Person of Interest 5x04e05 – 6,741 / ShotSeeker
“We’re fighting a war we can’t win”
Parece desesperador assistir a Person of Interest conforme ela se
aproxima de seu final e nós entendemos que temos uma grande guerra nas mãos, e
o final não pode ser nada menos do que eletrizante. É uma pena que a curta
temporada seja de apenas 13 episódios, que estão passando dois a cada semana
(semana que vem TRÊS!), o que quer dizer que vai acabar ainda mais rápido. Mas
assim, é interessante acompanhar como as coisas acontecem depressa, como Person of Interest nunca perde o fôlego
em seus episódios surpreendentes, complexos e bem estruturados, em uma variedade
de ritmos – enquanto um desses dois nos embasbaca do começo ao fim, o outro vem
atenuando um pouco a tensão, enquanto colabora de forma significativa para a
trama principal, seguindo toda a trama das simulações, de certa maneira,
enquanto também evoca um importante novo aliado para a Team Machine. De
qualquer forma, tudo é desesperador DEMAIS e eu não sei o que esperar do
restante da temporada em termos de resolução da Guerra entre Machine e
Samaritan, porque eu não sei como eles poderiam vencer.
Se eles vencerem.
O episódio 6,471
começa nos trazendo de volta Sameen Shaw, e é fascinante! É muito bom tê-la de
volta, mas o episódio angustiante de um suspense que beira o terror nos deixou
apreensivos. Ela escapa da Samaritan no começo do episódio com certa
facilidade, embora ela tenha aqueles seus momentos sensacionais como “Now let’s play a game: dead or alive?”,
mas depressa nós sabemos que é difícil confiar nela depois de todo esse tempo
na Samaritan. Não por culpa dela, mas há todo o nervosismo, a raiva, uma tensão
gigantesca. E um chip implantado em sua cabeça, que lhe dá alguns flashes incompreensíveis toda vez que
ela toca o pescoço – e episódios como aquela dela no banheiro da farmácia,
tirando o chip do corpo, é perfeitamente ASSUSTADOR. Eu fiquei angustiado,
enojado e apavorado, talvez essas sejam as três melhores palavras. Mas com ou
sem chip, é evidente que há algo de errado com Sameen Shaw, com todas as
visões, os mal-estar, os apagões e aquele controle que parece não partir dela,
como na cena de sexo com Root, um segundo depois de ela ter recusado a oferta.
A violência do momento deve partir da própria
natureza das duas mesmo.
Shaw: um
agente duplo ou uma bomba prestes a explodir?
No entanto, continua sendo bom tê-la de volta, na
maior parte do episódio. E para tentar provar que eles podem confiar nela, Shaw
se entrega para a Samaritan e consegue a prisão de John Greer, em uma guerra
que eles não estão preparados para entrar. E então toda a manipulação da mente
retorna e aquela velha questão do quanto você controla suas próprias ações.
Quando ela tira um USB do braço de Greer e entrega a Finch como uma maneira de,
possivelmente, derrotar a Samaritan, as coisas saem de controle. “You’re almost completing your mission. Everything is proceeding exactly
as we planned”. Todo
um plano de Greer para o qual Shaw está sendo usada, afinal, ela cedeu meses
atrás quando estava presa. Escapou porque eles deixaram, porque eles precisavam que ela estivesse livre para
desempenhar uma missão em especial. É desesperador ter a noção de que você não
está no controle de sua própria vida e de suas ações. “We’re already in your
head. You couldn’t hurt me even if you wanted to”.
Dali em diante nós começamos a sentir uma espécie
de medo da Shaw.
Ou de suas ações, para ser mais específico.
