Resident Evil 3: Extinção (2007)
“Staying on the road seemed the only way to stay alive”
Raccoon City
foi apenas o começo. A Umbrella Corporation achou que tinha contido a
epidemia de T-Vírus com a explosão da cidade ao fim de Resident Evil: Apocalypse, mas aquilo era apenas o começo. Uma narração
de Alice rapidamente mostra que o vírus se espalhou por todo o mundo depressa,
aniquilando continentes inteiros, secando lagos e mares, criando desertos onde
antes havia florestas. Resident Evil 3:
Extinção é um ótimo filme, e eu ADOREI, no entanto ele vem com um roteiro
mais simples e menos revelador ou bombástico que os dois primeiros, o que o
previne de erros e decepções – mas o final… foi o melhor cliffhanger até aqui, e nos deixou extasiados pelo próximo volume
da franquia… gosto de ver a expansão do universo, ver que estamos partindo de
algo mais confinado, como a Colmeia no subsolo de Raccoon City, no primeiro
filme, para uma cidade no segundo filme e, agora, o mundo todo no terceiro.
A introdução é a MELHOR introdução dos três
filmes. Brinca com a memória, mais uma vez, mas mais nossa que dos personagens –
nos satisfaz pela deliciosa nostalgia.
Estamos de volta nos primeiros minutos do primeiro Resident Evil. O abrir de olhos de Alice, dessa vez, nos revela ela
caída no banho, na Mansão, pouco antes de colocar o icônico vestido vermelho. Temos,
já, a passagem pelo laser, do qual ela escapa inteligentemente em uma cena que
nos encheu de orgulho – e por fim ela morre. Ali, temos um momento bastante “Triângulo do Medo”, com uma pilha de
corpos de Alice em vestidos vermelhos, e aquilo me deixou em êxtase. Queria mais!
A atenção do filme, então, se divide entre as bases de operações da Umbrella e
as pesquisas do Projeto Alice, enquanto Alice vaga sozinha pelos desertos
vazios, evitando sobreviventes.
O deserto é o cenário principal e a cara de Resident Evil 3: Extinção. Se o primeiro
filme seguia o estilo contido de Helix,
e o segundo expandia num estilo Guerra
Mundial Z, o terceiro filme me fez pensar em algo mais Mad Max. A fotografia estava fantástica, com um ótimo cenário,
cores estéreis e amareladas, as roupas fantásticas de Alice, mais linda e f*da
que nunca! O filme começa em uma ação desenfreada, como o anterior, antes de se
preocupar em aprofundar-se na história – temos cachorros zumbis novamente (em
todo filme!) e uma demonstração do quão FANTÁSTICA é a Alice, enquanto vemos,
também, outro grupo no qual se encontram personagens já conhecidos, como o
Carlos, e novos personagens como a Claire e o Mikey (nem se empolguem com o
Mikey, ele morre nesse filme mesmo, para nossa tristeza – era tão fofinho!).
O Projeto Alice está em jogo, e a Umbrella Corporation
tem um plano macabro e doentio de domesticar
os “zumbis” de T-Vírus. A ideia é que, como animais, eles possam ser
treinados, militarizados, desde que percam a urgência primitiva por comida. Uma
cena angustiante e impressionante mostra a injeção de um soro num primeiro
zumbi que, então, reconhece o telefone, a câmera e um brinquedo, e sabe
usá-los, demonstrando certo controle e um quê de inteligência mínima – que rapidamente
se evapora e ele ataca todos os presentes, causando as primeiras mortes. A trama
dos clones da Alice se ligam a essa história, e também se ligam a ela mesma,
que pode sentir algum resquício enquanto dorme, projetando as pedras ao alto
com telecinese, e destruindo a moto que proporcionou tantas cenas incríveis e
memoráveis.
Num cenário bastante apocalíptico e desértico,
vemos Alice ignorar anúncios de rádios em busca de sobreviventes enquanto pensa
em ir para o Alaska, onde supostamente o vírus NÃO CHEGOU. Sua união ao grupo
acontece na sequência assustadora dos CORVOS ZUMBIS (o que já é sacanagem, eita
bichos medonhos!), um dos melhores momentos do filme todo! Muita ação e
fôlego, a sequência se sustenta bem em uma batalha incansável contra os bichos,
com armas e com fogo, até que Alice chegue INSUPERÁVEL para salvar Carlos e uma
criança de um ataque particular de corvos raivosos – e a cena, surpreendente,
se desenrola quase como se os corvos fossem dementadores e Alice estivesse
conjurando um Expecto Patronum de
fogo, que me deixou embasbacado, e com o fôlego preso na garganta. QUE CENA! Eu
aumento consideravelmente a nota a esse filme especialmente por essa cena!
