry e o Cisco na Terra-2).
Mas então as coisas se tornaram macabras.
Senti uma semelhança, intencional ou não, com toda a história obscura que circunda a escrita de Alice no País das Maravilhas e os crimes de Lewis Carroll, mas não vou entrar em discussões a respeito disso. Depois daquele primeiro indício de que Plover poderia ainda estar vivo, e em Fillory, o macabro começa a tomar conta da série com cenas como aquele guia sendo brutalmente assassinado e tendo sua boca costurada. E então toda a história do passado (da época em que os livros de Fillory eram escritos) é revelada, e a realidade é assustadora. Revolvante. George e Belatrix, crianças que moravam na casa, eram constantemente drogados, e vimos os dois serem assassinados em uma situação que se repete em um loop terrível que os obriga a reviver o momento o tempo todo. Também Jane, que me parecia a mais alheia a tudo, era drogada em várias ocasiões, e Martin era abusado. Foi angustiante ver a sua expressão e o seu horror por ser obrigado a tirar as roupas para que Plover pudesse fotografá-lo, e pior saber que aquilo acontecia frequentemente, e as fotos não eram o único tipo de abuso.
É compreensível que tanto Alice quanto Quentin tenham saído daquele lugar mais horrorizados do que nunca. Mas agora, de certa maneira, há uma determinação ainda muito maior de ir até Fillory, encontrar a Besta e matá-lo, por tudo o que ela (Christopher Plover) fez com aquelas crianças, anos atrás. E para que as novas gerações não o adorem mais, como o próprio Quentin sempre o fizera, ele resolveu a história espalhando pela casa as fotos que ele tirava das crianças, para que a verdade seja espalhada. Com Alice completamente traumatizada, agora eles conseguiram encontrar o botão que tinha sido enterrado com George, que morreu com o botão em seu bolso, e a viagem para Fillory tem início porque, mesmo um Viajante treinado por Mayakovsky, Penny não conseguiu se segurar nesse mundo ao encostar no Botão Mágico. Vamos ver como ele retorna de lá, e se os outros personagens também farão parte de algum tipo de viagem até o local, em busca da Besta. Afinal, a temporada já está bem perto do final!
Pelo menos segunda temporada tá confirmada.
Quanto a Julia, suas cenas foram lindas e emocionantes, gostei bastante! <3
“Bye, Julia. Live a good life”

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