Sherlock 2x01 – A Scandal in Belgravia


“You got that from one look? Definitely the new sexy”
Retorno SENSACIONAL para Sherlock, e na pausa de umas duas semanas que eu fiz entre assistir a primeira e a segunda temporada, eu percebi que eu senti uma saudade IMENSA dessa série e desses personagens. Como as pessoas puderam esperar cerca de dois anos? Como eu poderei esperar pelas próximas temporadas, se a quarta já sai só no ano que vem? Acredito que não tem como não se apaixonar por Sherlock uma vez que você começa a assisti-lo. Passo o episódio inteiro vidrado em uma concentração genuína que poucas séries conseguem tirar de mim. O Sherlock Holmes de Benedict Cumberbatch é um máximo, com toda sua inteligência (que o torna sexy!) e um mistério constante que adoramos explorar. Martin Freeman é um Watson perfeito, ainda tentando se adaptar a essa vida com Sherlock Holmes, mas completamente fascinado por todos os casos que eles conseguem resolver e como o fazem. A fotografia belíssima do programa ajuda na construção de algo épico, que facilmente poderia estar nos cinemas!
Adoro os recursos utilizados para expressar o fluxo de pensamento de Sherlock!
Como as palavras escritas sobre os detalhes observados por ele.
Só assim acompanhamos de fato seu raciocínio!
O episódio A Scandal in Belgravia começa nos trazendo de volta esses personagens, com seus deliciosos mistérios, suas formas inovadoras de resolvê-los e uma irreverência constante que só é superada pela genialidade dos personagens e do roteiro. E agora, Sherlock Holmes e Dr. Watson são celebridades na internet, graças às postagens do blog de Watson. Sério, quem teve a ideia de fazer o Watson blogueiro é realmente espetacular! Deem um troféu pra essa pessoa! Percebemos que, graças à fama, ambos recebem casos e mais casos EM CASA, alguns dos quais (como “The Geek Interpreter”) que muito me interessavam e eu teria adorado assistir inteiro! Mas na genialidade precisa do roteiro, eu não parei para fazer nenhuma associação entre os casos rapidamente apresentados ali e entender o quanto eles poderiam significar algo maior dentro de todo o caso maior que estávamos prestes a acompanhar no episódio como um todo. Mas isso apresentado no final me deixou ainda um pouquinho mais apaixonado por Sherlock.
Se é que há como.
Ah, e vale ressaltar que FINALMENTE vimos o Sherlock Holmes usando a sua clássica boininha que eu ADORO. Foi tudo porque ele queria se esconder dos fãs do lado de fora de um teatro, mas a foto ficou famosa no blog do Watson! Claro. Depois dessa introdução sublime, nós investigamos rapidamente um caso misterioso de um motorista e um andarilho, com uma morte suspeita que não é assassinato, e a explosão de um escapamento… voltaríamos a isso mais tarde. E Watson e Sherlock são convocados para o Palácio de Buckingham! Muito obrigado, Sherlock, por ter ido sem roupa, e muito obrigado Mycroft, por ter pisado naquele lençol! Enfim, toda essa nudez parcial do personagem foi uma boa maneira de introduzir o caso que envolvia The Woman, uma dominatrix. E a vida sexual de Sherlock esteve em voga, o tempo todo. “Don’t be alarmed. It has to do with sex” “Sex doesn’t alarm me” “How would you know?” Fotos comprometedoras de algum membro da Família Real Britânica estão em posse de Irene Adler, e por isso Sherlock precisa pegá-las de volta.
Pelo menos é isso o que eles dizem inicialmente.
Mas há mais.
Chegar até Irene Adler parece simples – eles têm um endereço, afinal de contas! Mas eu adoro as interpretações de Sherlock, com toda sua dissimulação fofíssima. Sherlock e Watson brigando na rua foi um dos melhores momentos do episódio (que estava tão cheio deles)! “Remember I was a soldier, I killed people” “You were a doctor” “I had bad days”. Mas quando conhecemos Irene Adler oficialmente, nua, eu percebi que havia muito mais nela, enigmática. E isso nos intrigava. Porque Sherlock era capaz de facilmente ler as pessoas. O Watson, por exemplo. Mas só pontos de interrogação lhe vinham ao olhar para Irene Adler. Mas da mesma maneira em que ela é boa, o Sherlock é EXCELENTE. Com a ajuda de Watson. Aquele lance do alarme de incêndio, por exemplo, foi uma jogada muito precisa que revelou a localização das tais fotos. “Really hope you don’t have a baby in here”. E eu não pude deixar de admirá-lo profundamente. Bem como quando ele descobre a combinação do cofre, atacado por americanos.