ESPECIALMENTE QUANDO ELA MATA REESE! Eu não
conseguia acreditar na proposta de John Reese morto, de jeito nenhum, mas
infelizmente eu tentei me conformar com isso, sendo a última temporada – e não
seria a primeira vez que Person of Interest
faz esse tipo de coisa. Mas foi desesperador. E eu julguei Shaw. Eu entendi que
não era culpa dela, mas eu a julguei como não confiável, e alguém que precisava
morrer, quis que o John a matasse. Mas pelo menos ela contou para Root tudo e
não aproximou John Greer da localização da Máquina e de Harold, pouco antes de
ameaçar matá-la. “I shot Reese. And now I’m gonna kill you too”. Mas com toda sua força e
determinação, ela tira a própria vida para não poder mais continuar fazendo o
mal ou o plano da Samaritan. Foi uma conversa muito bonita, embora angustiante,
e foi um final fortíssimo, chocante, com muita dor envolvida. Até o aliviante
último momento do episódio que mostra que tudo era uma simulação da Samaritan
(a 6.741) e Shaw continua viva, presa, assim como John. Mas embora
reconfortante, sabe o que eu digo? QUE EPISÓDIO GENIAL!
E como mexe com a gente.
Depois de toda a tensão de um episódio de nos
desesperar loucamente, nós ganhamos um episódio muito mais leve e calmo com ShotSeeker, bem mais parecido com os
primórdios de Person of Interest, nos
quais eles investigam algum caso específico que não tem muita relação com a
trama principal – mas era um momento para os fãs respirarem, para curtirem o
John vivo de volta, enquanto Bruce Moran, um aliado de Elias, retornava
querendo vingar a sua morte, ameaçando tanto Fusco quanto o próprio Reese. O
episódio foi inteligentemente construído mesclando coisas que adoramos em Person of Interest. Há toda uma subtrama
que envolve Elias, um dos primeiros vilões (e agora aliados) que apareceram na
série, enquanto a Guerra entre Samaritan e Machine vai se delineando e nós
ganhamos informações sobre ela. Também temos o retorno rápido de Jeffrey
Blackwell, um dos números ignorados que foi contratado como agente da Samaritan,
mas sua participação é bem menor e menos impactante do que eu esperei. E um
caso semanal que é bem escrito e suficientemente interessante para esse momento
da série.
Estamos dentro do ShotSeeker, que é um programa
que localiza possíveis disparos de armas e avisa a polícia de Nova York – no
entanto, temos Ethan Garvin, um prodígio capaz de identificar as armas dos
alarmes falsos, com um dom realmente útil! Toda a história nos leva a uma busca
por Krupa Naik, desaparecida há alguns dias, que Garvin insiste que foi vítima
de assassinato. E eu, sinceramente, simpatizei DEMAIS com Ethan Garvin, queria
vê-lo na série novamente em algum momento, se possível. A trama do episódio nos
leva a uma pesquisa de Krupa Naik que pode acabar com a fome em algumas partes do
mundo, e que a Samaritan está tentando esconder de todo jeito. Assim, a
história nos leva a Harvesta e nos liga à trama principal através da
interferência precisa da Samaritan, quase invencível, antes que Root e Harold
consigam vencê-la divulgando a pesquisa de Krupa, o que livra Ethan Garvin dos
Agentes da Samaritan que estavam insistentemente aparecendo para matá-lo,
enquanto Fusco o protegia.
Mas Krupa continua desaparecida, o que quer dizer
que o plot pode voltar?
Se sim, que volte Ethan junto!
Os números daquela luta da Samaritan versus a Machine são desesperadores, e
infelizmente nos levam a concordar com a terrível fala de Finch sobre como eles
estão lutando em uma guerra que NÃO PODEM VENCER. No entanto, se pensarmos na
quantidade de simulações já empreendidas (mais de 10 bilhões) e nos resultados
da Máquina (0 vitórias), talvez fosse o caso de realmente pensar no que Root
estava dizendo: a Máquina precisa de uma
ajudinha, precisa aprender a devolver o empurrão no playground. O que é
controverso e complicado demais, levantando uma série de questões. Sim, a
Máquina está perdendo feio e não sabe revidar. Mas armar uma Superinteligência
Artificial, como Harold Finch aponta, não é algo realmente perigoso e
insensato? Isso poderia dar início a coisas como O Exterminador do Futuro ou Matrix,
sei lá. De todo modo, por mais improvável que a vitória da Team Machine seja,
nós ganhamos um novo aliado: ELIAS ESTÁ VIVO. Foi muito bacana acompanhar até o
fim do episódio no qual chegamos a ele e ele explica: não há como lutar contra esses novos inimigos, maiores do que nós.
De todo modo, é isso o que eles vão tentar até o final, não é? Team Machine não
desiste.
Que bom.
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