MAMONAS, o Musical – Texto 2 de 3
“Era uma
vez um menino lindo, gostoso e talentoso chamado Dinho”
Vamos falar desse elenco ESPETACULAR! Bem, Mamonas, o Musical, é um delicioso
musical biográfico (que é teatro com música ao vivo, e não um gráfico biológico
de música) em cartaz em São Paulo, que traz a história de cinco garotos que se
tornaram a sensação chamada Mamonas
Assassinas e que, infelizmente, morreram prematuramente e nos deixaram com
essa eterna saudade. Mas é muito bom estar de volta a esse universo, e ter a
possibilidade do teatro musical de nos levar de volta no tempo e nos divertir
de forma tão irreverente, bem como eles eram. É isso o que você pode esperar ao
ir ao teatro: muita irreverência e
diversão. Porque isso eram os Mamonas
Assassinas. E claro, música boa e sensações maravilhosas. Temos um elenco
não tão grande em palco, mas extremamente talentosos, que interpretam ou os
cinco garotos ou então uma infinidade de personagens de forma tão maravilhosa e
perfeita que eles vão ficar sempre lembrados. Já estou esperando os próximos
musicais desses talentos todos, como eu sou fã de teatro musical e já tenho
atores que vi 4 ou 5 vezes no teatro, em papéis diferentes!
Os cinco garotos são interpretados por 1) Ruy Brissac, o Dinho. Ele certamente se
entregou ao personagem de uma maneira linda. Além de sua inegável semelhança
física com o Dinho, ele conseguiu absorver toda essa irreverência do Dinho, nos
convencer e nos envolver em uma interpretação muito bonita! Adoramos seus
momentos, como quando ele canta Robocop
Gay com aquele vestidinho, ou as próprias loucuras que ele fala o tempo
todo. É ele a cara da irreverência que transformou Utopia em Mamonas Assassinas,
e essa transformação começou quando ele entrou na banda cantando Sweet Girl of Mine ou qualquer coisa
parecida com isso, porque ele não falava inglês; 2) Adriano Tunes, o Júlio, com toda uma fofura que eu adorei; ele
entrou na banda por causa de sua proximidade com Dinho, ensinando-o a
pronunciar as palavras de Sweet Girl of
Mine para a próxima vez que ele fosse cantar com os rapazes da banda,
depois o Dinho tentou fazê-lo tocar pandeiro, e de repente ele já estava na
banda como o novo tecladista quando o tecladista antigo precisou sair e tudo o
mais… e ele era o “CDF do cara…”, como Sérgio sempre dizia; ou o CDF Star
Treco.
<3
Depois… 3) Arthur
Ienzura, o Sérgio. Um dos fundadores da banda Utopia, aquele que ficou o musical inteiro repetindo que eles eram
uma “banda de rock progressivo”, mesmo que isso não tenha lá dado muito certo;
e 4) Élcio Bonazzi, o Samuel, seu
irmão. Ele entrou na banda para uma única apresentação, mas então ele viu que a
fama podia ajudá-lo de verdade com as garotas, e então ele acabou entrando para
ficar… e ele passou o musical todo meio que atrás das meninas, sejam elas moças
no aeroporto (de quando ouvimos Sabão
Crá-Crá, por exemplo) ou então princesas da Disney, porque sim, o musical
tem até Princesas da Disney, e o Pateta e o Pato Donald, e um Mickey, e toda
uma cena engraçadíssima que envolve essa galera toda. E, por fim, 5) Yudi Tamashiro, o Bento, que era tão
pequenininho, que isso foi motivo de piada contra ele durante todo o musical!
Seja ele olhando para o Rick (mas também o Rick era MUITO alto!) ou então o
disquinho que ele ganhou quando todos estavam “nus” com discos cobrindo suas
partes mais íntimas…
Ah, e antes do início do musical, no merchandising do Banco do Brasil, ele já
foi zoado…
Playstation!
Playstation! Playstation!
Inevitável.
Agora, o restante do elenco é cheio de atores que
fizeram vários personagens, mas dois em especial me chamaram muito a atenção.
Primeiramente, o fofo do Patrick
Amstalden! O papel mais recorrente dele no musical foi o de Rick Bonadio,
produtor dos Mamonas Assassinas ou
algo assim, mas nem é o seu grande destaque. Que poderia ser o Apresentador da
Boate ou a Líder de Torcida do início do segundo ato (adorei e ri muito!), mas
ainda não é. Nem bem o Anjo Gabriel ou o Palestrante do “blá blá blá blá blá” e do “Vai
ter spoiler mesmo!” (que foi
FANTÁSTICO!), mas sim o Vereador Geraldo Celestino. COMO EU RI COM O VEREADOR
GERALDO CELESTINO! Ele precisava de todo um carisma peculiar para interpretar
aquele personagem (com um jeito de falar que me lembrou o Lula, claro que foi
proposital!) e ele tirou tudo de letra! Seja no braço esquerdo erguido (ele
batendo palma lá em cima foi ótimo) ou ajoelhado com os pés no joelho (com a já
mencionada tirada fantástica de quando ele sai “para procurar os pés, que eu
perdi na outra cena e não sei onde está”), ou a própria reação e sorriso dele
enquanto os meninos cantam Pelados em
Santos e a plateia vai à loucura.
Depois, o Bernardo
Berro, que foi, principalmente, o Rafinha. Como Rafinha, ele soava
exatamente como um adolescente americano em série dublada, ou mesmo dublagem de
desenho animado. Caricaturado e hilário. Mas ele chamou muito a atenção como a
“Gordinha Bela, Recatada e de Itu”, certamente, e como as personalidades da TV.
Como Jô Soares, ele estava uma verdadeira graça, especialmente quando o Jô se
levantou para dançar Vira-Vira com os
garotos dos Mamonas Assassinas, e
aquilo foi sensacional! Mas ele também fez o Faustão, em um inteligente cabo de
guerra com o Gugu, para ver quem conseguia levar os Mamonas para o seu programa
e, claro, sem deixar ninguém falar nas “entrevistas”. No restante do elenco,
tivemos Rafael Aragão, Reginaldo Sama, Marco Azevedo, André Odin Figueiredo,
Maria Clara Manesco (que gritando Suruba!
no carro enquanto a fita dos Mamonas tocava Vira-Vira
foi um máximo!), Nina Sato e Gabriela Germano, todo um elenco incrível que merece os PARABÉNS! Mais uma vez, eu digo: musical maravilhoso.
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