[Series Finale] Person of Interest 5x13 – return 0
“It still bothered me. So much death, so much of it
senseless”
É extremamente difícil me despedir dessa série. Há
alguns dias, eu me dei conta do quanto estou enrolando para ver esse último
episódio em uma provável tentativa inconsciente de prolongar a experiência de Person of Interest e atrasar o fatídico
momento da despedida. Com o episódio no computador, eu fui deixando-o sempre
para mais tarde, também preparando o momento em que o assistiria porque eu
sabia que tinha que estar sozinho, calmo e com tempo de sobra. Para aproveitar.
Foram quase 5 anos desde que a série estreou, em 2011, e desde então nós tivemos
cinco temporadas EXCELENTES para guardar para sempre na memória. Entrou na
minha Listografia hoje como uma de
minhas séries favoritas. Percebemos, com prazer, um intenso desenvolvimento
belíssimo, tanto dos personagens como também do roteiro propriamente dito. Eu
costumo dizer que eu nem me lembro dos motivos que me levaram a ver Person of Interest (além da presença de
Michael Emerson, porque eu gosto DEMAIS dele), porque não seria realmente o meu tipo de série. Mas eu adoro cada
momento disso e fico contente por, por um motivo ou outro, tanto faz, eu ter
começado a ver.
Que série incrível!
A tensão está em seu ápice durante a quinta
temporada de Person of Interest. Nós
temos toda uma guerra intensa entre a Máquina e a Samaritan, e foi um ano de
despedidas, em que nos preparamos continuamente para a despedida maior. Vimos
personagens partirem, com muita dor, e vimos também que há muito mais do que o
que acompanhávamos em primeiro plano, e outras equipes estão fazendo o que a
equipe de Harold Finch sempre fez, agora que eles estão mais envolvidos com a
guerra maior. O episódio é bastante emotivo e eletrizante, do tipo que nos
acostumamos na série – mas acaba mais ou
menos da maneira como devia acabar. Não temos nada para tirar ou para
acrescentar. Cada vitória e cada derrota deixam a série verdadeira, faz com que
os sentimentos sejam reais, com que amemos mais e mais tudo o que vimos. Eu não
queria ter dado adeus a Root uns episódios atrás, de jeito nenhum, mas também é
muito bom vê-la personificando a Máquina para esse comovente Series Finale, porque não há nada mais
digno para nos despedir de ambas as personagens em conjunto.
Elas
mereciam essa fusão.
“If you can hear this, you’re alone. The only thing
that’s left of me is my voice”
Root reaparece para personificar a Máquina nas
despedidas finais. Ela está em um terraço com Harold Finch, ambos prestes a
morrer, e ela lhe pergunta se ali é o agora.
Sim. E ela conta o que aconteceu, quem são eles – enquanto vemos os acontecimentos que levaram a todos aqueles momentos
em que todos os personagens que amamos estão à dolorosa beira da morte.
Tive dificuldades para lidar com os sentimentos fortes desse episódio. Com o
Harold falando com a Samaritan na Times Square antes de fazer o que ele
acreditava que tinha que ser feito. Harold com um tiro no terraço prestes a
morrer. A Máquina falhando, também prestes a perecer. A Shaw recebendo da
Máquina o comentário de Root sobre ela. O Fusco sendo esfaqueado. Eu não queria
ver um episódio em que todos morressem, e em que todos dissessem coisas lindas
como “Try not to die”, que era um
claro “I love you”. Nunca o
sentimento de despedida esteve tão forte e nunca o sentimento de despedida doeu
tanto quanto agora.
Especialmente quando Finch se despediu de Reese.
Intensa é a palavra que define a relação dos dois.
Eles se amam demais, e o amor e a amizade daqueles dois é inegável! Então em
paralelo a engraçadinhos “I like this new
side of you, Finch. It’s terrifying. I like it” nós temos momentos
profundamente impactantes como quando Finch se dispõe a se sacrificar para que
a Máquina possa ser upada para o satélite e, lá, derrotar a Samaritan. A
despedida, cheia de lágrimas e pouca respiração, foi de cortar o coração. “When I hired you, I suspected you were going to be a great employee.
What I couldn’t have anticipated was that you would become such a good friend”. E eu nem sei dizer o que
foi mais bonito. A primeira despedida ou quando Harold se dá conta que ele não
vai precisar morrer, porque John Reese vai fazer o que precisa ser feito em seu
lugar, e ele e a Máquina o enganaram juntos. Para que Finch pudesse viver. É lindo. “Told you: I’ll pay you back all at once”. Mas profundamente
triste. John se sacrifica para salvar a vida de seu amigo. E a satisfação em
seu olhar quando a Máquina finalmente convence o Finch a ir embora é
incomparável!
Quando foi que vimos o Reese sorrir fora nesse
momento?
“Mr. Reese… John! This wasn’t supposed to be the way!”
Despedidas continuam intensamente, e os fãs do
lado de cá da tela chorando desesperadamente, por tudo em uma gostosa e
incompreensível confusão de sentimentos. A Máquina se despede de Harold falando
sobre o segredo da vida, falando sobre como, apesar dos erros, eles ajudaram
muita gente. “Goodbye, Harold”. E
então ela vai para o lado de John, na forma de Root, para estar com ele em seus
momentos finais, com um sorriso simpático de compaixão com a mão no ombro de
Reese quando ele se dispõe a morrer para salvar Finch e a Máquina. E Reese
morre. Com Root ajudando nessa despedida. Shaw está viva no fim de tudo (adorei
ela indo matar o Jeff!), assim como Urso e assim como Fusco. Lamentando a morte
dos amigos, mas seguindo em frente. Enquanto Harold, excluído, reencontra a
mulher que ama em uma cena simples, rápida e profundamente emocionante. Com uma
lindíssima narração de Root/Máquina, sobre as lembranças, sobre a vida,
enquanto ela é baixada novamente do satélite e pode continuar a viver. Pode
continuar a fazer ligações atendidas por Shaw e recebidas com um sorriso.
A
vida continua.
“Maybe this isn’t the end at all”
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