Doctor Who, 2007 Christmas Special – Voyage of the Damned
“I’m the Doctor. I’m a Time Lord”
O Doctor acabou de perder uma companion e ainda não tem outra pessoa com quem possa fazer suas
viagens… é um momento crucial para o personagem, mas ao mesmo tempo é difícil
vê-lo tão sozinho e desesperado por companhia, mesmo quando ele insiste que
gosta de viajar sozinho. Durante um bom tempo, ele viajou com Rose Tyler.
Durante a curta temporada na qual Martha Jones o acompanhou a bordo da TARDIS,
ele não deixou de pensar e de falar na Rose, de forma exaustiva, o que não lhe
garantiu uma estadia por muito tempo. Donna já estivera com ele em um episódio
especial de Natal (do ano anterior) e voltaria em breve. Mas não aqui, não
ainda. Em Voyage of the Damned, o
Doctor entra em toda uma aventura sozinho, e então conhece algumas pessoas
memoráveis: ele acaba batendo no Titanic
em meio à sua viagem, e pronto… parece muito divertido e tudo o mais, e eu
fico, entre o fim da terceira temporada e o momento de realmente acompanhar o
Doctor no Natal, em dúvida em relação sobre o que de fato aconteceu, porque a
TARDIS não poderia estar substituindo o famoso iceberg.
Mas não é o O Titanic.
É outro Titanic.
O Titanic do episódio é uma nave saída do planeta
Sto, na forma de um híbrido de um belíssimo navio e uma interessantíssima nave.
É lindo! O Doctor repara o casco da TARDIS pouco depois da batida, e pousa DENTRO
do navio. E cá estamos… um cruzeiro sobrevoando a Terra na véspera de Natal,
mas nada parece assim tão bom no planeta abaixo deles. Afinal de contas, parece
que ninguém mais sai às ruas de Londres na noite de Natal, com medo, por causa
dos acontecimentos dos últimos anos… e talvez eles tivessem suas razões. O
Doctor perambula pelo navio de forma divertida, tentando entender do que se
trata, tentando ver se tem alguma coisa errada, e conhecendo pessoas. Eu adoro
ver o Doctor fazendo amizade, como com Astrid Peth, uma garçonete com o sonho
de sair dali de dentro, de ver outros céus e outros lugares. E é claro que o
Doctor é a pessoa ideal para lhe proporcionar isso. Assim, ambos descem
(levados pelo teletransporte do navio) à Terra por curtos segundos, que são
absolutamente fantásticos para ela.
Qualquer coisa ao lado do Doctor seria fantástico!
Então ela faz o pedido para viajar com ele. E ele
aceita!
Nesses especiais de Natal, a minha impressão é que
sempre temos algumas companions
cheias de potencial! A Donna, por exemplo, era para ser apenas uma companion de Especial de Natal, mas cá
estará ela de volta! Astrid Peth tem os requisitos para as mais recentes
acompanhantes do Doctor na TARDIS, e ela tem toda a paixão por conhecer o
Universo que é essencial para quem quiser viver essa vida de aventura de viajar
na cabine azul. Bem, e Doctor Who sempre tem alguns
coadjuvantes fantásticos que nós ficamos desejando que pudessem ser companions em período integral, é o caso
da Astrid, extremamente cativante! Não é o caso dos demais coadjuvantes do
episódio. Foon e Morvin Van Hoff, por exemplo, eram meio engraçadinhos, mas
extremamente caricaturados, eu não ia querer ver uma temporada toda com eles.
Nem com Bannakaffalatta, embora fosse legal escutar o seu nome e divertido
aprender a falá-lo. E o Mr. Copper era meio fofinho, com as suas falas sobre a
Terra, mas não era material para um bom companion.
Embora o final tenha sido LINDO, dele andando na Terra, falando da “Yoropee” e
dando pulinhos com a nova vida que levaria.
Mas não para ser tripulante da TARDIS.
Eu esperava mais da participação de Russell Tovey
como Alonso Frame.
“Allons-y,
Alonso!”
Talvez porque eu goste demais do ator, então eu
queria ter um motivo para chamá-lo para companion
integral da TARDIS, mas como o personagem foi apresentado, ele não é material
para isso. Embora tenha sido um bom personagem, todo fofo e cheio de
determinação e extremamente útil. Mas não mais do que isso. A história do
episódio se assemelha vagamente ao Titanic original, com três meteoros batendo
no casco do navio/nave e criando um verdadeiro caos. Eles precisam se salvar,
descobrir o que tem no Deque 31 e chegar até Alonso Frame, enquanto são
perseguidos pelos Anfitriões, uma espécie de androides vestidos de anjos que
têm a missão de matar toda a tripulação e derrubar o Titanic na Terra, para que
a explosão acabe com toda a vida ainda existente no planeta. No meio do
caminho, vários personagens vão morrendo, quase como se o roteiro quisesse se
livrar deles. Nenhuma morte foi muito marcante. Nem Morvin Van Hoff. Nem
Bannakaffalakka. Nem Foon Van Hoff.
Talvez da Astrid Peth no final.
“So what do you think? Can I go with
you?”
“Yeah, I’d like that”
Mas o Doctor é o Doctor. Sempre EXCELENTE. Então
ele não vai deixar que todo mundo morra naquele Titanic, nem que o Planeta
Terra seja dizimado. “I’m the Doctor. I’m a Time Lord. I’m from the
planet Gallifrey in the Constellation of Kasterborous. I’m 903 years old and
I’m the man who is gonna save your lives and all 6 billion people on the planet
below. You got a problem with that?” Não é sempre excitante quando ele se apresenta desse
modo? Mas os vilões do episódio eram extremamente fracos, um dos meus Especiais
de Natal menos favoritos. Teve
momentos bons do Doctor, como “Take me to
your leader. I’ve always wanted to say that” e “You can’t even sink the Titanic!”, mas o episódio deixou um
pouquinho a desejar. Pelo menos serviu para Kylie Minogue ver o seu nome
na abertura de Doctor Who ao lado de
David Tennant, e isso deve ser extremamente empolgante! Uma pena que ela
tivesse que se despedir no fim do episódio, mesmo que ela tenha tido uma
sintonia boa com o Doctor e tivesse, sim, todo o potencial para ser uma boa companion para ele. Fora que uma companion com excesso de aventuras na
Terra, que NÃO É DA TERRA, seria excelente! Como alguém de Sto veria a Terra em
várias situações?
Uhm, acho que eu gostaria disso!
“Now you can travel forever. You’re not falling,
Astrid. You’re flying”
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