PETS – A Vida Secreta dos Bichos (2016)


Já pensou no que seus bichinhos fazem na sua ausência?
Eu sou um inveterado apaixonado por animações – quanto amorzinho em um filme só! De um bom gosto genial, Pets é diversão na certa, especialmente se você tem e ama um animalzinho. Eu adoro cachorros, mas tenho certo conhecimento do comportamento felino também – e olha, o filme é encantador. A ideia é bastante simples: o que os nossos queridos animais de estimação fazem quando nós saímos para trabalhar? A ideia pode até parecer clichê, mas funciona muito bem, com diversão, risadas, e umas mensagens bonitinhas. O filme vale a pena. Curiosíssimo que estava, eu ainda temia que o filme fosse ser um pouco parecido com Toy Story (com Max e Duke recriando a perfeita dinâmica de Woody e Buzz Lightyear), mas eu podia ter esquecido isso. Não é minha animação favorita, não tem a profundidade emocional e filosófica de Divertida Mente, por exemplo, mas é diversão na certa. E por isso eu deixei o cinema sorridente e satisfeito.
O filme começa de forma sensacional, apresentando Max – Max é um cachorrinho doméstico, de Katie, que a ama incondicionalmente; praticamente como qualquer cachorro. A introdução é um cúmulo de fofura, com ele contando como eles se conheceram (ah, e como filhotinho ele era uma graça!) e sobre a relação perfeita que eles têm! Depois, o que basicamente todos os cachorros fazem quando os donos vão embora: ficam sentados à porta esperando por seu retorno. AQUILO É TÃO FOFO! Apaixonado por cachorros como sou, pareço meio parcial ao defendê-los, mas acontece que aquilo tudo foi tão real. O sentimento é esse. De puro carinho e amor, de esperar o dono voltar e daquela alegria incomensurável quando a porta se abre. Isso é um cachorro. Depois temos toda uma sequência com outros animais de estimação DIVERTIDÍSSIMOS! Chloe como uma gata gulosa na dieta, cachorros que escutam música alta, que usam a batedeira de massageador e um zilhão de outras coisas assim… E É UM MÁXIMO!
Acredito que uma das maiores forças do filme é justamente essa: a de recriar o que conhecemos do comportamento dos animais de forma tão amável. Tudo bem que pode reforçar alguns estereótipos, mas estamos falando de animais de estimação, todo mundo sabe o que pensamos sobre eles. Como a tolice fofa que é a animação dos cachorros por uma simples bolinha verde (não conseguem se concentrar em mais nada) versus a gata que se acha superior ao vê-los correr atrás da bolinha, mas logo em seguida passa minutos distraída por causa de um laser. Bem… isso é um MÁXIMO! O filme teria já se saído muito bem se ficasse na exploração da vida cotidiana daqueles carismáticos animais que se dispôs a apresentar, mas eles têm ainda mais uma história a contar quando Katie chega em casa, para o desespero de Max, com um novo amigo: Duke. E então é um caos. A relação turbulenta de ciúmes faz com que as camas sejam trocadas, com que Max tenha uma péssima noite, e a rivalidade dos dois leva a dois extremos: a) eles destruírem o apartamento de Katie, e b) se perderem do passeador e serem caçados pela carrocinha.
Eu acho que dali em diante a força do roteiro cai um pouco, mas é sustentado pelo carisma dos personagens pelos quais já nos apaixonamos. Enquanto fogem da carrocinha incansavelmente, Max e Duke compartilham uma cena divertidíssima na fábrica de salsichas, ao som de We Go Together (de Grease) e com algumas referências que me fizeram pensar em A Fantástica Fábrica de Chocolate e As Viagens de Gulliver. O roteiro se divide, então, em três núcleos que constantemente se entrelaçam. Primeiramente, Duke e Max; além deles, temos a Galera do Esgoto os caçando também, por serem domesticados e por terem matado a víbora, e depois a galera comandada por Gidget em busca da salvação de Max. É uma cena mais divertida que a outra, e o roteiro ainda conseguiu até sutilmente implantar um comercial a Sing, outra produção que promete! Adoro os personagens, ADORO a Chloe e seus comportamentos felinos (como aquele que gerou o vídeo mais visto do dia no YouTube!), amo a fofura da Gidget e sua força e determinação (ah, ela batendo em 200 animais na ponte é um MÁXIMO!) e tudo o mais.
Até o Bola de Neve é uma graça.
Tudo bem, ele é uma graça mesmo. O filme nos guia pela história de Max e Duke enquanto eles tentam voltar para casa e são buscados por um grupo de amigos que sabem que Max sempre fez muito por eles e merece a ajuda deles. Assim como Woody merecia. E entendemos que o valor da amizade é altíssimo, e que não podemos abandonar um amigo quando ele está em apuros, por mais que seja difícil enfrentar os desafios de encontrá-lo. Achei comovente a cena do Duke tentando voltar para o antigo dono e descobrindo que ele morreu. E claro, também a questão de estarmos todos no mesmo barco quando a situação aperta. Eu gosto de Max e Bola de Neve trabalhando juntos, e da determinação de Max de esperar o Duke. E o Bola de Neve sendo adotado no final. Mas a grande fofura final do filme está no retorno de cada animal para sua casa, sendo recebidos ou recebendo carinhosamente os donos, em representações reais do amor que sentimos por eles. E Katie abraçada a Max e Duke no fim foi LINDÍSSIMO. Sim, é um filme muito divertido, com boas mensagens, e um final fofo.
E o que foi aquela festa pós-créditos?

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