Jumanji (1995)
Um dos filmes mais interessantes e mais envolventes que eu já vi!
Jumanji
foi um dos filmes mais marcantes da minha infância… daqueles de não perder uma
única vez em que passava na TV, e de guardar memórias gostosas. Na verdade, Jumanji é um conceito muito criativo que
nos transporta para um mundo de magia impressionante. Como criança, eu adorava
a perspectiva desse misterioso tabuleiro de jogo ganhando vida e fazendo tudo
aquilo. Como adulto, eu adoro a perspectiva desse misterioso tabuleiro de jogo
ganhando vida e fazendo tudo aquilo. O filme é maravilhoso, e nos guia em uma
saudosa aventura mirabolante e um tanto quanto macabra, no qual a vida de
quatro pessoas muda completamente por causa de um perigoso jogo sombrio que faz
os piores horrores acontecer. Quem inventou um jogo como aquele?
Embora eu sempre tenha tido uma estranha vontade
de jogá-lo.
Me julguem.
O filme começa em 1869, quando duas pessoas estão
enterrando o tabuleiro de Jumanji na
esperança de que ninguém nunca mais o encontre – e caso isso aconteça, que Deus tenha piedade de suas almas.
Depois, em 1969, conhecemos o pequeno Alan Parrish, um garoto que sofre muito
na escola por causa de sua família, e que não tem a melhor relação possível com
seu pai. Acho que esse é um dos pontos que eu mais adoro nesse filme: a
profundidade emocional e a seriedade da história que não se resume apenas ao jogo. A maneira como ele tenta
enfrentar o pai, dizendo que não quer ser como ele, e como é sofrido vê-lo
gritando para o pai que “Nunca mais vai
falar com ele”. O sofrimento é palpável. Interpretações à parte de o que
isso significa, é então que ele encontra Jumanji
e começa uma perigosa partida.
Perigosa sim, porque ele e Sarah, uma das causas
de ele apanhar tanto na escola, abrem o tabuleiro… e quem é que pode culpá-los?
Não há uma criança (e adulto?) que não se veja curioso ao encontrar um
tabuleiro daquele, e com vontade de jogar. Mesmo que Sarah não queira jogar,
ela acaba derrubando os dados dentro do tabuleiro, e o jogo “pensa” que ela
está disposta a jogar. E o jogo anuncia a chegada dos pavorosos morcegos, de
uma maneira um tanto sombria – porque eu realmente acho o filme meio
assustador. Não assustador do tipo “estou morrendo de medo”, mas é uma premissa
meio macabra. Não é? Depois, quando Alan joga o dado, ele fica preso dentro da
selva de Jumanji até que alguém tira um 5 ou um 8… Sarah sai correndo, mais
duas pessoas ainda faltam no jogo, o que quer dizer que Alan fica 26 anos preso
dentro do tabuleiro.
Enquanto as teorias na cidade de o que aconteceu
com ele vão à loucura.
Depois, o filme se instala em 1995. A mansão dos
Parrish foi vendida depois que o pai faliu ao gastar todo seu dinheiro e seus
esforços para encontrar o filho desaparecido, e uma mulher responsável por duas
crianças órfãs, Judy e Peter, se muda para lá na intenção de transformar o
lugar em um hotel. As crianças são vítimas do trauma dos pais terem morrido tão
abruptamente – Judy virou uma mentirosa compulsiva, o que até pode ser
divertido, e Peter fechou-se dentro dele mesmo e não fala com mais ninguém, a
não ser sua irmã. Mas, comentário à parte: quando ele fala, é a coisa MAIS FOFA
do mundo, aquela vozinha fina e fofa de criança! E desse modo, ambos escutam os
tambores de Jumanji que os chama até
o sótão, onde o tabuleiro é mais uma vez encontrado… e, sem ter como começar
nova partida, eles continuam aquela
iniciada em 1969.
Okay, daí por diante a cidade vira um verdadeiro
caos. Depois que Judy começa, trazendo mosquitos assustadores à realidade,
Peter continua e tira o número necessário para liberar Alan Parrish do
tabuleiro! E então e ele retorna, 26 anos mais velho, como o Robin Williams.
