Reinações de Narizinho – O Marquês de Rabicó
Como Emília se tornou a Marquesa de Rabicó, e como o
Visconde nasceu!
Essa terceira história de Reinações de Narizinho continua na mesma linha das anteriores, e eu
finalmente consigo entender o título do livro. Não que eu alguma vez tenha o
questionado, porque sempre me pareceu muito claro. Mas agora vejo como Reinações de Narizinho, caso os demais
livros não sejam assim, conta várias aventuras da menina, sendo elas sonhos e
imaginação, ou simples brincadeiras infantis. O casamento do Marquês de Rabicó
com a Condessa de Três Estrelinhas é toda uma história criada a partir da
imaginação de crianças que vêm brincando com o que puderem brincar em um Sítio:
bonecas, leitões, garrafas e sabugos de milho!
Rabicó é um leitãozinho muito especial. Seus seis
irmãozinhos foram mortos em ocasiões especiais a pedido de Dona Benta, porque
ela queria um belo banquete. Mas Narizinho nunca deixou que Rabicó fosse para a
faca, porque sempre foi muito apegada a ele… e a história começa com uma vez na
qual a menina precisou esconder o Rabicó por quase dois dias para que não fosse
morto e colocado na mesa! E adorando a sua boneca como a adora, a menina, com
Pedrinho, decide casar os dois. Emília e Rabicó. E é aqui que eu percebi tudo:
caso Emília fosse real, aquelas crianças têm um sério distúrbio por mentirem
DEMAIS. Mas tudo parece muito mais uma fantasia de histórias criadas com
bonecas de pano e bonecos de sabugo!
Todo o nascimento do Visconde de Sabugosa, que
acontece nesse momento, parte do pedido de casamento. Narizinho mente para a
boneca que o Marquês de Rabicó é, na verdade, um Príncipe, cuja maldição será
finalmente quebrada quando ele encontrar determinado anel mágico na barriga de
uma minhoca. Por isso ele sempre está por aí, fuçando a terra. Ele é filho do
Visconde de Sabugosa, que na verdade é um Rei (tem marca na testa de coroa e
tudo, por isso ele usa uma cartola!). Visconde é criado por Pedrinho com um
sabugo de milho, com o único propósito de pedir a mão de Emília em casamento…
um mero boneco que só desempenha esse papel.
Até que seja esquecido na biblioteca e retorne
mais inteligente. Mais tarde.
Parece ainda mais convincente que tudo seja uma
brincadeira com a maneira como Rabicó, que não sabe se comportar enquanto está
noivo de Emília, é substituído por um distinto Senhor Vidro Azul. Eu mesmo
sempre brincava com garrafas vazias que eu tinha na casa da minha avó! O
casamento acontece, Rabicó envergonha a todos comendo os doces da festa, e Pedrinho
conta toda a verdade a Emília: de que não existia Príncipe nenhum! Quase que a
história acaba de maneira dramática, com um leitão servido no jantar de
Ano-Bom, mas Rabicó é mais inteligente do que isso para ir simplesmente parar
na mesa… de todo modo, é nessa história que nasce a célebre Marquesa de Rabicó,
e o Visconde de Sabugosa.
E nós sabemos o quanto os dois terão ÓTIMAS
histórias.
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