Resident Evil 4: Recomeço (2010)
“Thank you… for making me human again”
Com uma rápida narração de Alice que explica todo
o contexto da franquia Resident Evil,
Recomeço começa em uma Sede da
Umbrella Corporation em Tóquio, e é mais um capítulo eletrizante da série,
embora não o meu favorito – na primeira parte do longa, parecia que teríamos muito
mais do que tivemos, e depois eu comecei a sentir falta da Umbrella Corporation
e de mais enigmas a serem desvendados. Mas o filme é marcado por sequências
eletrizantes de ação, como aquela introdução no estilo ninja que é uma
belíssima apresentação para a Alice de Recomeço
– e vamos combinar: suas chegadas são
sempre fenomenais. A diferença dessa vez é que não estávamos vendo a Alice
Original, e quando ela morre depois de usar o seu grande poder telecinético,
outras várias Alices aparecem coroando uma belíssima sequência de ação!
As demais Alices fazem uma pequena participação,
no entanto. A Alice Original, por sua vez, perde os poderes crescentes que vínhamos
acompanhando – com um soro que neutraliza o T-Vírus em seu organismo, não há
mais super força, nem velocidade… e a
Alice “normal” agradece a dádiva de ser humana novamente, por mais que isso a
torne vulnerável. Ali, na explosão daquele avião da Umbrella Corporation,
temos a primeiro sequência em stop motion
e câmera lenta, recursos amplamente
usados nas sequências de ação de Resident
Evil 4: Recomeço. Dali em diante, 6 meses depois, Alice está vagando
SOZINHA pelo mundo, em busca de Arcadia, supostamente no Alaska, um lugar livre
de infecção… sozinha, você sente as angústias de Alice e sua esperança parca de
que seus amigos tenham chegado em segurança ao santuário.
“I hope Claire and the others made
it”
Como em uma resposta a seu pedido, Alice encontra
Claire – e ela não está em Arcadia, nem em segurança – ela nem mesmo sabe mais quem é. O mistério central do filme aparece
na forma de uma aranha vermelha mecânica no peito de Claire, supostamente o que
causou todo seu esquecimento. E enquanto a dupla Alice e Claire Redfield se reúnem,
ambas vão para Los Angeles, a Cidade dos Anjos, passando por um letreiro
destruído de Hollywood e descobrindo um pequeno grupo de sobreviventes escondido
dentro de uma prisão, que os separa dos “zumbis” do lado de fora. O pedido de
ajuda (“HELP US”) não pode ser
ignorado, então Alice faz de tudo para pousar o seu avião no terraço do
presídio, com a ajuda de Luther e seu grupo, enquanto os zumbis observam lá
embaixo, na esperança de que ela vá, por fim, despencar.
Mas não despenca. É UM POUCO LINDO.
“I think technically it’s called
crash”
Assim, o filme se orienta através da tentativa do
grupo, agora reunido, de chegar a Arcadia, que não é uma cidade no Alaska, como
Alice pensou que fosse, mas um navio, próximo o suficiente para ser visto do
presídio. Transmissões misteriosas e duvidosas oferecem proteção, comida e
abrigo. Um lugar sem epidemia. “We need
to get to that ship”. Eis portanto a trama do filme: a tentativa de sair do
presídio e chegar a Arcadia, para descobrir se é mesmo um lugar que oferece
proteção livre do T-Vírus. Fiquei particularmente encantado com a participação
de Wentworth Miller, como Chris Redfield, um prisioneiro que diz conhecer uma
forma de sair dali, mas no qual a maioria das pessoas não quer acreditar. Para completar,
irmão de Claire, embora ela não se lembre disso. “Claire, I’m your brother, remember?” E olha: eles deviam ter
acreditado nele desde o começo!
Fugir da prisão é com ele mesmo!
Mas eles não tem muitas opções, de todo modo,
porque de repente a prisão não é mais segura, já que os zumbis conseguem
entrar. E, dessa vez, zumbis mutantes, com o avanço do vírus ao longo do tempo…
parecidos com o monstro de Stranger
Things, suas bocas se abrem em quatro partes para devorar quem quer se seja.
Assim, todos precisam encontrar, por eles mesmos, uma maneira de sair: “No one is coming to help, okay? We have to
help ourselves”. A criação do suspense para a ação é ótima, porque
estávamos torcendo por isso, por isso ficamos extasiados com o portão caindo,
com os zumbis saindo da água no melhor estilo Enigma do Príncipe, e então a ação se instala de forma completa e
envolvente. Devo dizer que Alice explodindo o terraço cheio de zumbis e curtindo
um pequeno momento Tarzan foi um dos momentos mais marcantes do filme!
Ah, fora a grande sequência do Gigante no
banheiro, claro. QUE CENA FOI AQUELA! Destaque completo para Claire, dessa vez.
Aquela intensa luta no banheiro, com os canos destruídos vertendo água… aquilo
foi f*da e sexy. No entanto, quem o
matou de fato foi a Alice mesmo, com um poderoso tiro de moedas que explodiu
toda sua cabeça. Assim, em um pequeno barquinho, Alice, Claire e Chris são os
únicos que conseguem chegar à Arcadia, e a tensão é grande porque o lugar está
desconfortavelmente desértico. No entanto, os registros afirmam que existem
2000 passageiros… a revolta está quando eles encontram o símbolo da Umbrella
Corporation e percebem, finalmente, que a Arcadia não passa de mais um plano
(uma ARMADILHA) da Umbrella, mas quer saber? Eu ADOREI, porque estava sentindo
falta da corporação!
E para constar: EU ADOREI ESSE TRIO, HEIN?!
<3
A grande e vazia instalação excessivamente BRANCA
esconde milhares de sobreviventes do T-Vírus congelados em tubos de criogenia, para
serem usados como cobaias nos loucos e cruéis experimentos da Umbrella! E então
vemos o triunfal e revoltante retorno de Albert Wesker (com um quê de Agente Smith,
claro), mantido vivo pelo T-Vírus que ameaça tomar controle do seu corpo, e que
anseia por devorar Alice e descobrir, assim, como seu corpo se conectou ao
T-Vírus de forma tão única e perfeita – “There’s
only a problem with that. I’m not on the menu”. Ali se estabelece mais uma
grande sequência de ação, que traz de volta os cães zumbis (tem em todo filme!),
dessa vez mutados e terríveis e uma luta de Claire e Chris contra Wesker, em
uma sequência que ficou descaradamente IGUAL A MATRIX! Sério, totalmente. O mesmo estilo, até nos efeitos das
balas!
Tudo.
Os Irmãos Redfield acabam enterrados, Alice
derrota os cães, Bennett retorna desnecessariamente para tentar deter Alice, Wesker
solta tentáculos apavorantes de sua boca para matar Alice, K-Mart aparece com
uma arma… wow. Enquanto Chris, Claire e Alice salvam as cobaias enterradas,
Albert Wesker consegue escapar em um avião, mas que logo em seguida explode
enquanto ele tenta explodir a Arcadia. Conclusão: NUNCA DUVIDE DE ALICE! O filme, como sempre, acaba com um cliffhanger que nos deixa curiosos pelo
próximo volume. Temos um grande grupo de sobreviventes, em roupas brancas (meio
os GR, de The Leftovers), e Alice tem
a proposta de cumprir a promessa de Arcadia, oferecendo proteção, comida e
abrigo (“We hill help you. There is hope”),
mas talvez a Umbrella Corporation tenha seus próprios planos.
Certamente tem seus próprios planos.
Os aviões já chegaram.
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