High School Band (Bandslam, 2009)
“Always do the thing that scares you”
QUE FILME MAIS GOSTOSO! Sim, eu demorei uns sete
anos para finalmente ver High School Band
(ou Bandslam, como é chamado no
original, bem melhor), mesmo que eu tivesse o DVD em casa, e agora me arrependo
profundamente. QUE FILME MARAVILHOSO! Com um roteiro sensacional, que é tanto
inteligente quanto fofo, o filme se sobressai além da maioria dos filmes adolescentes
do gênero, com temáticas sérias bem trabalhadas em um roteiro envolvente e
bem-escrito. Tudo flui em uma dinâmica impressionante, as músicas nos divertem
e embalam momentos memoráveis, e os personagens carismáticos nos conquistam
depressa e fazem com que nos importemos com eles. Queremos voltar, queremos
assistir mais e mais vezes. Bem diferente do que eu imaginava inicialmente, o
filme traz um drama sério e comovente, sobre aceitação, sobre mudança e sobre
quem você é. Bandslam entra,
depressa, na minha lista de filmes queridos e eu o recomendo a todos. Me fez
pensar no estilo de outros filmes como um pouquinho de Nick & Norah (pela temática da música) e um pouquinho de God Help the Girl (pelo trio principal).
Bandslam
começa como a história de Will Burton, um adolescente problemático que sofre
com a ausência do pai, não tem amigos na escola porque é odiado por todos
(graças ao pai) e escreve constantes cartas a David Bowie, seu ídolo para quem
abre o coração e conta tudo o que acontece em sua vida que, por sinal, muda
drasticamente quando ele e a mãe se mudam para Nova Jersey. Em Nova Jersey,
Will Burton tem a chance de começar novamente em uma nova escola, um lugar onde
ninguém sabe nada sobre seu pai, e as coisas podem ser diferentes. Sem contar que,
ao que parece, a música e as bandas são valorizadas de uma forma inovadora e
surpreendente nesse novo lugar. Então não
tinha como ele não gostar dali. Através do pedido de Charlotte, uma garota
popular, talentosíssima e que está formando uma nova banda, Will Burton se
torna o empresário de uma banda que pretende concorrer no Bandslam, um importante festival. E, graças a um projeto de inglês,
ele acaba com Sa5m (o 5 é mudo), uma garota diferente que ele precisa conhecer
para poder apresentar para toda a turma.
Uma garota que ele vai adorar conhecer.
A história é tocante – me emocionou de maneiras
que eu não esperava que fosse acontecer. Inicialmente, eu estava encantado por
Will Burton, por todo seu jeito fofo, sua personalidade que é até bem parecida
com a minha e com a bonita relação que ele apresentava com a mãe. Adoro também
tudo o que ele fez por aquela banda e admiro sua competência extrema em
momentos tão marcantes. Logo me apaixonei também por Sa5m, e queria mais das
cenas dela com o Will, que eram todas tão ternas e verdadeiras. Por exemplo, o
momento em que Will leva Sa5m até Nova York e mostra qual seria o seu lugar preferido. A leveza das cenas e a
química dos atores tornou o momento inesquecível. Bem como o adorável primeiro
beijo do casal, que passou depressa do hilário para o fofíssimo. Ri com a
jogada da boina, com ele afagando ela, com o livro sendo tirado da mão, mas
tudo isso ainda conseguiu fazer o momento tão romântico. E a apresentação de
ambos na sala de inglês foi linda. Ela o destruiu. Ele passou um vídeo todo
fofo sobre ela e quebrou a barreira que ela criou.
O sorriso dela <3 Ela não pôde evitar!
O sorriso dele ao vê-la se soltando. Irresistível.
