Cúmplices de um Resgate (2016) – Capítulos 221 a 230
“É. Eu acho que eu aprendi”
Duas semanas lindíssimas em Cúmplices de um Resgate. Lentamente e agora, pelos meus cálculos, a
menos de 100 capítulos do fim da novela, nossa trama apresenta alguns avanços e
discussões extremamente legais. Alguns trechos dolorosos, como a separação dos
irmãos Vaz quando eles são mandados para um orfanato (o que também identifica
falta de pesquisa da equipe de escrita, já que orfanatos não existem mais no
Brasil), mas isso também proporciona cenas belíssimas como aquela cena
inspirada em Sense8 na qual o pessoal
canta, separados, a música “Juntos”. And I say hey, what’s going on? Por outro lado, nós tivemos uma semana
bem difícil com a Isabela ainda querendo se vingar da Rebeca e toda aquela
coisa, até que um acidente, finalmente, a prove que a mãe não a abandonou e a
ama demais, e então Isabela tem um salto incrível rumo à maturidade, e perdoa a
Rebeca, tratando-a, agora, com todo o amor e carinho. E é lindo. São as duas
primeiras coisas que me vêm à cabeça dessas últimas semanas de Cúmplices de um Resgate, mas eu sei que
elas foram muito cheias de emoção!
Chorei em alguma cena, vou me lembrar em qual
olhando minhas anotações!
Então vamos lá ^^
A semana passada começa com a assistente social
aparecendo de surpresa no apartamento dos Vaz e os separando, o que foi triste
e doloroso demais! As carinhas dos três foram de partir o coração, e a Meire
tentou ajudar novamente, mas não tinha mais jeito – a Regina tinha garantido
que agora os Vaz fossem tirados do caminho. O mais triste não foi que eles
deixassem a banda ou o apartamento, mas sim que eles não estivessem mais
juntos. Felipe e Joaquim vão para um orfanato e a Julia para outro. Verifiquei
com a minha mãe, assistente social: orfanatos não existem mais no Brasil, mas
sim casas-lares, no entanto a separação é real, porque caso não haja vagas em
um só lugar, as crianças podem mesmo
ser separadas. O que é bem triste, especialmente para a Julia, que se sentia
tão mãezona dos meninos e ficou sozinha! FOI CRUEL. Cada cena da Julia
chorando, sozinha, com a Alícia ou com o André era de me partir o coração!
Depois o Joaquim e o Felipe até tentaram fugir de seu orfanato, não que tenha
dado certo…
Mas foi uma cena linda! Felipe com medo de pular o
muro, o Joaquim segurando ele!
“Meu herói!”
Uma das MELHORES visitas foi a dona Meire, e eu já
disse como eu amo ela? Ela chegando toda imponente no orfanato soltando umas “Eu quero adotar os dois!”, como se
fosse simples assim, foi MUITO BOM! E mesmo que não tenha dado certo, claro,
foi um gesto bonito. E uma cena hilária!
Mas um dos momentos mais comoventes oriundos da ida dos irmãos Vaz ao orfanato
foi, mesmo, a cena musical. Julia ficou com os vocais de Juntos, fazendo de seus lápis e seu caderno uma espécie de bateria
melancólica, depois de terminar um desejo muito fofo dos três irmãos, com a
legenda de “Amor eterno”. Aquilo foi tão bonito e tão triste. A ela, juntaram-se todos, de forma tocante, repleta de
sentimentos muito bons. Priscila estava em casa, com os fones (Riley), Manu
estava com o Tuntum, os irmãos no orfanato, o André triste em casa. E o
destaque mesmo para a Julia que, na minha opinião, protagonizou a cena que foi
pensada exclusivamente para destruir todas nossas estruturas emocionais.
Ainda bem que a Isabela estava determina a fazer
alguma coisa!