Mesmo que ele não queira, de maneira nenhuma, jogar, ele percebe que ainda é o
jogo que ele e Sarah começaram, então eles precisam continuar, pois terminar a
partida é a única maneira de acabar com toda aquela confusão, e mandar as
coisas todas de volta para o tabuleiro! Convencer Sarah a retornar, depois de
26 anos de terapia tentando se convencer de que não era louca, é um tanto
complicado, mas eles acabam conseguindo, mesmo que tenham que enganá-la
inicialmente. E desse modo, a partida continua, agora com os quatro jogadores
que deveriam ser.
Particularmente, eu adoro tudo o que vem em
seguida. A cidade é invadida por coisas perigosas e por coisas engraçadas,
enquanto uma confusão TREMENDA se instala. Eu gosto da relação que se
estabelece entre os quatro jogadores, e como os personagens têm uma química tão
fascinante. Temos as hordas de animais, temos os macacos loucos, o leão, a
planta que toma conta da casa (embora, de uma maneira estranha, ela fique muito
bonita na nova “decoração”), o dilúvio, o caçador, o chão que derrete e quase
engole Alan, e o Peter que tenta trapacear e é castigado… os irmãos são
adoráveis, e eu gosto particularmente de todas as cenas de Sarah, porque ela é
encantadora. E o Robin Williams é o Robin Williams, ele marcou nossa Sessão da
Tarde em diversos papéis, e para mim esse é o mais notável! A partida termina
com a vitória de Alan, tudo de volta para o tabuleiro, ele e Sarah se
abraçando…
E então é de volta 1969. Eles são crianças, e tudo
voltou ao começo. Eu estava emotivo, okay, mas eu acabei chorando duas vezes no
final desse filme, enquanto o assistia para o Cantinho de Luz. A primeira vez na emocionante cena em que o pai de
Alan volta para casa por ter esquecido o discurso, e o menino corre a
abraçá-lo, dizer-lhe que o ama, e o pai é absolutamente carinhoso. Eu achei
aquilo muito tocante, e uma finalização perfeita para o filme. Mas não era a
finalização. De volta a 1995, com os anos que passaram normalmente e deixaram
Alan e Sarah serem um casal feliz, eles estão, no Natal, esperando ansiosamente
pelo casal que trará seus dois filhos: Judy e Peter. A animação deles por
amarem aquelas crianças é BELÍSSIMA, e o momento em que eles finalmente os
vêem, e eles são exatamente como eles se
lembravam. Sério, aquilo foi realmente muito emocionante, e muito bonito.
Por fim, os tambores. O tabuleiro sendo encontrado
no meio da areia. Sério, que final GENIAL foi esse, hein? Apesar de ter me
feito crescer na esperança de uma sequência, mas enfim… falando nisso, tivemos Zathura, do mesmo autor que segue passos
semelhantes, mas não é nem de longe tão bom, e não tem a profundidade emotiva
da qual eu estava falando. É uma história bem mais infantil, simples e feita
para vender para os olhos das crianças. Só. Mas Jumanji não. Jumanji é
filme para assistir ainda hoje e continuar apaixonado, dizendo que esse, sim, é
um filme excelente!
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Me tirem uma dúvida quando o Alan é sugado e Sarah não joga, pois bem digamos que ela jogasse e não tirasse nem 5 e nem 8 para ele sai, o que aconteceria ? ela jogaria de novo ou seria a vez dele ?
ResponderExcluirÉ uma boa pergunta, não sei. Talvez ela tivesse que tirar 5 ou 8 mesmo, caso contrário, voltaria a ser vez dele e, então, ele ficaria preso para sempre, já que não tinha como jogar lá de dentro... sei lá.
Excluirno caso ai tem duas hipoteses se o jogo poderia ser jogado somente por duas pessoas ai ela ia ficar jogando só ate que tirasse 5 ou 8 ai ele sairia. ou entao o jogo e obigatorio ter 4 pessoas dai alguem teria que entrar até dar 4 pessoas no total. assim sendo a vez de quem entrasse e caso ninguem tirasse 5 ou 8 iam ficar jogando só os 3 . ate o jogo acabar dai ele poderia sair
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