Minha Mãe é Uma Peça 2
“Tô
medicada”
QUE DELÍCIA DE FILME. Eu estava muito ansioso por
esse filme porque eu me matei de rir todas as vezes que vi o trailer – e me
peguei, durante o filme, esperando as cenas do trailer (e rindo novamente em
cada uma delas), além das complementações, e o filme é EXCELENTE! Tem uma
história muito bonitinha, uma mensagem legal e, além de tudo, ainda é uma
comédia interessante e intensa, porque as gargalhadas são do início ao fim do
filme. Fantástico! Dona Hermínia está de volta, e novamente ela se parece com
nossas mães – quer dizer, eu não conheço a sua mãe, né? Mas a minha mãe! AH,
PARECE MUITO! Talvez por isso nós gargalhemos ainda um pouco mais, porque
reconhecemos alguns dos momentos, e no fundo a Dona Hermínia é um amor de mãe…
e eu devo dizer que aquela cena próximo do fim em que ela estava sozinha,
ligando para os filhos, tentando um pouco de companhia à distância…
Aquilo me partiu o coração.
Mas o filme é um máximo! Dona Hermínia, agora um
sucesso na TV, continua sendo aquela mãezona de sempre, continua dando umas
broncas legais e fazendo os filhos correrem pela casa e se trancarem em seus
quartos – temos uns momentos maravilhosos, como aquela discussão sobre quem é
gay, quem é lésbica… e a Marcelina diz para ela que o Juliano agora é hétero. A
reação de Hermínia é BRILHANTE. E quando ele nega? “Viu? Seu irmão é gay! Você é encrenqueira, né, Marcelina?” Então
surge a trama de Juliano bi, que não faz o mínimo sentido porque ele é
inegavelmente gay (e lindo), mas é uma fofura, porque a Dona Hermínia é uma
mãezona nesse sentido. Ela até contou pra Iesa que seu filho, Marcelo, TAMBÉM é
gay. Ah, e a lésbica da família? Seria mesmo a Tia Lúcia? De todo modo, isso
tudo rendeu um grande número de ótimas cenas.
O filme é repleto de ÓTIMAS e divertidas cenas.
Quando Marcelina passa num teste e se muda para São Paulo, Hermínia atesta que
NÃO COLOCARÁ OS PÉS lá, mas lá está ela, no Parque do Ibirapuera, na cena
seguinte. E as cenas de São Paulo são FENOMENAIS. Ela vai no mercadão e faz aquele
comentário sobre a praia, que até que faz todo o sentido, embora maldoso. E a
cena da balada, QUE FOI PERFEITA. Por favor, coloquem Dona Hermínia para dançar
mais na balada, porque aquilo foi incrível… ela ainda arrumou um paquera para a
Marcelina. Nada para o Juliano – afinal de contas, como diz ela, cada hora ele
quer uma coisa, como ela vai saber, vai gritar “Quem é bi?” na balada? Ah, e a maravilhosa cena do avião (e ela no
aeroporto reclamando que a filha é uma insensível) em que ela não quer ficar na
saída de emergência e, de quebra, ainda tira o Juliano…
“Eu que ia
me envergonhar, esse avião caindo e você tendo que salvar todo mundo!”
Ah, e quando o avião pousa?! “Freia!”
Outras cenas envolvem o seu programa na TV, que é
um máximo, e aquelas fantásticas entrevistas, como aquela com a guru – também o
Encontro com Fátima Bernardes (eu ganho por merchandising?)
em que a Fátima diz que ela está super calma: “Tô medicada”. [O que, por sua vez, me faz lembrar do “Eu vou jantar calmante”, que eu ri
demais] Ela desmaiando no hospital por causa da manchinha ou, antes disso, não
gostando de entrar naquele tubo para fazer exame! Também aquela ida à academia,
que foi PERFEITA, ela passando por todos os lugares e explicando porque nenhum
lhe servia, super EU, nesse caso. Mas eu ri demais. E as cenas muito bonitinhas
com a Tia Zélia, e aquele “Eu te amo”
que ela pediu para ela não esquecer e a tia, fofa, disse que nunca esqueceria.
Aquilo me comoveu de verdade, foi triste que a Tia tenha morrido no fim.
Em parte, assim como uma das edições do seu
programa, o filme era sobre SAUDADE. E depois que o Juliano também se mudou
para São Paulo e ela ficou sozinha no Rio de Janeiro, eu realmente senti por
ela. Doeu-me vê-la sentada no sofá, procurando com quem falar, com quem brigar
– ligando para mandar o Carlos Alberto à merda gratuitamente. O telefonema com
o Juliano foi uma fofura, porque ele estava crescendo e seguindo com sua vida.
E então ela acabou indo novamente para São Paulo (sua cena no avião dessa vez
foi com um dermatologista MUITO GATO para quem ela contou os problemas com
Juliano, que agora inventou de querer ser hétero, mas que desistiria na hora se
o visse – acho que desistiria mesmo, porque minha nossa!), para ver Marcelina
interpretando uma Sininho hilária e brilhante em uma produção de Peter Pan.
E eu digo que foi MUITO LINDO.
Por fim, eu acho estranho ver Marcelina e Juliano
deixando a casa da mãe, mas foi uma mensagem bonita, porque é algo que
acontece, é algo pelo qual passamos, e pelo qual PRECISAMOS passar, ainda que
doa às nossas mães – e ainda que doa, elas entendem isso, no fundo. Mas o amor
é sempre o mesmo e isso é muito bem representado em uma linda partida de STOP
que me divertiu HORRORES e que foi um dos melhores momentos do filme. [Ah,
embora a Dona Hermínia no táxi para chegar ao teatro também tenha sido
brilhante, deixando o motorista louco, mandando furar o sinal, acelerar ou
frear – “Acelera freando”] Por fim,
Dona Hermínia foi sozinha para Nova York, em uma última e maravilhosa cena no
aeroporto para finalizar, com o cara da imigração lhe perguntando “What’s the purpose of your visit to the
United States” e ela respondendo coisas como “Tô bem”, “My name is Hermínia”, “I have dollars. Lotado” e “Tá ótimo”.
Apaixonado pelo filme. Vale a pena ver e rever e
rever!
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