A MELHOR CENA DE RESIDENT EVIL ATÉ AQUI! <3
Ali, Alice está com uma grande colônia de
sobreviventes, até – e eu gosto da rápida conversa que ela tem com Carlos,
sobre o motivo de tê-los deixado em Detroit, porque estava sendo perseguida e
queria mantê-los em segurança… assim, ela sondou os satélites da Umbrella para
manter-se escondida e ali, ao se juntar a eles, ela finalmente foi descoberta. E
então nós tememos por ela. Afinal de contas, é sabido que eles querem o “Projeto
Alice Original” porque seu sangue e seu código genético, pela maneira única
como ela reagiu ao T-Vírus se unindo a ele, podem ser a chave para a
domesticação dos “zumbis”. E eles têm um controle gigantesco sobre ela – fiquei
horrorizado com ver o símbolo da Umbrella Corporation dentro de seus olhos
naquele momento em que ela fica paralisada durante o ataque de Las Vegas, por
exemplo.
Outra sequência espetacular: O ATAQUE EM LAS
VEGAS. Ao decidir partirem para o Alaska, o grupo de sobreviventes passa por
Las Vegas para conseguirem comida e gasolina, e a ação ali é o prêmio aguardado
por todos, e, claro, Alice está sensacional! “She really is magnificent”. O ataque em Las Vegas ainda conta com
um momento crucial que é a mordida e infecção de Dr. Isaacs, uma cena DELICIOSA
de se ver, porque gostamos de ver o pessoal da Umbrella se […], não? Com um
excesso de antídoto porque o sangue de Alice tornou os infectados mais fortes e
o contágio, portanto, mais intenso, Dr. Isaacs começa a sofrer medonhas
mutações que transformam suas mãos em três tentáculos poderosos e apavorantes. Eis,
então, o grande monstro do terceiro filme, a ser enfrentado dentro de algumas
cenas.
Antes, vemos a despedida, o abraço e as lágrimas
de Alice e Carlos, e eu acho que aquela cena representou bastante para mim e me
fez entender melhor o filme e seu propósito. Considero, sim, que Resident Evil 3: Extinção tem o roteiro
mais simples dos 3 filmes até aqui, mas sua importância e grande sacada é
mostrar um lado mais humano de Alice, evocando a humanidade que ela diz não
sentir mais dentro dela em Resident Evil
2: Apocalypse, depois dos experimentos. Torna a personagem mais real e lhe
confere certo grau de vulnerabilidade que não diminui, em nada, seu grande
poder – só a torna mais relacionável e confiável. A preparação para o grande
clímax acontece com a morte de Carlos e com Alice salvando todos ao colocá-los
em helicópteros, e então ela fica para trás com os zumbis e a montanha de
corpos seus.
Então tudo fica sério e maior.
“I know who you are. I knew your
sister. She was a homicidal bitch”
A sequência final, depois da White Queen, me
deixou apreensivo, eu queria mais respostas! Ela avisa Alice sobre seu sangue
ser a resposta, a possível cura para o T-Vírus… tudo veio num turbilhão e foi
excitante! Alice vendo sua réplica na bolha de água. O primeiro ataque do Dr.
Isaacs. Morte de sua réplica nos seus próprios braços. A Mansão do Primeiro
Filme. A luta de Alice versus Isaac. Aquela
morte no corredor dos lasers. E, mais
do que isso, a maneira como o Dr. Isaacs morreu e ela sobreviveu: COM UMA DELAS
A SALVANDO! Aquilo me deixou aos pulos, AMEI DEMAIS! “Yeah, you are the future, right?” Então ela avisa o pessoal da
Umbrella Corporation em reunião no subsolo de Tóquio: ela está chegando. E ela vai levar amigas. Foi eletrizante ver
aquele salão todo cheio de Alices despertando para a Guerra.
QUE VENHAM AS MILHARES DE ALICES <3
Para mais postagens de Resident
Evil, clique
aqui.
Comentários
Postar um comentário