E toda a cena de ação contra os americanos foi ESPETACULAR.
E Sherlock estava MUITO sensual lutando, mas não vamos entrar nisso.
“That’s how I want you to remember me: the woman who beat you”
Oh, eu também devo comentar um dos meus momentos favoritos em Sherlock até o momento: Sherlock chamando a polícia. “Ah, shut up, it’s quicker”. O que eu mais gostei era que o negócio das fotos era apenas uma introdução, ou um pretexto. Havia muito mais escondido naquele celular de Irene Adler. E aquele celular chega até Sherlock Holmes através de Molly Hooper no Natal, como um presente fofíssimo e todo arrumado dela para ele, em uma cena em que ele exagerou, novamente, em suas análises e disse coisas profundamente maldosas, que teve que terminar com um “I am sorry. Forgive me”, o que foi uma das coisas mais chocantes que ele já disse. Mas embora eu tenha ficado com pena da Molly, nada disso importava. Importava o celular de Irene Adler finalmente em posse de Sherlock, quando ela tinha supostamente morrido. Mas eu devia saber, desde sempre, que Irene Adler não podia simplesmente aparecer morta daquele jeito. Ela tinha muito domínio de si mesma e dos outros, muito poder. Ela não poderia ter morrido de forma tão simples e tão cedo no episódio, certo?
Por isso ela não morreu.
“I’m not dead. Let’s have dinner?”
E então começamos uma busca eletrizante por respostas que envolvem MUITO mais do que fotos comprometedoras de um membro da realeza britânica. Não é só isso. Os americanos estão envolvidos demais em busca desse celular. A senha está muito bem protegida. Ah, a Sra. Hudson estava UM MÁXIMO quando guardou o celular para o Sherlock, fingindo que chorava e tudo o mais, quando sequestrada – “If Misses Hudson is taken out of Baker Street, England would fall”. E as senhas? 1895. Só mais três tentativas. 221B. Mais duas tentativas. 1058, em um jogo eletrizante de manipulação. Uma tentativa. Ele é muito esperto, mas Irene Adler é traiçoeira. Por fim, chegamos finalmente ao e-mail. Um código aparentemente indecifrável, uma mensagem codificada que Sherlock resolve em apenas 8 segundos. Uma mensagem que não era tão indecifrável assim e já tinha sido decifrada, por sinal. Mas não é nem só isso… Sherlock precisava fazer aquilo para alimentar seu ego, não era? “I would have you right here on this desk until you begged for mercy twice”.
Assim, temos a história de Coventry se repetindo. “Coventry all over again. Nothing is ever new”. Vocês lembram, claro. Aquele código alemão que fora decifrado durante a Segunda Guerra Mundial, mas eles deixaram que Coventry fosse bombardeada de qualquer maneira, porque os alemães não podiam saber que eles tinham essa informação. Benedict Cumberbatch protagonizará essa história em 2014, um pouco depois de esse comentário ir ao ar em 2012 – mas eu ainda acho um fato interessantíssimo de estar nessa temporada de Sherlock! E é imenso! É imenso e assustador. Aquele avião cheio de pessoas mortas, para enganar os terroristas de que seus planos deram certo, mas sem que ninguém de fato morresse. O Sherlock estragando tudo. E a maneira como Irene Adler brincou com tudo do começo ao fim, mas se envolveu mais do que deveria, mais do que queria. E assim Sherlock desvenda a senha do celular: SHER. Batimentos cardíacos, pupilas dilatadas. Sherlock podia não ter se envolvido tanto nessa coisa, e não teria estragado tudo em 8 segundos se não tivesse entendido aquele e-mail…
Mas ele meio que consertou no fim de tudo.
“Jim Moriarty sends his laugh”
FINAL SENSACIONAL! Depois do Goodbye Mr Holmes” vem um “When I say ‘run’, run!”

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