Matilda (1996)


Somewhere inside all of us is the Power to change the world.
Eu realmente cresci completamente apaixonado por Matilda. Lançado em 1996, o filme é de quando eu era realmente bem criança, e deve ter demorado alguns anos para chegar à Sessão da Tarde – mas ali, onde se encontra até hoje, eu assisti inúmeras e inúmeras vezes. A Mara Wilson era uma criança adorável, e ainda é encantador assisti-la nesse filme, toda fofa, uma menina linda que todo mundo queria ter como filha! A história é gostosa e divertida, além de dar às crianças a esperança de poder, e de fazer do mundo um lugar melhor. De arrumar aquilo que não está certo, mostrando que crianças podem fazer toda a diferença. Também traz mensagens muito bonitas, personagens perfeitamente cativantes e efeitos especiais divertidos.
Matilda é a história da pequena Matilda Wormwood. Ela nasceu numa família que não a amava de verdade, e que nunca realmente a quis – e desde muito pequena ela sempre apresentou sinais de ser muito especial! Ainda bebê, ela já era capaz de escrever o próprio nome. Aos 2 anos, ela aprendera a se virar sozinha. E aos 4 anos ela descobriu a biblioteca local. Leu todos os livros possíveis depois de terminar os infantis, como O Senhor dos Anéis e livros de matemática e direito judicial. Ela aprendeu, cresceu, e surpreendeu a Srta. Honey no seu primeiro dia de escola, com todos os livros lidos e com sua capacidade de multiplicar números grandes de cabeça incrivelmente rápido, como 13 vezes 379. Não dá vontade de apertar e abraçar aquela garotinha quando ela diz “4927”?
Adorável, no mínimo adorável. Aquela fita no cabelo, aquele sorrisinho travesso, suas leituras e suas contas… ela é simplesmente encantadora, mais do que podemos expressar em palavras. E com uma família oblíqua como aquela, o pior de tudo é que ela nem sabe o quão especial ela é. Toda a história é, na verdade, muito triste. Como os pais a tratam mal ou com indiferença, e como ela não é compreendida naquela casa. E no momento em que ela finalmente encontra alguém bom, que é a Srta. Honey, essa também está parcialmente de mãos atadas por causa da Miss Trunchbull, a terrível diretora da escola. A profundidade da história é muito bacana, como as duas se conectam e se amam depressa, e como a Srta. Honey se aproxima tanto dela por toda sua história sofrida, e como a Matilda se aproxima dela por sentir que, finalmente, alguém a ama de verdade! É lindo.
Não dói ver a pequena Matilda, de 4 anos, chorando?
E não sorrimos que nem bobos com aquele final terno das duas após a adoção? ^^
Bastante do que vemos durante o filme é uma visão infantil exagerada – que nos faz pensar em como víamos o mundo quando éramos criança. Tudo é muito intensificado pelas emoções dos personagens. Então a maneira como Matilda adora a Srta. Honey a torna uma pessoa realmente admirável, amorosa. Também a maneira como ela teme a Miss Trunchbull a torna uma diretora terrível, a caricatura de um monstro, capaz de jogar crianças pelas tranças para fora dos portões da escola! São cenas feitas a partir do olhar de uma criança, e eu acho isso uma das coisas mais bonitas do filme. E talvez seja o motivo pelo qual as crianças adoram tanto essa obra, porque essa visão infantil é levada a sério. E encobre toda uma história muito séria e assustadora. Nunca levei Matilda na brincadeira, a profundidade da trama e das mensagens é muito grande. Poderia ser um filme adulto.
Em relação à obra de Roald Dahl, temos algumas diferenças. Mas, na verdade, meu primeiro contato com Matilda foi o filme de Danny DeVito, foi com ele que eu cresci, e foi através dele que eu me apaixonei pela personagem! Li o livro mais tarde, e posteriormente virei fã do musical, que é mais próximo da obra de Roald Dahl. Temos algumas diferenças, temos o fato de Matilda ser uma criança mais levada, e de sofrer mais com a maneira como os pais a tratam. Também temos uma história diferente para a Srta. Honey e uma finalização um pouco diferente – mas principalmente os poderes, tão trabalhados e marcantes no filme, que pouco são explorados [ou mesmo importantes] no livro e musical. Apenas em um momento, para expulsar a diretora, mas não mais que isso… depois Matilda não os usa mais, porque nunca mais viu necessidade.
Adoro esse filme. O filme foi recebido com zilhões de críticas positivas na época de seu lançamento, e acredito que até hoje é muito adorado no mundo todo – embora nós conheçamos mais o filme pela Sessão da Tarde do que as próprias pessoas dos Estados Unidos, que não conhecem tanto assim o filme, segundo uma mulher que eu encontrei no teatro para assistir If/Then. Estou agora esperando uma adaptação cinematográfica da versão musical que está em cartaz na Broadway, que certamente ficaria muito legal. Uma versão nova de Matilda para as novas gerações, para as antigas que viam a versão de 1996, e para os fãs de musical e da obra original de Roald Dahl. Ou seja, para todo mundo. Sou daquele grupinho que torce por uma participação de Mara Wilson no filme, se possível como a Srta. Honey. Não seria simplesmente adorável?

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