Sherlock 3x02 – The Sign of Three
“High-functioning sociopath. With your number”
Chegou o dia do casamento de John Watson com Mary
– o que nos dá um episódio completamente diferente de Sherlock. De certa maneira, parece que os casos da narração de
Sherlock Holmes foram relegados a segundo plano enquanto o casamento se
desenvolvia, já que a primeira meia hora do episódio, por exemplo, mal saiu da
recepção, mas tudo se encaixa de forma inteligente no final, nos proporcionando
os já aguardados momentos de tensão que acompanham todos os episódios de Sherlock. Não é um dos meus episódios
favoritos, na verdade é provavelmente o meu menos
favorito na série toda, mas isso ainda não quer dizer muito, porque com o nível
altíssimo que essa série atinge, quer dizer que o episódio de que menos gostei
ainda é um episódio GENIAL! E absolutamente fofo, porque tivemos a chance de
conhecer essa versão de Sherlock Holmes que é o padrinho de casamento de John
Watson, e que, portanto, não é o mesmo Sherlock Holmes detetive que sempre
conhecemos, e ele pode até cair em sentimentalidade.
Por mais que ele tente não fazê-lo.
Sherlock estava apavorado com a perspectiva de ser
o padrinho de John, com a necessidade de escrever o discurso, com a necessidade
de ajudar a planejar a cerimônia. Tudo. Assim, nós temos cenas ótimas com a
Sra. Hudson, como sempre, além das excelentes cenas do próprio Sherlock, seja
desesperado porque não consegue escrever um bom discurso para o casamento,
então ligando para Greg em um momento crucial de sua carreira e o interrompendo
para pedir ajuda, ou então conversando com os convidados da festa antes da
cerimônia, amedrontando aquele que ainda é apaixonado por Mary e incentivando
um garotinha que está prestes a se tornar o Sherlock. Uma das coisas que eu
mais gosto nessa proposta de John Watson estar se casando é que nós também
adoramos a Mary, e ela estava ótima nesse episódio! Por exemplo, quando ela
consegue tirar os dois da sala, porque ela sabe que ambos precisam de um tempo,
precisam de um caso a ser resolvido, como nos velhos tempos…
Porque isso não pode simplesmente acabar.
Então tem como não amar a Mary?
QUE TRIO! <3
Curiosamente, o Sherlock até que se saiu muito bem
em seu discurso. Okay, mais ou menos. De certa forma, foi um desastre e um
vexame. Por outro lado, foi lindo. Teria sido melhor mais curto, certamente. A
fofura INTENSA do episódio começa quando John convida o Sherlock para ser seu
padrinho, e é obrigado a explicar tudo minuciosamente porque o Sherlock
continua oblíquo em relação à intenção da conversa. Então John diz, claramente: “Look, Sherlock, this is the biggest and most
importante day of my life. […] And I want to be up there with the two people
that I love and care about most in the world” LINDO DEMAIS! A
piscadinha do Sherlock e ele paralizado, em paralelo ao discurso que faz na
festa, é um máximo! Ele ficou comovido porque John o chamou de ‘melhor amigo’.
E o discurso do Sherlock continua alternando entre o fofíssimo e o vexatório. Ele tem pontos altíssimos como “So if I didn’t understand I was being asked
to be best man, it is because I never expected to be anybody’s best friend. And
certainly not the best friend of the bravest and kindest and wisest human being
I have ever had the good fortune of knowing”, que é emocionante.
Deixou
todo mundo chorando! *-*
Ainda fica melhor, quando ele diz que o John
estava sentado entre a mulher que agora é sua esposa e o homem que ele salvou,
ou seja, as duas pessoas que mais o amam nesse mundo. E, também falando por
Mary, ele nunca vai decepcioná-lo e tem a vida toda pela frente para provar
isso. O John pediu para a Mary impedi-lo caso ele tentasse abraçar o Sherlock,
mas ele percebeu que não tinha como. O abraço dos dois foi fofíssimo! E então o
Sherlock continua… e eu devo expressar meus sentimentos: cada vez que o Sherlock tinha a chance de terminar o discurso de forma
bonita e louvável, mas não terminava, eu temia pelo o que vinha a seguir.
Ele divagou… divagou até não poder mais. Contou sobre o caso não solucionado de
Bainbridge, que achava que estava sendo seguido, e por fim foi encontrado quase
morto no chuveiro, com uma facada invisível feita por alguém que não poderia,
de modo algum, ter entrado naquele lugar. Sherlock usou isso para expressar o
quanto John é um homem melhor que ele, já que ele está sempre preocupado em
resolver o mistério, enquanto o John está preocupado em salvar uma vida.
É lindo.
DESPEDIDA DE SOLTEIRO! É na despedida de solteiro
que, curiosamente, Sherlock e John esbarram no grande caso que conecta tudo,
inclusive o casamento. O Sherlock bêbado é hilário, o jogo de “Quem sou eu?” também, o vexame
impressionante na “solução” do caso que acaba com o Sherlock vomitando na cena
do crime… nem dá para comentar. Acabam presos, claro. Mas então Sherlock ganha o
caso mais interessante em meses: a mulher
que saiu com um fantasma. Gail. Charlotte. Robyn. Vicky. Eu adoro como a
mente de Sherlock funciona, como ele cria seus próprios diagramas e maneiras de
visualizar os casos, como ele chega no homem que rouba identidades e vidas do
obituário e sai com mulheres por uma única noite. Mas quem é esse criminoso? E
qual é o motivo pelo qual ele está agindo assim?! Adoro o Sherlock tentando
encontrar um padrão, tentando solucionar o mistério, e então a tensão nasce de
forma convincente e rápida. Parece que Sherlock está pronto para terminar o
discurso com um caso não resolvido, e então algo não planejado acontece e ele
precisa continuar falando.
“The Mayfly man is here today”
Você sabe que as construções de cena de Sherlock são impressionantes, com uma
direção impecável. No período em que Sherlock se prepara para finalizar,
levanta a taça e faz o brinde a John Hamish Watson e sua esposa, as peças
começam a girar e encontrar seus lugares. Fotos são tiradas de Sherlock Holmes.
Choque. A taça continua caindo. A dominatrix da segunda temporada. John Hamish
Watson, um sobrenome mencionado em público apenas em duas ocasiões. Mas um nome
que uma das mulheres que namorou o fantasma conhecia. E usou precariamente.
Impensadamente. No tempo de a taça atingir o chão tudo se encaixa na mente de
Sherlock, ele se dá conta que Mayfly, o fantasma, está ali. NO CASAMENTO. Alvo:
Major James Sholto. Forma de matar: mesma de Bainbridge. Resolução do mistério:
créditos a Archie, o garotinho. Obrigado. Mary pressiona Sherlock para que ele
entenda, para que ele salve a vida de Sholto ou ajude John a fazê-lo. É lindo,
é um máximo, e eles conseguem resolver o caso todo de forma inteligente sem
fugir do tema, sem fugir do casamento, interligando pontos como Sherlock adora fazer!
Agora, depois do violino belíssimo, nova
revelação: MARY ESTÁ GRÁVIDA.
Bem, teremos um Watson Jr. por aí, pelo visto!
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