Com Charlotte, a situação é diferente. Sa5m alerta
Will o tempo todo que Charlotte é perigosa, que não se pode confiar nesse tipo
de garota – ela era uma líder de torcida,
namorada do Ben e parte dos Glory Dogs. A pergunta é: por que ela se tornou amiga de Will? A transformação que Will
proporciona à banda (que ele nomeia I
Can’t Go On, I’ll Go On, o que é verdadeiramente original) é inigualável. E
fora do que eu esperava. Ele consegue mais músicos. Um baterista. Um
saxofonista. Trompetista. Violoncelista. E como uma banda fica linda com toda
aquela abundância de instrumentos e uma harmonia incrível! BANDA LINDA. É, mais
ou menos, como em Glee (e pensar que
é justamente da MESMA ÉPOCA!), um grupo de possíveis desajustados ou excluídos,
que ninguém tem certeza de que funcionaria como uma equipe, mas que eles
resolvem tentar e acreditar. A banda rapidamente ganha credibilidade para ir
até o Bandslam. Nós sabemos que eles
têm todo o talento exigido. Veja-os cantando Amphetamine, por exemplo! E com a música do Phil, eles sabem que
eles podem muito bem fazer uma apresentação linda e memorável.
E é quando tudo desanda.
Porque o pai de Charlotte morre e tudo explode: como ela tentou ser uma garota diferente
como uma espécie de promessa na esperança de que seu pai pudesse melhorar, e
agora isso não faz mais sentido. E ela não seria amiga de alguém como o
Will Burton. E, para completar a figura, Ben, o ex-namorado babaca de
Charlotte, investiga o passado de Will e descobre todo o seu passado do qual
ele estava conseguindo se livrar ao vir para Nova Jersey. Dewey. É revoltante,
angustiante. Todos se lembram de como Will é filho de um homem que foi preso
por dirigir sob o efeito de álcool e que matou uma criança dessa maneira. Me
toca profundamente a maneira como a mãe dele conversa com Charlotte sobre isso
e conta sobre como ele se portou, uma criança, no enterro do menino que seu pai
matou. E como é triste que ele tenha que sofrer a vida inteira com um terrível
apelido por causa de um erro que nem é dele! Por isso eu acho que ele precisou
de TODA a coragem no Bandslam para gritar, junto com a multidão, “Dewey!”,
coragem que eu não teria. E ele se saiu muito bem com o “Dewey! Dewey! Dewey wanna rock?!”, mas ele precisou de uma força
descomunal para que conseguisse fazer isso.
E eu o admiro demais por consegui-lo.
Com a sintonia incrível e admirável da banda, a
saída de Charlotte não a desanda de vez, porque Will está lá para colocar todo
mundo na competição – e é INCRÍVEL! Eles estão para baixo (e a cena das
mãozinhas levantadas é um dos melhores momentos do filme!), mas Will decide que
Sa5m pode assumir os vocais, e então está tudo certo. E quando o grande dia da
competição chega, os Glory Dogs, a
ex-banda de Charlotte e a banda de Ben, o babaca, cantam a música que eles
ensaiaram e planejaram cantar. Mas ainda assim eles não desanimam, mostrando
uma belíssima força que eu ADORO. É o momento de Will assumir sua coragem
imensa, no palco, enquanto eles se organizam para uma apresentação. Linda. I Can’t Go On, I’ll Go On, com Sa5m nos
vocais, canta uma belíssima versão de Everything
I Own. LINDÍSSIMA. É leve, divertida, envolvente. E comovente. Trata-se de
um improviso incrível que mostra não apenas a força da banda e seu talento, mas
a sintonia inigualável que essa banda tem.
Então eu amo.
E eles perdem.
Mas tudo bem. Eu sempre digo que as pessoas não
precisam ganhar as competições para que o final seja feliz. Eles não ganharam o
Bandslam, mas ganharam toda a visibilidade com a belíssima apresentação que
fizeram e o vídeo que bombou na internet! O site da I Can’t Go On, I’ll Go On não parou de receber bons recados depois
da apresentação. Os nicks das pessoas que comentavam tinham vários números
“mudos”, como Sa5m. E quando eles se formaram e foram embora, juntos, naquele
carro, tudo estava ÓTIMO com uma finalização que não poderia ter sido MELHOR:
depois de todos os e-mails que, por anos, Will Burton mandou para David Bowie,
sem resposta (mas não importava), o próprio David Bowie lhe mandou um e-mail
lhe perguntando sobre a banda, querendo conversar com ele sobre um possível
contrato. E foi verdadeiramente emocionante ouvir aquele e-mail. Um final
lindíssimo que me arrepiou todo.
Melhor que ganhar o Bandslam.
O filme não podia ser melhor, estou apaixonado.
Bandslam
me tocou profundamente e vou guardar sempre com um carinho incrível!
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