Foi lindo que tenha sido a Isabela a mais ajudar…
Primeiramente, ela organiza uma missão no
Vilarejo, da qual Téo não participa, e leva Mateus e Dóris para a cidade com
ela, na esperança de encontrar alguma coisa sobre a tia que abandonou os Vaz, e
eu gosto tanto de vê-la se preocupando com os outros e, mais que isso, FAZENDO
ALGO POR ELES. Isabela se tornou uma excelente
amiga. Na cidade, eles invadem o apartamento dos Vaz com a ajuda de Lola (“Vou provar pra você e pra todo mundo que sou
uma ótima cúmplice!”), e descobrem claramente algo extremamente útil: que a tia dos meninos é a Flora, que
trabalha no haras. Pronto. Independentemente de qualquer castigo ou
qualquer coisa, eles descobriram o que queriam. E a Isabela fez o que tinha que
ser feito: avisou a Flora que os
sobrinhos tinham sido levados para orfanatos separados e ela era a única que
podia salvá-los. Ela mandou uma carta e a carta em si estava muito bonita e
muito bem escrita! Ela fez tudo o que fez, de enfrentar a mãe e fugir, por uma
boa causa e deu certo, e sua preocupação com os Vaz, expressamente representada
na carta para a Flora, é um amadurecimento incrível para a personagem!
<3
Agora Flora está de volta à cidade, com o Dinho
como advogado…
Mas reaver a guarda dos sobrinhos não vai ser
fácil, já que ela os abandonou.
E tem gente querendo adotá-los!
“Eu não
quero ser adotada por ninguém, eu só quero minha vida de volta!”
O que me leva à Isabela. No começo da semana
passada, não tínhamos esperanças de nada inovador para ela. Distante de Téo e
próxima de Omar, Isa era cruel, enquanto sofria também pelo afastamento que ela
não queria, embora tenha imposto a ela mesma. Teve muita crueldade com o Téo,
que se sentiu um peso por muito tempo, e com a própria Rebeca, que chorou por
causa da indiferença da filha. No fim, com todos os castigos e a fuga para a
cidade, Rebeca acabou colocando a Isa na confecção para ajudá-la. É ali que,
tentando aprontar, Isabela sofre um acidente (que foi sentido imediatamente com
uma dor de cabeça muito forte por Manuela, e isso me deixa feliz, ver a conexão
das gêmeas!). Enquanto Manuela cantava “Juntos”
toda tristinha com o Benjamin, Isabela se preparava para perdoar a mãe e
aceitar que nunca foi abandonada. E foi lindo. O diálogo todo foi incrivelmente
bem escrito, super comovente! “Eu te amo
do mesmo jeito, sendo só uma fase ou pra vida toda”. Isa fez as perguntas
certas, se ela a amava do mesmo jeito, mesmo que ela tivesse mudado tanto e
elas brigassem todo dia, depois se ela gostaria de ter mais filhos, no que a
Rebeca comentou das gêmeas, e querendo ou não ela descobriu tudo… e ficou
pensativa.
Uma belíssima conversa de coração!
E então a Isabela teve que perdoar a mãe, E FOI
MUITO LINDO! <3
As falas das duas envolveram “É. Eu acho que eu aprendi” e “Você
cuidou tão bem de mim. Obrigada” e “Que
abraço gostoso! Como eu tava sentindo falta disso!” E a Isabela lentamente
se soltou, sorriu, pediu desculpas e abraçou a mãe, com um carinho verdadeiro,
disposta a aceitá-lo, talvez de verdade pela primeira vez. Isso não poderia
deixar a Rebeca mais feliz, mas isso também faz MUITO bem à própria Isabela e
isso é tão bom. Vê-la saber que não foi abandonada, vê-la sentir que pode
confiar no amor da mãe! É algo grandioso, e é excelente ver a carinha da
Isabela, mudada. Eu queria tanto que a Manuela soubesse disso, porque ela
ficaria tão feliz pela mãe e pela irmã que seria lindíssimo de assistir. Mas,
de todo modo, essas cenas lindas da Isabela perdoando a mãe formaram um
paralelo com momentos em que a Manu estava feliz e se divertindo com os amigos
na casa, na piscina, e eu acho que isso significa alguma coisa! É o próprio
espírito dela sentindo que a irmã está tão bem e tão feliz lá no Vilarejo,
mesmo que não seja verbalizado.
