Stranger Things 1x02e03 – Chapters Two and Three: The Weirdo on Maple Street / Holly, Jolly


As tão depressa icônicas luzes de Natal!
Confesse, todos nós estávamos ANSIOSÍSSIMOS pelas cenas em que veríamos as luzes de Natal como elas são sugeridas nos trailers da série – os episódios estão eletrizantes e envolventes, e continuam passando tão depressa que você não consegue acreditar que realmente se foram mais de 50 minutos. Excelentes, os episódios fluem com personagem carismáticos com quem nos importamos, e segurando o mistério de forma inteligente, criando um perfeito suspense que pode nos angustiar. Não é uma série de terror, mas há passagens perturbadoras como aquelas da parede na casa de Will Byers. E a maneira como o roteiro está usando flashbacks rápidos e de poucas falas (como ela) para nos apresentar o passado de Eleven é muito gostoso. É bom conhecê-la aos poucos, é bom que o roteiro nos instigue porque queremos entendê-la melhor e o que ela tem a ver com o desaparecimento de Will, se tem alguma relação.
No entanto Will já está por si só misterioso.
Aquelas suas “aparições” beiram, assustadoramente, o macabro.
Chapter Two: The Weirdo on Maple Street
O segundo episódio da série focou bastante na apresentação e caracterização de Eleven, depois que os garotos a encontram no meio da floresta em busca de Will Byers – ela fica na casa de Mike, escondida, e a relação dela e de Mike já é absolutamente encantadora. Temos muita coisa acontecendo e muito mistério em torno dela. Seu vocabulário limitado reflete o pouco que ela fala, e não sabemos até que ponto aquilo é uma escolha e até que ponto é limitação de fato. E isso é bacana. Por exemplo, por vezes achamos que ela pode formar frases maiores, mas ela não conhece o conceito de “amigo”, e isso é intrigante. A explicação do que é um amigo pelos garotos foi fofíssimo. Em relação aos seus poderes, eles estão evidentes, e eu gosto muito de vê-la usar, pelo menos gostava antes de ver toda a interferência em sua vida e o perigo que representa. Mas achei peculiar quando Mike mostrou um bonequinho do Yoda para ela explicando que “ele usa a Força para mover as coisas”.
Bem, ela entende da “Força”.
Aos poucos o passado de Eleven vai se desvelando. Temos cenas dela e de Mike que eu adoro verdadeiramente, a química é intensa e convincente. E aquele momento dela escondida dentro do armário nos revela a primeira lembrança traumatizante de Eleven, presa. E como ela não quer que nenhum adulto saiba que ela está ali, eu ADOREI a maneira como, intensamente, ela fechou a porta e fechou de novo e a trancou e não permitiu que ninguém saísse. “No!” Mas os poderes de Eleven cobram um preso, quando vemos sangue sair de seu nariz. E mover coisas pode não ser o único dos seus poderes, já que aparentemente ela sabe alguma coisa em relação a Will. Alguma coisa. O Gandalf do jogo ela reconhece, imediatamente, como o Will, e coloca o monstro para explicar que Will está escondido. Enquanto isso, Jonathan, o irmão de Will, vai atrás do pai deles, e Nancy vai para uma “festa” com Steve onde sua amiga, Barb também desaparece.
E É ANGUSTIANTE! O desaparecimento de Barb ocorre na piscina, quando sangue seu pinga na água, as luzes falham e ela é levada. POR UM MONSTRO. Que é mais do que vimos no desaparecimento de Will. O telefonema de Will Byers para a mãe retorna, parecidíssimo com aquele do Piloto, com a respiração, um “Mom!” dessa vez e a mesma estática que inutiliza o aparelho. As coisas vão ficando mais estranhas (HA!) quando a música (“Should I stay or should I go now?”) começa a tocar sozinha e a parede se torna parte de American Horror Story: Hotel. Embora AHS não seja mais tão bom quanto Stranger Things já é desde o começo. Enfim. O Chapter Three: Holly, Jolly intensifica tudo. As buscas por Will se tornam mais macabras, coisas assustadoras são descobertas em uma verdadeira teoria da conspiração, Mike e Eleven chegam a um estágio complicado da “amizade” deles, e a série toma proporções épicas e esquisitas. Nós não sabemos exatamente o que está acontecendo, em relação ao Will e a multiplicidade dele no fim do episódio.
HÁ MUITO A SE DESVENDAR.
E eu já estou AMANDO essa série.
Pena que parece que falta tão pouco.
Eleven passa parte do episódio sozinha, fazendo a Millenium Falcon, de Star Wars, voar, assistindo trechos de He-Man (“I have the power!”) e comerciais antigos da Coca-Cola – o que lhe traz recordações. São as recordações de Eleven que são revoltantes e reveladoras. Primeiro temos da latinha de refrigerante que ela esmaga e faz com que sangue saia de seu nariz. Mas depois temos uma muito mais forte e impactante, que é quando Eleven espera os garotos na saída da escola e vê um gatinho. E ela se lembra do experimento com o gatinho e toda a revolta que a levou a abandonar tudo, e é chocante demais (embora nós não nos assustemos com ela e não a julguemos) vê-la atacando e matando os dois seguranças que a levavam de volta para a sua prisão, esperneando. Com uma jogadinha de pescoço. O poder é grande. “Incredible”. Naturalmente intensificado pela força da raiva e das emoções fortes. Eleven é uma garota que sofreu e que muito sabe. E nós ainda temos muito o que saber em relação a ela.
Dúvida de Dustin: ela nasceu com seus poderes, como os X-Men ou ela os adquiriu mais tarde, como o Lanterna Verde?
Confesso que é pertinente!
E enquanto Nancy finalmente se decepciona com Steve (por causa de toda a coisa das fotos de Jonathan, primeiramente) e passa a investigar o desaparecimento de sua amiga Barbara, eu fico pensando no quanto a Eleven sabe – afinal ela parece ter reconhecido a Barb quando viu sua foto no quarto de Nancy. Mas o foco são as luzes de Natal. É ELETRIZANTE e uma das MELHORES ideias de Stranger Things! A maneira como as luzes da casa de Will piscam só fazem a mãe dele acreditar que é ele. E é. Ela compra muitas e muitas luzes. Ela dentro do armário, com um bolo de luzes brancas, perguntando para o Will se ele está ali. GENTE, AQUILO ME ARREPIOU! Uma piscada para SIM, duas para NÃO. E então, quando as perguntas se tornam mais elaboradas, surge o Alfabeto na parede. Já icônico. Onde ele pode soletrar. Onde você está? RIGHT HERE. E, logo em seguida: RUN. Confesso que foi angustiante e um pouco apavorante aquele monstro saindo da parede e a mãe correndo desesperadamente. Isso intrigantemente acontecendo enquanto Eleven leva os garotos até a casa de Will, como se quisesse dizer que ele está ali, escondido.
E o corpo de Will é resgatado do lago.
OI?!

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