Falando em perdão aos pais…
Outros dois perdões foram marcantes e me deixaram
muito contente! Primeiro, a Priscila ainda não estava preparada para perdoar a
mãe, e a Safira tentou, eu juro que ela tentou. Mas foi certo, porque antes que
a Pri pudesse perdoá-la, a Safira tinha que perdoar o próprio pai. E sentindo a
dor de ser rejeitada por um filho, Safira perde perdão para o pai em uma cena
lindíssima que a Priscila escuta. Então ela estava preparada para também
perdoar a mãe. E tudo foi tão pertinente! Depois do “Desculpa, pai” da Safira para o Seu Fortunato, a Priscila chegou
com um simples “Mãe?” seguido por um “Desculpa”. Não precisava de mais do que
isso. A emoção nos olhos daquelas duas, as lágrimas, os abraços delas. Foi
absolutamente lindo! “Eu que tenho que te
pedir desculpa, não você”. As promessas que as duas fizeram, os abraços e o
amor compartilhado foi belíssimo, bem como aquela terna cena das duas juntas
olhando fotos antigas.
Mais um incentivo ao amadurecimento da Priscila.
Prova disso esteve na maneira como ela se sentiu
triste e culpada porque os irmãos Vaz tinham se separado – e eu não tenho raiva
dela. Ela agiu por impulso, num momento de raiva, e não sabia o que a Regina ia
fazer com a informação. Quanta coisa a Sabrina não fez com o Omar por ter
ouvido Téo e Mateus falarem mal dela? Pelo menos lá já rolou o perdão. Priscila
está sendo bastante cobrada por causa disso, e algumas cenas foram bem fortes.
Como quando ela vai falar com o André e ele solta: “Agora eu estou sem o meu pai, sem meus melhores amigos e sem a banda.
Valeu por isso, Priscila”. Os irmãos Vaz também não receberam bem sua
visita ao orfanato. E a banda está se desfazendo, com Chloé quase assumindo o
lugar da Priscila depois de ela brigar com a Regina e também o Benjamin
substituindo o Joaquim. Sobre o Vicente preso, é absolutamente revoltante, e me
dói profundamente ver todo o sofrimento da Lola, bem como o pequeno momento de
dúvida do André e ver o Vicente reagir ao filho ter um pouquinho de dúvidas
sobre seu caráter.
É doloroso.
A cena do Vicente conversando com os filhos por
telefone foi DE PARTIR O CORAÇÃO.
Chorei loucamente.
“Papai tá
gripado”
=x
Na tentativa de caminhar rumo a uma resolução do
maior problema da novela (que é a separação das gêmeas), agora o Otávio está
investigando fortemente todo o caso. A Dóris e o Mateus contaram tudo o que
sabiam para ele, depois que ele prometeu ajudar a Rebeca a entender o
comportamento estranho da “Manuela”. Ele já sabe das crianças, da ajuda dos Cúmplices, já foi à gravadora, ligou a
“Manuela” à Regina. Tudo lentamente começando a se encaixar, só precisamos de
mais alguns empurrõezinhos. Agora ele está conversando com o Raul sobre tudo o
que descobriu, o que pode levá-lo a chegar até a “Isabela”, e então tudo
estaria muito próximo de se resolver. Mas eu sei que esse momento está chegando
e já fico todo apreensivo e na expectativa. Vai ser tão forte, impactante e
comovente. Eu vou chorar, certamente. Embora eu tenha chorado muito mais com Carrossel do que com Cúmplices de um Resgate, mas isso não
vem ao caso. Eu sou emotivo mesmo. A novela está um máximo, e a tensão desse
suspense de pré-resolução do mistério é realmente angustiante e maravilhoso.
Vamos esperar!
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